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PANOSETI e as novas tecnologias na busca por extraterrestres

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Dos sinais de rádio para os sinais de luz: essa é a mudança proposta para a próxima geração de instrumentos que deverá ser usada na busca por inteligências extraterrestres, ou pesquisa SETI, o ramo científico mais próximo da Ufologia que podemos encontrar. Equipes de astrônomos do Instituto SETI, da Universidade de Berkeley, das universidades de San Diego na Califórnia e de Harvard, além do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) estão desenvolvendo um novo tipo de observatório chamado PANOSETI.

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Um observatório PANOSETI é equipamento que pesquisa todo o céu simultaneamente em busca de pulsos de luz visíveis e infravermelhos, potenciais tecnoassinaturas de civilizações extraterrestres inteligentes ou indícios de novos fenômenos astrofísicos.

No início de fevereiro de 2020, os cientistas concluíram a instalação de dois protótipos desse tipo de telescópio no Observatório Lick, perto de San Jose, na Califórnia. Se tudo correr bem, eles serão os primeiros de dezenas de telescópios planejados para o PANOSETI (que ao mesmo tempo vem de “Panoramic SETI” e “Pulsed All-sky Near-infrared Optical SETI”) em busca de extraterrestres.

A previsão inicial é montar dois domos, cada um com 45 desses telescópios de pouco mais de 45cm de diâmetro, montados em uma cúpula geodésica.

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O domo de um telescópio PANOSETI (Imagem: Shelley Wright, UCSD)
O domo de um telescópio PANOSETI (Imagem: Shelley Wright, UCSD)

O aspecto final será o de um olho multifacetado como o de uma mosca, que coletará sinais óticos e infravermelhos de um gigantesco pedaço do céu simultaneamente em busca flashes ou pulsos com duração na casa dos nanossegundos.

“O objetivo é basicamente buscar sinais muito breves, mas poderosos, de uma civilização avançada. Por serem tão breves e provavelmente raros, planejamos verificar grandes áreas do céu por um longo período de tempo”, explicou Dan Werthimer, da Universidade de Berkeley, em entrevista ao informativo universitário Berkeley News. Werthimer está envolvido na busca por inteligências extraterrestres (SETI) nos últimos 45 anos e é o cientista-chefe do Centro de Pesquisa SETI da universidade. “Esta é a primeira pesquisa de campo amplo para fenômenos sub-segundos.”, completa ele.

O PANOSETI incorpora duas tecnologias novas para a astronomia: uma lente plana de plástico inovadora e leve, semelhante às “placas de zonas de Fresnel” em faróis, para focar luz óptica e infravermelha; além de detectores óticos e infravermelhos muito rápidos, desenvolvidos inicialmente para scanners de diagnóstico médico PET (tomografia por emissão de pósitrons). Eles são capazes de detectar com precisão alterações de um único fóton. Os conjuntos de telescópios serão manejados sempre aos pares, com até uma milha de distância, para prover uma visão em estéreo e permitir eliminar interferências da atmosfera.

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“Uma forma de se comunicar ou chamar atenção é um flash, como um farol”, diz Werthimer. “É muito eficaz, porque é um flash intenso e brilhante. Se você colocar muita energia em um curto espaço de tempo, a energia média pode ser pequena, mas o brilho instantâneo pode ser incrivelmente grande. É como rajadas rápidas de rádio, que aparecem por um milésimo de segundo. Mas quando eles estão ligados, eles são a coisa mais brilhante no céu, e você pode vê-los a um bilhão de anos-luz de distância”, completa.

PANOSETI em paralelo à busca por sinais de rádio extraterrestres na China

Fast, o radiotelescópio com uma antena de 500 metros de diâmetro da China  – Foto: Reprodução

Já a pesquisa SETI tradicional, por ondas de rádio, sofreu um duro golpe com a destruição do telescópio de Arecibo, em Porto Rico. Mas está longe de ser paralisada. O próprio Instituto SETI trabalha em cooperação com a iniciativa de busca por extraterrestres do FAST, a maior e mais poderosa antena do mundo, um radiotelescópio de 500 metros de diâmetro na China. O pesquisador Zhang Tongjie, principal responsável pela pesquisa SETI daquele país, está confiante, inclusive, de que a China será a primeira nação a fazer contato com extraterrestres tecnológicos graças ao FAST, conforme declarou recentemente ao site The Debrief.

Depois de seus esforços em colaborar com Dan Werthimer e os alunos do Centro de Pesquisa SETI de Berkeley, e ter um artigo publicado no Astrophysical Journal, Zhang ganhou das autoridades chinesas uma janela de tempo maior de uso do telescópio para investigar sistemas solares específicos que ele e seus colaboradores acreditam poderem abrigar vida inteligente. Nos próximos meses, o telescópio será apontado para as coordenadas identificadas por Zhang.

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Além do FAST e do PANOSETI, a busca por vida extraterrestre – ao menos no campo das bioassinaturas, não especificamente das tecnoassinaturas de vida inteligente – deve ganham impulso com o lançamento do telescópio espacial James Webb. Trata-se de um substituto para o Hubble previsto para ser lançado ainda neste ano de 2021, provavelmente em outubro.

O James Webb é o mais sofisticado telescópio espacial já desenvolvido, resultado de uma parceria entre a Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA), a Agência Espacial Europeia e a Agência Espacial Canadense. Com um espelho duas vezes e meia maior que o Hubble, há uma grande expectativa de que o instrumento seja capaz de investigar até mesmo a atmosfera de exoplanetas.

A partir da espectroscopia da luz que atravessa a atmosfera de um exoplaneta orbitando uma estrela distante, eventualmente seria possível detectar assinaturas de atividade biológica nestes mundos longínquos.

Concepção artística do telescópio espacial James Webb (Imagem: NASA/Divulgação)
Concepção artística do telescópio espacial James Webb (Imagem: NASA/Divulgação)

Via de regra, muitos ufólogos questionam o papel das iniciativas SETI num cenário onde se acredita ter evidências constantes de visitação alienígena ao planeta Terra. Mas é importante salientar que, apesar dessas evidências, de um ponto de vista puramente científico não está provada a origem do fenômeno óvni. Além disso, a pesquisa SETI e a própria busca por bioassinaturas de vida extraterrestre são consideradas, não raramente, como potencias portas de entrada para um processo de aculturação para a realidade da existência de outras civilizações no universo.

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One thought on “PANOSETI e as novas tecnologias na busca por extraterrestres

  • Viva caros amigos do SETI. Eu também já estou convosco à muitos anos. Lembram-se? Claro que continuo a estar convosco nas vossas pesquisas. Eu estou a explorar uma possibilidade mais proxima de mim. Utilizo a enermíssima valência que a Ntarureza me deu desde que nasci – O CÉREBRO. Confesso que só por aí iremos dar resposta às nossas interrogações e fazer as viagens que teremos de fazer. Vejam por favor o meu site e se possível comentem os meus livros. Muito obrigado. António Durval

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