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Astrônomos detectaram 26 milhões de sinais de civilização: a nossa!

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Os cientistas já sabem que a existência de civilizações alienígenas inteligentes é perfeitamente possível. Afinal, a nossa existência prova determinante isso. No entanto, encontrar sinais de outras civilizações na Via Láctea não é uma tarefa trivial. Somente com base em nossas próprias capacidades tecnológicas nós podemos extrapolar quais sinais uma tecnologia alienígena pode emitir e, então, procurá-los.

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Esses sinais são chamados de tecnoassinaturas, e praticamente todos os esforços científicos de busca por inteligências extraterrestres (ou pesquisa SETI) giram em torno deles. A maior parte concentrada em ondas de rádio.

Com objetivo de ampliar a precisão na identificação destes sinais, uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia usou dados do radiotelescópio Green Bank, um poderoso equipamento na Virgínia (EUA), e vasculhou os céus entre 2018 e 2019, usando um tempo total de quatro horas de observação.

Liderados pelo astrônomo Jean-Luc Margot, os pesquisadores analisaram 31 estrelas semelhantes ao Sol. E encontraram um total de 26.631.913 tecnoassinaturas candidatas. Um detalhe: todas essas tecnoassinaturas foram geradas aqui mesmo, na Terra.

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“Uma das grandes vantagens da busca por tecnoassinaturas em comprimentos de onda de rádio é que somos sensíveis aos sinais emitidos a milhares de anos-luz de distância e não consome tanta energia”, disse Margot ao site ScienceAlert.

“Por exemplo, nossa pesquisa pode detectar o Radar Planetário de Arecibo a distâncias de mais de 400 anos-luz. E pode detectar um transmissor que é apenas 1.000 vezes mais poderoso do que Arecibo – uma melhoria trivial para uma civilização avançada – até o centro da galáxia. O volume da galáxia que pode ser amostrado com uma busca de rádio por tecnoassinaturas é imenso”, explicou.

Com essa pesquisa, a equipe liderada por Margot produziu um avanço significativo no processamento e identificação de possíveis tecnoassinaturas alienígenas, diferenciando-as do chamado ruído de fundo e do chamado ruído de rádio antropogênico, ou seja, as interferências de radiofrequência causadas pela ação humana (RFI).

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Há de tudo nestas interferências, captadas pelos radiotelescópios: transmissões de navegação, tecnologia de satélite, telefones celulares, fornos micro-ondas, aeronaves, comunicações; estamos constantemente banhando nosso entorno com radiação de radiofrequência.

“RFI pode potencialmente obscurecer um sinal extraterrestre”, disse Margot. “A RFI torna nosso trabalho mais difícil porque detectamos dezenas de milhões de sinais por hora de tempo do telescópio e precisamos fazer uma determinação sobre cada sinal: é antropogênico ou é extraterrestre?”, destaca.

“Seria muito mais fácil se detectássemos apenas alguns sinais. Felizmente, nossos algoritmos nos permitem classificar automaticamente mais de 99,8% dos sinais”, revela o astrônomo.

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Melhorando a sensibilidade da busca SETI

A equipe fez várias melhorias no processamento de dados, refinando a sensibilidade e a taxa de detecção de sinais, bem como no filtro usado para classificar automaticamente os sinais RFI nos dados e, assim, descartá-los como tecnoassinaturas alienígenas.

O astrônomo explicou que no início do estudo, eles os filtros identificaram corretamente 26.588.893 (99,84 por cento) dos sinais como sinais inteligentes, mas ainda assim, “antropogênica”, ou seja, gerada por nós. Depois do primeiro pente final, ainda sobraram 43.020 sinais.

Na segunda triagem, a maioria desses sinais caiu dentro da faixa de RFI conhecida e foram classificados como tal. Mesmo assim ainda sobraram 4.539 sinais como candidatos a tecnologia alienígena. Então eles foram cuidadosamente inspecionados um a um, até serem classificados como sendo de origem antropogênica: “Se um sinal for detectado em várias direções no céu, podemos estar extremamente confiantes de que é antropogênico”, disse Margot. “Um sinal extraterrestre de um emissor em distâncias interestelares seria detectado em apenas uma direção”, explicou.

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O refinamento do processo pela equipe revelou alguns problemas com tentativas anteriores de usar dados SETI; mais especificamente, nas tentativas de quantificar as potenciais civilizações transmissoras que podem existir na Via Láctea. Os resultados do estudo mostram que essas estimativas podem ser 15 vezes menores do que os números reais, em parte porque as técnicas de processamento de dados até agora “não conseguem detectar alguns dos sinais que foram projetados para detectar”, observa Margot.

“Implementamos uma ferramenta de análise de injeção e recuperação de sinal que nos permite quantificar a eficiência dos pipelines de processamento de dados. Essa eficiência deve ser levada em consideração ao tentar estabelecer limites no número de civilizações transmissoras”, explica.

Uma solução: radiotelescópio na Lua

Algumas das limitações continuam a existir. Por exemplo, onde dois sinais se cruzam, o algoritmo apenas pega aquele com a maior razão sinal-ruído; assim, sinais fracos contra um alto nível de ruído de fundo ainda podem ser perdidos.

Estudos futuros precisarão implementar técnicas novas para aprimorar ainda mais esses filtros. Até porque a interferência humana não é um problema apenas na busca por civilizações extraterrestres. Algumas medições rádio astronômicas nem podem mais ser feitas da Terra. Tanto que há planos para a construção de um radio telescópio no outro lado da Lua. Nosso satélite funcionaria como um escudo natural contra a RFI antropogênica.

Em paralelo à busca empírica dos ufólogos e da Ufologia, no campo científico a pesquisa SETI é uma das mais promissoras que pode responder, cientificamente, a uma das questões mais profundas de nosso tempo: estamos sozinhos no Universo? “Toda a vida na Terra está relacionada a um ancestral comum, e a descoberta de outras formas de vida vai revolucionar nossa compreensão dos sistemas vivos. Em um nível mais filosófico, vai transformar nossa percepção do lugar da humanidade no cosmos”, declarou Margot ao ScienceAlert.

A pesquisa foi aceita para publicação no The Astronomical Journal e está disponível em pré-print no site arXiv.

Com informações de ScienceAlert

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