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Adeus, Arecibo: radiotelescópio símbolo da busca por ETs será demolido

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Segunda maior antena do mundo, símbolo da busca por ETs, o radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico está definitivamente desativado e será demolido. A notícia triste foi divulgada ontem, 19 de novembro, pela Fundação Nacional de Ciências dos Estados Unidos (NSF). Depois de dois acidentes graves envolvendo cabos de sustentação, o equipamento ficou irremediavelmente danificado e deixará de funcionar depois de 57 anos de uma carreira brilhante de serviços prestados à Astronomia.

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Segundo a NSF, a decisão de aposentar o radiotelescópio se baseou nos relatórios de empresas especializadas contratadas para analisar a condição atual do equipamento. “A decisão vem depois que a Fundação Nacional de Ciências analisou várias avaliações feitas por empresas de engenharia independentes, que constataram que a estrutura do telescópio está sob risco de uma falha catastrófica e que seus cabos podem não ser mais capazes de manter as cargas que foram projetados para suportar”, disse a Fundação em nota.

Em agosto deste ano, um cabo de suporte se soltou e causou um buraco de 30 metros de comprimento na antena parabólica do equipamento. Na ocasião, o rompimento também danificou a estrutura que fica suspensa sobre a antena e abriga os receptores de sinal. Naquele momento, o equipamento ainda estava em testes, se recuperando depois da manutenção pelos danos sofridos em 2017, por causa da passagem do furacão Maria.

Em 6 de novembro, enquanto era aguardada a chegada novos cabos auxiliares de substituição, outro cabo principal quebrou. Diante disso, os engenheiros concluíram que os cabos restantes são provavelmente mais fracos do que o projetado originalmente e serão insuficientes para suportar toda a estrutura, impossibilitando a reparação.

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Na semana passada, o equipamento já havia apresentado cortes profundos em sua antena principal de 305 metros de diâmetro. “Cada um dos cabos restantes da estrutura agora está suportando mais peso do que antes, aumentando a probabilidade de outra falha de cabo, o que provavelmente resultaria no colapso de toda a estrutura”, explicou a Universidade da Flórida Central, que gerencia as instalações da NSF, em um comunicado.

Desmonte controlado e preservação de estruturas

A demolição abrangerá a antena principal, enquanto a Fundação tentará preservar as demais infraestruturas do Observatório. “Quando todos os preparativos necessários forem feitos, o telescópio será submetido a uma desmontagem controlada”, afirmou a NSF. A expectativa é de que sejam mantidos em operação o Observatório LIDAR, um instrumento de pesquisas geoespaciais, além do centro de visitantes e a Culebra, uma central que monitora e analisa dados de chuva e a cobertura de nuvens.

Construído no início da década de 1960, o radiotelescópio de Arecibo foi o maior do mundo em sua categoria até 2016 (quando o radiotelescópio chinês Fast entrou em operação). O poderoso equipamento entrou para a história em 1974, ao ser usado para enviar um sinal binário para possíveis civilizações alienígenas. O episódio ficou conhecido como “A Mensagem de Arecibo”.

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Mensagem de Arecibo: a cor foi adicionada apenas para separar por partes a mensagem e facilitar a compreensão, haja vista que a transmissão em binário não contém informação de cores.
Mensagem de Arecibo: a cor foi adicionada apenas para separar por partes a mensagem e facilitar a compreensão, haja vista que a transmissão em binário não contém informação de cores. CC BY-SA 3.0, Hiperligação

Ao longo do tempo, Arecibo foi um dos principais equipamentos utilizados pelos cientistas para a busca ativa de sinais de civilizações extraterrestres, pesquisa que ficou conhecida como SETI, sigla em inglês de Search for Extraterrestrial Intelligence. Um ícone da ciência, o radiotelescópio já foi cenário de filmes como “Contato” e “007 Contra Goldeneye”.

Também foi Arecibo quem detectou o primeiro planeta em órbita de outra estrela, em 1994, assim como a primeira “explosão rápida de rádio” (FRB – Fast Radio Burst), fenômeno que ainda intriga os cientistas. O site Legacy Discoveries, do próprio observatório, reuniu em uma linha do tempo um resumo das principais descobertas proporcionadas pelo radiotelescópio.

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