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David Clarke alfineta Nick Pope e causa polêmica na Ufologia britânica

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Durante uma live na última quarta-feira, 18 de novembro, para o tradicional podcast britânico PodscatUFO, com Martin Willis, o jornalista investigativo dedicado aos óvnis David Clarke causou polêmica ao falar do colega de pesquisas, Nick Pope, ex-funcionário do Ministério da Defesa britânico. Clarke criou um “climão” ao dizer que Pope “não investigou [óvnis], tudo o que ele fazia era receber relatórios e arquivá-los”.

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David Clarke é professor associado e palestrante da disciplina de artes e mídia na Sheffield Hallam University, Inglaterra. Sempre se interessou por óvnis e fenômenos forteanos e frequentemente é consultado pela mídia em reportagens e debates sobre Ufologia. Também atuou como curador para o projeto de desclassificação do tema óvni nos Arquivos Nacionais britânicos entre 2008 e 2013.

A declaração sobre Pope veio logo após uma extensa análise do entrevistado a respeito do mais emblemático caso de contato imediato com óvnis do Reino Unido, o incidente na Floresta Rendlesham. Clarke é conhecido por ter uma posição relativamente mais cética quanto a diversos detalhes do episódio, considerado o Caso Roswell britânico, embora não desacredite da experiência insólita relatada pelos militares envolvidos no episódio.

Nick Pope sempre se apresentou como ex-responsável por um departamento – dentro do MoD britânico – encarregado da pesquisa dos casos de UFOs no Reino Unido. Desde que deixou o departamento, transformou-se em autor de livros e palestrante internacional para o tema Ufologia.

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Clarke no entanto minimizou o trabalho de Pope, afirmando que além dele vários outros funcionários públicos civis cuidaram da tarefa. Ele teria inclusive entrevistado alguns, e o trabalho, segundo apurou, era meramente burocrático. As pessoas encarregadas verdadeiramente das investigações eram os ativos de inteligência de um órgão denominado Di55, envolvido em todos os episódios com alguma importância militar para o país.

O jornalista investigativo foi mais longe ao afirmar que as pessoas que passaram pelo mesmo cargo de Pope se limitavam a preparar relatórios para o ministro. “Eles não fizeram investigações do tipo que você e eu faríamos, em que você realmente sairia e falaria com as pessoas, entrevistaria, seguiria os acontecimentos”. Quando os episódios realmente tinham potencial de envolvimento militar ou da defesa, segundo Clarke, eram repassados ao Di55 para uma investigação completa. “Não entendo essa obsessão com Pope, ele é um artista, não um investigador”, disparou.

Percebendo que havia deixado o entrevistador numa situação um tanto embaraçosa, o convidado ainda tentou aliviar as críticas, elogiando a atitude de Pope de “trazer o assunto ao público, a atenção que ele trouxe à época”. E explicou: “porque havia muitas pessoas no MoD que não queriam que ele falasse sobre o assunto”.

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Outro lado: Nick Pope responde, via Twitter

Marcado em comentários por seguidores e perfis ligados à Ufologia na rede social Twitter, Nick Pope não deixou por menos e mostrou todo seu desconforto com as alegações de Clarke, às quais taxou de “mentiras”.

“As mentiras de Dave Clarke podem ser facilmente confrontadas verificando a sexta pergunta no link abaixo. É de Hansard (o registro oficial dos procedimentos parlamentares do Reino Unido) e confirma que investiguei OVNIs para o Ministério da Defesa”, respondeu Pope, anexando um documento público disponível no site do parlamento britânico (Casa dos Comuns Hansard).

 

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O documento é a transcrição de um debate entre os parlamentares e representantes dos ministérios ocorrido em abril de 2006. Na ocasião, o então parlamentar liberal democrata Norman Baker questiona o Secretário de Estado da Defesa sobre as funções de Nick Pope, “empregado do Departamento entre 1991 e 1994”.

O representante do MoD no documento é identificado apenas como Mr. Touhig. Tratava-se na verdade de James Donnelly Touhig, também chamado Don Touhig, à época uma espécie de ministro júnior do Ministério da Defesa, com responsabilidades especiais para os veteranos. Em sua resposta, Touhig esclarece que “de 1991 a 1994, o Sr. Pope trabalhou como funcionário público no Secretariado (na equipe aérea). Ele assumiu uma ampla gama de tarefas do secretariado relacionadas com a política central, aspectos políticos e parlamentares da atividade não operacional da RAF [Força Aérea Real]. Parte de suas funções relacionadas com a investigação de fenômenos aéreos não identificados eram relatadas ao Departamento para ver se elas tinham qualquer significado de defesa”.

Bem, a resposta não deixa muito clara a tarefa de Pope, é verdade. Mas garante que ele era parte da engrenagem, de fato. Algumas correntes na Ufologia ainda questionam, contudo, porque um alto funcionário como ele, se é que teve acesso de fato a material secreto em primeira mão, viria a público falar abertamente de UFOs sem trazer qualquer informação contundente ou realmente nova a respeito da natureza dos óvnis.

Veja na íntegra a live de David Clarke abaixo. As polêmicas declarações têm início aos 37 minutos, aproximadamente. Para quem não domina o inglês, a dica é ativar as legendas automáticas em inglês e ajustar na engrenagem a tradução automática. Não fica perfeito, mas totalmente possível acompanhar a conversa.

 

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