fbpx
NotíciasCasosHome

De caminhoneiro abduzido a divulgador da Ufologia: o caso Marcio, de Cambé

Compartilhe:

A história da Ufologia mostra que um encontro próximo – também chamado de Contato Imediato – com supostos objetos voadores não identificados e seus ocupantes pode ser uma experiência transformadora. Para o bem e para o mal. E isso se tornou uma realidade segundo a vivência de abduzido relatada pelo caminhoneiro Marcio Couxa de Ferro, natural de Cambé, no Paraná.

----publicidade----

Graças a um encontro desses, digno de figurar entre os casos clássicos da Ufologia, Marcio é agora também um talentoso podcaster, ao lado do produtor Celézio Cadilhac Junior.

Juntos eles fazem o Estrada Sobrenatural, um podcast que remete aos contos e crônicas da era de ouro do rádio AM, sempre com histórias insólitas narradas por Marcio e sua habilidade de “contador de causos”, invocando o ufológico e o sobrenatural, a partir de relatos que ele próprio ouviu de colegas caminhoneiros.

Os dois produtores do Estrada Sobrenatural se conheceram através de outro podcast, o Hangar 18. As histórias de outros ouvintes que Marcio passou a acompanhar nas suas idas e vindas na estrada deram-lhe a coragem para enviar o seu própria e incrível experiência.

----publicidade---- Loja do Portal Vigília - Produtos e estampas exclusivas para quem veste a camisa da Ufologia

Seu relato foi divulgado pela primeira vez no episódio 31 do Hangar 18 Podcast. De lá para cá, sua relação com a mídia podcast e com a Ufologia mudariam completamente. E o caminhoneiro podcaster mostrou todo seu compromisso com essa nova frente de divulgação do fenômeno óvni ao aceitar participar, como convidado, de um episódio especial de fim de ano do Ufologia e Ideias,  outro podcast que desponta na cena ufológica brasileira, produzido e apresentado por Valter H. V. Ramos.

Diante de uma bancada (remota, como precisa ser em tempos de pandemia de Covid 19) formada pelos experientes pesquisadores do grupo Cepuop (Centro de Pesquisas Ufológicas do Oeste do Paraná) também produtores de podcasts (o Ufologia de Quintal) e Ronni Goltara (podcast Relatos Flutuantes), além do próprio Valter H. e de Celezio Jr, Marcio topou o desafio de reviver sua experiência e contar em detalhes o que lhe aconteceu.

________________

----publicidade----

LEIA TAMBÉM

Podcasts de Ufologia finalmente chegaram para ficar no Brasil

________________

----publicidade----

Com autorização do protagonista, este texto é baseado principalmente em suas descrições do relato original dado ao Hangar 18 e no encontro do Ufologia e Ideias. Além disso, Marcio também aceitou conversar com o Portal Vigília para completar algumas informações.

O clarão de uma bola na beira da estrada

Era o mês de setembro, talvez 1996 ou 1997* – ele já não se recorda exatamente. Marcio fazia uma viagem de retornando de Jales, no Interior do Estado de São Paulo, para o Paraná, como já tinha feito muitas vezes. Estava carregando hortaliças para abastecer o comércio local de Cambé, Londrina e cidades próximas.

Pouco antes das 4 horas da manhã, estava na Rodovia Jorge Bassil Dower (SP-421), logo depois do trevo com a Rodovia Brigadeiro Eduardo Gomes (SP-457), já na altura de Nantes. Faltando aproximadamente 2:30 horas para concluir sua viagem, ele precisou parar por causa de uma falha no caminhão.

Rodovia SP 421, local aproximado onde o caminhão de Marcio parou. Atualmente há instalação industrial onde ocorreu a insolita experiência - Imagens Google Maps
Rodovia SP 421, local aproximado onde o caminhão de Marcio parou. Atualmente há instalação industrial onde ocorreu a insólita experiência – Imagens Google Maps

Era um problema que acontecia com frequência (um defeito que ele só descobriria tempos depois). A solução temporária era um processo que o motorista já fazia quase automaticamente, de tanto que já tinha passado pelo transtorno. E demorava apenas instantes para o caminhoneiro.

“Era um caminhão velho, mas eu já sabia o procedimento”, conta. Enquanto segurava o farolete e fazia o bombeamento do combustível – era um veículo a díesel, modelo Mercedes Benz 1113 – viu um clarão no mesmo sentido da pista em que estava. O clarão parou no acostamento, mas do outro lado da pista, não no mesmo lado do caminhão, como seria de se esperar.

Ele conhecia bem a região. A luz parecia estar a poucos metros, onde só havia um barranco, uma cerca de arame farpado e o pasto. Marcio deu a volta pelo caminhão, para observar melhor, quando se deparou com o objeto em forma de esfera, ou bola, de uma luz branca muito forte, branca, pairando cerca de 3 metros acima do solo. Estava a pouco mais de 10 ou 15 metros dele.

“Era muito clara, muito clara. E eu ouvi um barulho como se fosse de uma catraca de bicicleta, quando você para de pedalar”, conta.

“Por uma fração de segundo”, conforme descreve, Marcio olhou por cima da bola e observou a silhueta de um objeto muito grande, em formato de sino. Mas neste momento, “a bola me lançou uma luz muito forte (…) eu não sei se apaguei, e me senti muito leve, indo em direção a esse objeto (…) senti um dos chinelos, no pé esquerdo, caindo”, relata o caminhoneiro.

Marcio compara o tamanho da luz a uma daquelas bolas coloridas que costumavam ser vendidas em postos de gasolina, com cerca de 80 cm de diâmetro. Já o objeto, escuro, visto apenas de relance, parecia algo bem maior, com provavelmente mais de 20 metros de diâmetro e uma altura que ele não conseguiu estimar.

Tempo perdido (missing time): acordando quase ao amanhecer

A partir deste momento Marcio só se recordava conscientemente de ter acordado sentado ao volante do caminhão. “Eu tipo que despertei do sono, mas eu não estava de olho fechado”, explica. O dia já ia quase amanhecendo e levou alguns segundos para ele entender o que se passava. Tentou dar partida no caminhão, mas o veículo não ligou. Ele não tinha terminado o procedimento de bombeamento do diesel.

Mercedes 1113, mesmo modelo de caminhão que marcio dirigia à época
Mercedes 1113, mesmo modelo de caminhão que Marcio dirigia à época (Imagem: Blog da Mercedes Benz)

Ao descer do caminhão para tentar consertá-lo novamente, sentiu o pé esquerdo descalço. Procurou em volta e não achou. Olhou além e avistou o chinelo, atrás da cerca de arame que demarcava a área do pasto. “Mas eu não conseguia entender, ligar os fatos, porque eu não lembrava de ter ido lá”. Ele só se lembrava de ter visto a bola, mas as memórias estavam confusas.

Quando começou a dirigir também passou a sentir uma dormência no braço esquerdo. Foi então que reparou ferimentos, como um arranhão, no braço e no peito.

O caminhoneiro continuou a viagem, realizou sua entrega, mas sentia-se estranho, “abobado”, como descreveu. Apenas depois de dois ou três dias do ocorrido, em casa, descansando na varanda sem pensar em nada específico, começou a ter o que chama de “flashes” do que parece ter se sucedido no seu insólito encontro.

Remontando memórias do insólito contato: embaúra

“Tipo flashes de luz, e eu começava a ter lembranças de uma coisa que eu não sabia de onde vinha”

Segundo Marcio, ao longo dos próximos 6 meses ele teria esses flashes. E esses relances contavam uma história muito mais longa. “Você já sonhou um sonho muito intenso, e esse sonho ficou na sua cabeça, por muito tempo? Já viu nesses sonhos pessoas que você nem sabe se existem? É exatamente assim que acontecem [os flashes]. A única coisa que separa o sonho da realidade são os detalhes estranhos que ligam os fatos, tipo o chinelo, a cicatriz”, define o caminhoneiro.

Os lampejos vinham sempre quando estava bem descansado, geralmente sentado na varanda de casa.

Nesta espécie de sonho acordado, Marcio se lembrou de entrar numa sala muito iluminada, de onde saia, por uma fresta na parede, um tipo de fumaça. Além dessa fumaça, “eu vi duas pessoas, muito bonitas (…) muito claras, cabelos claros, compridos, os olhos levemente puxados”. Ele se lembrou de uma dessas pessoas pegando em seu braço, exatamente o esquerdo, onde ficou com a cicatriz que tem até hoje.

Ambos eram relativamente altos, com cerca de 1,80m. Os cabelos eram lisos, chegando até os ombros. Os olhos eram verdes ou azuis, mas bem claros. E eles tinham “um olhar pacífico, coisa que nunca vi em ser humano nenhum”, descreveu Marcio ao Portal Vigília. “Me passavam com o olhar uma segurança que nunca senti em outra pessoa. Nem na minha mãe”, completou.

O caminhoneiro lembrou-se de ouvir palavras pronunciadas por aquelas pessoas. Mas elas “surgiam” na sua cabeça; ele não as via abrir a boca. Apenas uma delas ele se recordou. E ela foi essencial para o protagonista tomar coragem e relatar sua experiência ao podcast Hangar 18: era justamente “embaúra”, que ele ouvira em outro episódio (o nº 3), sobre o caso Maria Cintra, ocorrido em Lins, no Interior de São Paulo, em 1968.

A coincidência foi determinante para que ele entrasse em contato com os produtores do podcast. “Essa palavra me vinha a todo tempo na cabeça quando os seres olhavam pra mim (…) embaúra, embaúra, embaúra”, conta. Quando Márcio falou a mesma palavra – “não sei se pronunciei, se falando ou se foi mentalmente”, explica – os seres sorriram para ele.

Neste momento o caminhoneiro abduzido notou a presença de um terceiro ser, que, ao fundo, mais distante, levantou o braço, o que o fez associar a expressão embaúra a alguma espécie de cumprimento ou saudação.

Muita paz, mas também formigamento e nenhuma memória adicional

Depois disso, a última coisa que Marcio se recorda é de ter visto um símbolo numa parede. O mesmo símbolo que aparentemente ficaria marcado para sempre na sua pele, na forma de uma cicatriz no braço. No peito, a cicatriz já não é mais visível.

Desse vislumbre em diante, nenhum outro flash trouxe qualquer memória nova. E foram necessários 6 meses para, segundo ele, cessarem os lampejos. Foi um “quebra-cabeças”, como define, porque a cronologia dos acontecimentos é a que ele supõe ser, mas não tem absoluta certeza.

A cicatriz no braço esquerdo de Marcio, registrada em diferentes momentos. O caminhoneiro tem a impressão de que às vezes ela parece ligeiramente diferente - Da esquerda para a direita, a foto publicada pelo podcast Ufologia e Ideias e duas imagens de arquivo pessoal de Marcio cedidas ao Portal Vigília
A cicatriz no braço esquerdo de Marcio, registrada em diferentes momentos. O caminhoneiro tem a impressão de que às vezes ela parece ligeiramente diferente – Da esquerda para a direita, a foto publicada pelo podcast Ufologia e Ideias no Instagram e duas imagens de arquivo pessoal de Marcio cedidas ao Portal Vigília

Cada lembrança trazia consigo uma sensação de paz e tranquilidade ao vivenciar a experiência. Apesar disso, ainda sentia desconforto e formigamento nas cicatrizes quando tinha os lampejos.

Os próprios ferimentos, na sua opinião, tiveram uma progressão inusitada. Cicatrizaram em menos de 2 dias. Muito rápido, segundo ele, que estava acostumado a ter arranhões e ferimentos nas mãos por mexer constantemente com as peças do caminhão. Era “como se fosse um ferimento que eu tinha feito anos atrás”, recorda-se o caminhoneiro abduzido.

Toda a sua experiência, do momento em que saiu do caminhão até “acordar” ao volante, teria durado 2 horas. Ele não chegou a calcular exatamente, mas estimou isso pelo nascer do sol e o atraso na chegada ao destino.

No lugar errado, na hora errada

Avaliando o encontro, que coincidiu com o problema do caminhão, Marcio acredita hoje que estava no lugar errado, na hora errada. “Se eu não tivesse parado ali por causa do problema com o caminhão talvez não tivesse acontecido nada daquilo”, disse em resposta a uma pergunta no especial de fim de ano do podcast Ufologia e Ideias.

Depois do ocorrido, o caminhoneiro abduzido nunca mais viveu algo tão intenso. Mas teve vários outros momentos em que avistou luzes estranhas no céu, uma delas em casa, na companhia das duas filhas e da esposa. Eram duas luzes juntas, brancas, a grande altitude. Outra vez, na estrada, uma luz pareceu acompanhar seu caminhão de perto, por pouco segundos.

Algum tempo depois, Marcio conta que foi apresentado a uma pesquisadora – ele prefere não revelar o nome – para fazer uma regressão por hipnose. Chegou a ir ao encontro dessa mulher e foi alertado, por ela, que ao fazer a regressão poderia recordar-se das coisas diferentemente de como se lembrava que elas ocorreram, pelo menos conscientemente.

De fato, é uma tese corrente na Ufologia que as tranquilas e calmas memórias em episódios de abdução possam ser uma camada de proteção do abduzido. O objetivo seria esconder memórias traumáticas de experiências doloridas.

Ao ser confrontado com essa informação, o caminhoneiro achou melhor não levar a empreitada adiante. O efeito colateral é que continua com uma desconfiança sobre a aparência dos seres: “dúvida minha é: eram eles assim mesmo, ou eu os enxerguei assim”?

Hoje, diante do novo hobby que descobriu, como podcaster contador de causos, Marcio segue divulgando acontecimentos ufológicos, como o que viveu, além histórias ligadas a fenômenos sobrenaturais que ainda ouve de amigos e colegas caminhoneiros.

*Sobre a data do acontecimento, nos dois relatos que gravou para podcasts, Marcio estimava que teria ocorrido entre os anos de 1992 e 1993. Mas lembrou-se de estar trabalhando em outra atividade nesta época. A pedido do Portal Vigília, consultando as filhas, refazendo sua trajetória profissional e conferindo o ano em que adquiriu o caminhão, conseguiu determinar que a experiência teria acontecido entre os anos de 1996 e 1997, uma época bem intensa para a ufologia brasileira.

Confira os episódios de podcasts mencionados nessa matéria com o relato de Marcio Couxa de Ferro:

Ufologia e Ideias – #01 UFO Talk Show | Especial 2020 com Marcio de Cambé do Estrada Sobrenatural

Hangar 18 Podcast – Ep 031 – Hipóteses da Origem Alienígena (na seção de relatos)

 

Agradecimentos ao Valter H. Ramos que gentilmente nos permitiu usar a imagem de capa do episódio de Ufologia e Ideias para ilustrar essa matéria.

LEIA TAMBÉM:

Sete horas perdidas: a perturbadora abdução de Gerry Anderson

Caso Pátero: abdução e ufologia investigadas por militares nos anos de chumbo

Lago Pascagoula: depois de 46 anos vítima de abdução rompe o silêncio

Compartilhe:

3 thoughts on “De caminhoneiro abduzido a divulgador da Ufologia: o caso Marcio, de Cambé

  • Eu nunca tive tal experiencia, mas quando ouvi o relato da Maria Cintra, “Embaúra” não saía da minha cabeça. Até já perguntei pro ChatGPT o que significa, mas não deu muito certo, talvez se eu perguntasse no modo fonético universal.

    Resposta
  • Parabéns!!!! Ótima matéria. Márcio é uma lenda viva, sem contar que o podcast Estrada Sobrenatural é muito bom.

    Resposta
  • MARCIO VALERIO COUXA DE FERRO

    Me senti respeitado com o texto tão sério do portal vigília , e essa notória seriedade da página reflete o sucesso nesse tema tão importante e tão discutindo

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

As esferas voadoras na história da Ufologia Aviões e óvnis O que caiu em Caieiras na noite de 13 de junho de 2022? Extraterrestres: é a ciência quem diz! As etapas da pressão sobre o governo dos EUA em relação aos óvnis/UAP
×