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Caso Pátero: abdução e ufologia investigadas por militares nos anos de chumbo

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Caso Pátero. Até hoje muita gente imagina que a Operação Prato e a Noite Oficial dos Óvnis foram os únicos casos da ufologia brasileira investigados pelos militares nos anos de chumbo.

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Mas documentos do extinto Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) guardados no Arquivo do Estado de São Paulo e obtidos pelo historiador Claudio Suenaga comprovam que o Serviço de Informação (SI) acompanhou bem de perto outro caso famoso, o Caso Onilson Pátero.

O Caso Onilson Pátero

A história começa em 2 de maio de 1973 quando o comerciante Onilson Pátero, morador de Catanduva, no interior de São Paulo, viajava de madrugada de Itajobi para sua cidade quando parou para dar carona a um rapaz que estava na estrada.

O homem, chamado Alex, era um jovem enigmático e bem vestido que carregava uma caixinha dourada.

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A carona transcorreu normalmente, mas depois que o viajante desceu do carro o veículo passou a apresentar falhas e parou no acostamento.

Foi quando Pátero viu uma luz forte vindo em sua direção, que imaginou ser um caminhão.

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Duas bacias unidas

A luz se transformou em uma espécie de filamento azul e ele observou que a luz era emitida por um objeto de 8 metros de diâmetro que flutuava a 20 metros dele. O objeto parecia duas bacias unidas, uma para cima e outra para baixo.

Ao tentar fugir o comerciante foi capturado. Desse momento em diante Pátero teria perdido o sentido e não se lembrava de mais nada.

Na manhã seguinte ele foi encontrado desacordado na estrada pela Polícia Rodoviária. Exames não mostraram nenhuma anormalidade, mas seus cabelos ficaram mais escuros e havia manchas em seu abdômen.

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A segunda abdução de Pátero

A história teve uma pequena repercussão na região onde o comerciante morava, sendo inclusive, relatada por jornais locais.

Um ano depois, em 28 de abril de 1974, Onilson Pátero teria tido um segundo contato com extraterrestres. Este muito mais assustador que o primeiro, tendo o homem ficado em poder dos alienígenas por seis dias.

Pátero conta que voltava da cidade de Júlio de Mesquita por volta das 20h30 e, quando estava em Guarantã, cidade a poucos quilômetros de Catanduva, viu novamente uma luz e um Disco Voador.

Ele conta que abriu a porta do Fusca que dirigia na intenção de descer do carro, mas imediatamente a luz o puxou, em pé, para dentro da espaçonave. Pátero diz que chegou a ver seu carro lá em baixo enquanto era abduzido.

Lá dentro da nave, numa sala azul redonda tecnológica de uns 6 metros de altura e alguns pontos de luz intercalados, Pátero sentia sonolência.

Foi quando ele viu um cidadão, alto, ombros largos, olhos azuis de nariz e boca pequena, simpático que pediu para que ele se controlasse que nada de mal ia lhe acontecer.

Dentro da nave alienígena

Pátero diz que conversava com aquela figura, mas de uma maneira telepática. Um macacão que por fora era bem áspero e por dentro muito macio foi colocado nele e um capacete com um visor, que lhe permitia ver uma espécie de cidade ou um vale.

Colocado em um assento, seus braços e pernas foram presos por braceletes de aço e ele passou por alguns experimentos dos quais ele não lembra exatamente. Ele esteve ainda por outras salas dentro da nave.

Assim que a família deu falta passou a procurar o comerciante e encontrou o veículo, no mesmo local onde ele diz ter sido abduzido, mas nenhum sinal dele.

A procura durou seis dias e Onilson Pátero foi encontrado vagando desorientado em um morro na cidade de Colatina, no Espírito Santo, a 1200 km de onde morava.

A abdução e a ditadura militar

A história da abdução ganhou o mundo e foi destaque na imprensa nacional. Os ufólogos Willi Wirtz e Max Berezovsky, integrantes da Associação Brasileira de Estudos das Civilizações Extraterrestres, passaram a investigar.

Quem também se interessou pela história foram os militares, que não estavam gostando nada de todo esse barulho.

O delegado de Polícia de Catanduva, Hermínio José Theodoro, enviou ao DOPS um relato dizendo que Guarantã foi abalada pela notícia de um indivíduo que foi abduzido por um Disco Voador.

O delegado identificou os ufólogos e pediu que fossem investigados, para esclarecer o caso. E no dia 11 de outubro de 1974 Berezovsky e Wirtz foram chamados para darem depoimentos.

Depoimento e medo

Talvez por medo, os ufólogos foram enfáticos em afirmar que consideravam falsos os encontros de Onilson Pátero. Segundo Wirz, a história contada pelo comerciante de Catanduva era “completamente inconsistente, com muitos pormenores que lembram filmes de televisão, principalmente a série ‘Os Invasores”‘.

Eles  alertaram que a notícia de uma investigação daria ainda mais palco ao “mentiroso” Pátero e que, por isso, a história não deveria ganhar mais holofotes.

Diante da colaboração “convincente” de Berezovsky e Wirtz e a presunção de que se tratava de uma mentira, os militares encerraram o caso e consideraram Pátero “mitômamo”, que “apresenta certa alteração neurológica”.

Mas quem conheceu de perto a ditadura sabe que as coisas nunca foram tão simples.

Investigando os Ufólogos

No começo de 1975, quase um ano depois da segunda abdução de Onilson Pátero, os militares decidiram reabrir o caso, dessa vez para investigar os ufólogos.

O DOPS recebeu um documento anônimo com um carimbo do 2º exército dizendo que em um clube israelita em São Paulo e na casa de Max Berezovsky estavam acontecendo reuniões de “cunho duvidoso”.

Nessas reuniões, com o objetivo de estudar a vida extraterrestre, os participantes estariam a buscando contatos com estudantes e outros elementos, possivelmente ligados à subversão, para discussão e combate ao governo constituído.

Diante da possibilidade de encontrar indivíduos contrários ao regime o DOPS então infiltrou agentes nos encontros dos ufólogos.

Ao menos uma reunião, em 27 de junho de 1975, chegou a ser acompanhada por um agente do Dops que estava disfarçado. Os detalhes do encontro foram relatados aos seus superiores.

Caso Patero ditadura ufologia

Aficionados pelo assunto

Mas, para o agente da ditadura, o conferencista “discorreu sobre a problemática dos discos voadores, transmitindo inúmeras teorias e informações sobre o assunto”.

Ainda segundo ele, “a posição do orador ficou manifesta sobre a existência de tais objetos, como civilizações de outros planetas e galáxias, parecendo também evidente que a maioria dos presentes é aficionada e crente no assunto”.

Ao final ele diz que os ufólogos estavam em campanha de novos sócios e não observou “qualquer comentário, atitude ou alusão política” no encontro.

De posse do relatório e não encontrando evidências de atos subversivos finalmente os militares encerraram o caso.

Entrevista a Silvio Santos

Em 28/05/1978, na extinta TV Tupi de São Paulo, Onilson Pátero concedeu uma entrevista a Silvio Santos. No vídeo/áudio abaixo, ele conta os pormenores do fatídico incidente que mudou sua vida.

Onilson Pátero morreu em 2008 aos 75 anos e até hoje a história é um marco na cidade de Catanduva e na região.

FONTES

History
Diário Capixaba
Mega Curioso

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