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Podcasts de Ufologia finalmente chegaram para ficar no Brasil

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A era dos podcasts finalmente chegou para a Ufologia brasileira. Demorou, mas aconteceu. O fenômeno dos podcasts sobre UFOs, OVNIs, alienígenas e extraterrestres, com anos de atraso em relação a outros países, aparentemente está caindo rapidamente nas graças – e nos players – dos ouvintes no Brasil.

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O “boom” dos podcasts no Brasil parece coincidir com a explosão da ferramenta no meio corporativo. Enquanto a mídia lá fora há anos segue um curso meteórico em todos os temas, no Brasil, durante muito tempo foi mais fácil encontrar um canal de vídeo no Youtube sobre assuntos insólitos – inclusive óvnis – do que um podcast na mesma temática. Mesmo que a produção de vídeo seja notoriamente um bocado mais complexa.

Ninguém tem uma explicação muito assertiva para essa lentidão inicial no campo dos UFOs. Ainda mais num cenário com grandes nomes da chamada “podosfera” servindo de farol desse novo mundo: Nerdcast (uma unanimidade para a expressão “maior podcast”), Mundo Freak, Rede Geek, Café Brasil… A maioria dos casos de sucesso dessa mídia no país bebe das fontes da cultura pop, nerd e geek, que sempre tiveram muita relação com a Ufologia.

Mas o que é um podcast?

Sim, 2020 e muita gente ainda faz essa pergunta. Lembra que havia programas de rádio sem música, mas que também não eram de notícias? Eles tinham convidados e às vezes não. Eram monotemáticos e às vezes não… Podcast é quase isso. Mas você pode escutar na hora em que quiser. Pode ouvir num tocador de streaming de música no celular ou no PC, como o Spotify ou Deezer. É possível ouvir direto do Google, até! Pode estar online; mas também é possível baixar os episódios só quando de fato tiver uma conexão, para colocá-los no pendrive em mp3 (sim, isso ainda existe!) e ouvir no player do carro, por exemplo…

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Filho do casamento de duas tecnologias – o feed (um código que surgiu meio que para criar uma “internet simplificada” dentro da Web) com o mp3 – o podcast hoje é bastante incentivado pelo surgimento de serviços de hospedagem e distribuição simplificados. Além de baratos e às vezes até gratuitos. Isso é importante porque antes a tecnologia podia ser uma dor de cabeça adicional aos aprendizes de feiticeiros…

O Portal Vigília tratou de conversar com os produtores de alguns dos principais podcasts de Ufologia do Brasil e traz com exclusividade aos leitores esse papo. Sejam divulgadores ou pesquisadores, ou ambos, em geral essa galera preza pela qualidade da produção, pela diversidade de opiniões e pelo respeito aos ouvintes. Isso se traduz em episódios bem editados, conversas interessantes e, principalmente, preocupação com a acuidade e seriedade dos temas tratados.

Hangar 18 Podcast: pioneiro e bem relacionado

Um dos mais antigos e famosos podcasts brasileiros, o Hangar 18 Podcast, acaba de atingir a marca de 1 milhão de downloads. E mais antigo, nesse ranking, é só uma figura de linguagem, válida apenas na comparação com os demais. Criação de dois designers – Cristiano Ribas e Fernando Zoucas, que moram no Canadá, o Hangar 18 começou em dezembro de 2018!

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Hangar 18 podcast. Um dos mais antigos podcasts de Ufologia do Brasil, já alcançou a marca de 1 milhão de downloads (Arte Hangar 18 Podcast)
Hangar 18 podcast. Um dos mais antigos podcasts de Ufologia do Brasil, recentemente alcançou a marca de 1 milhão de downloads (Arte: Hangar 18 Podcast)

Ex-funcionários da Rede Globo, no Rio de Janeiro, com experiência em produção audiovisual, Ribas e Zoucas uniram de forma impressionante no podcast o conhecimento técnico à paixão pela Ufologia. O resultado é um produto tão bem acabado que rapidamente virou um sucesso de público.

Bem relacionados na “podosfera”, com parcerias e participações em podcasts mais antigos e tradicionais, não raro eles se intitulam como “outsiders” da Ufologia. “Não somos pesquisadores”, dizem.

Mas ambos têm experiências pessoais de contatos imediatos. “Em 1991 eu brincava à noite na praia com uma tia, na casa de veraneio dos meus avós em Unamar (que fica próximo de Cabo Frio, RJ), vimos um disco com várias luzes coloridas vindo do mar em direção à terra, passando por cima da gente a uma distância de mais ou menos 100 metros de altura”, relata Cristiano Zoucas.

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Mais tarde – cerca de 20 anos depois – ao pesquisar, Zoucas deparou-se com o famoso caso da filmagem de Casimiro de Abreu, que fica a aproximadamente 30 km em linha reta de Unamar. Naquele dia, um óvni multicolorido, com um padrão variável de luzes, ficou horas parado no céu e chegando a causar confusão e engarrafamento na rodovia BR 101, na altura de Casimiro de Abreu. Isso numa época em que não havia drones, nem LEDs nem qualquer equipamento de projeção capaz de produzir o efeito.

Com Ribas foi diferente. Aos 2 ou 3 anos, “tive uma experiência que possivelmente tem a ver com Ufologia mas, na época, eu não tinha consciência disso. Contei esse acontecimento no episódio 1 do Hangar 18”. Mas o interesse pela Ufologia mesmo começou pouco depois. “Foi no início da década de 80, quando minha mãe me levou ao cinema para assistir o filme ‘ET’ do [diretor Steven] Spielberg; eu diria que foi o que me despertou para o tema e aumentou a minha curiosidade sobre vida fora da Terra. Eu tinha apenas 5 anos de idade na época”, conta.

Inspiração para outros podcasters na Ufologia

Os dois amigos garantem que não imaginavam o sucesso que a iniciativa alcançaria. “A gente fez para divulgar entre amigos, e era algo despretensioso. Eu mesmo cheguei a fazer uma pesquisa entre alguns grupos de Ufologia no Facebook e o resultado foi que ninguém fazia ideia do que era podcast, e ninguém se interessava muito também! Fizemos justamente porque não tínhamos nada a perder e seria um hobby mesmo. A gente fez sem muita expectativa, e talvez por isso deu tão certo”, diz Zoucas. “Apesar que ter a noção de que seríamos um dos primeiros podcasts totalmente dedicado ao tema, eu nunca imaginei tamanho sucesso”, completa Ribas.

De fato, o estilo de “contação de causo” (ou “de caso”, ou, como a Internet rebatizou, “storytelling“) fluido, conciso e bem produzido do Hangar 18 abriu caminho para toda uma geração de podcasts e podcasters da Ufologia. E não param de surgir novos títulos. Ao que parece, a pandemia de Covid-19 também vem oferecendo um empurrãozinho: o tempo que faltava para fomentar esse crescimento.

Na nova safra, vem se destacando um dos poucos podcasts apoiados no trabalho de pesquisa ufológica dos próprios integrantes do casting: o Ufologia de Quintal. Com bem menos tempo de existência, o podcast é feito pelo time que compõe o Centro de Pesquisas Ufológicas do Oeste do Paraná, o Cepuop. Apesar disso, seu produtor Cleiton Teixeira, historiador, garante que os objetivos do grupo e do podcast são diferentes.

Ufologia de Quintal: Ufologia raiz transformada em podcast, com conteúdo diversificado (arte: Ufologia de Quintal)
Ufologia de Quintal: Ufologia raiz transformada em podcast, com conteúdo diversificado (arte: Ufologia de Quintal)

O grupo “é uma paixão. A base do Centro são as nossas experiências em horas de vigílias ufológicas e casos da nossa região. O Ufologia de Quintal tem um objetivo diferente, é a nossa vontade de dizer ao mundo que ufologia não é coisa de maluco, mas algo muito sério e cheio de evidências significativas”, explica Cleiton.

Eles são quatro: o historiador Cleiton, o biólogo Evandro Bloot, o Matemático Rodovias Santos (o Dudu) e o espiritualista Ozzi D’Castro. Sempre descontraídos, às vezes brincam nos episódios que são “os trapalhões da Ufologia”. Mas na prática apresentam justamente o contrário: um conteúdo variado de casos famosos e experiências pessoais dos pesquisadores, que se desdobram para dar conta de vidas profissionais atribuladas, pesquisas Ufológicas e agora bate-papos e entrevistas semanais sobre Ufologia.

Não faltam relatos de casos no podcast Ufologia de Quintal, mas eles também produzem materiais ricos para quem quer se aventurar na própria pesquisa, como os manuais de vigília ufológica, ou os convites outros pesquisadores para contarem suas experiências e opiniões sobre óvnis e alienígenas. “Somos educadores por vocação e acreditamos que a democratização da informação, trazida em uma discussão interdisciplinar, pode repercutir mais assimilação e entendimento dos fenômenos expostos em nossos episódios”, explica Cleiton.

Podcast para “dar voz” às testemunhas de discos voadores

O estilo “contação de casos” é levado ao extremo em um dos mais novos integrantes da podosfera ufológica brasileira: o podcast Relatos Flutuantes. Ainda nos seus episódios iniciais, o podcast cresce velozmente, oferecendo semanalmente uma experiência diferente, na forma de pílulas. Trata-se de uma espécie de versão pocket, com duração variável entre 7 e 15 minutos.

Relatos flutuantes podcast. Voz para as pessoas que tiveram experiências com óvnis e extraterrestres (Arte Relatos Flutuantes)
Relatos flutuantes podcast. Voz para as pessoas que tiveram experiências com óvnis e extraterrestres (arte: Relatos Flutuantes)

No podcast, para a introdução das histórias – que são contadas integralmente pelos próprios protagonistas – o anfitrião “Zero” avisa que vai levar os ouvintes a “mais um pequeno relato, de grande significado”.

Zero é o pseudônimo do publicitário, músico e compositor Ronni Goltara, que vive em Piúma, no litoral Sul do Espírito Santo. Relatos Flutuantes é seu “escape da rotina”, como ele diz. Ele já tinha experiência na área, como produtor do Receita do Mal, um podcast de culinária com linguagem +18. Mas a paixão pela Ufologia e a vontade de produzir algo apropriado para a filha de 14 anos pesaram na escolha de um novo tema.

O interesse pelo tema UFO também teve início em uma experiência pessoal marcante. Goltara promete contar sua própria história quando chegar ao episódio número 50, meta que pretende “atingir sem furar uma semana”, diz. A longo prazo, espera ser uma espécie de “referência para quem buscar detalhes da casuística de alguma região específica, data ou qualquer outro dado demográfico que naturalmente será criado com o passar dos episódios do Relatos”, explica Zero.

As dificuldades e desafios de quem produz podcasts de Ufologia

Para o anfitrião Zero, um dos grandes desafios da produção é conseguir bons relatos em áudio toda semana. As tecnologias de mensageiros – Whatsapp, Telegram e Messenger – ajudam e ele bebe da fonte, participando até do grupo do Telegram criado pelos parceiros do Ufologia de Quintal. “Já sabia antes de começar que não seria fácil conseguir a confiança dos primeiros relatantes. Então foi uma aposta. Me surpreendi com o volume inicial dos relatos recebidos, mas não me iludo em achar que um dia a demanda será 100% automática”, diz Goltara.

Antes do podcast Zero quase não tinha experiência com pesquisa ufológica. “Hoje, a cada relato que produzo, eu busco mais informações para facilitar na direção de arte, o direcionamento da divulgação de cada episódio e tudo mais que está em volta do relato em si. Creio que cada caso é apenas a ponte de um grande iceberg, e estar ciente de cada detalhe é importante de mais para o que vem adiante”, destaca.

De fato, a dificuldade de pré e pós-produção, aliada à necessidade de sincronizar as agendas com as atividades profissionais, são obstáculos comuns a todos os podcasters consultados pelo Portal Vigília. “Difícil é encontrar tempo para nos reunirmos, pois temos uma demanda muito grande em nossas profissões”, pondera o Cleiton, do Ufologia de Quintal.

“O mais difícil é a parte de produção mesmo (…) Tocar um projeto desse tamanho tendo um trabalho de 9 às 5, é bastante complicado”, ressalta Ribas, do Hangar 18. E completa: “hoje, graças aos nosso apoiadores, conseguimos terceirizar a edição, o que facilita bastante, porém o trabalho de pesquisa, pauta, redes sociais e etc, ainda demanda bastante”.

“São dezenas de emails por dia, mensagens de ouvintes, relatos de pessoas a todo o instante que precisam ser organizados; pensar e escrever pautas toda a semana, interagir com os ouvintes nas mídias sociais, resolver problemas de conta e pagamento com o pessoal que tá no nosso Apoia-se… Enfim, tudo isso somado, exige MUITO do tempo da pessoa, mas no final é bem gratificante”, explica Ribas.

Longe das “tretas” da comunidade ufológica

Se o obstáculo do tempo é comum à maioria dos times de podcasts da Ufologia brasileira, a busca por uma postura mais “zen” com a chamada comunidade ufológica também. Isso vai desde uma atitude respeitosa, que até desenha alguma predileção por um campo mais objetivo ou mais holístico da pesquisa, sem desdenhar dos demais, até às relações criadas com os próprios ufólogos de diferentes correntes.

Talvez esse distanciamento dos terrenos arenosos da Ufologia seja ele próprio uma das explicações para o crescimento recente da podosfera ufológica brasileira. “Esse assunto é notório nos dias atuais. Nós, apesar de falarmos de Ufologia, não fazemos parte do meio. Não somos ufólogos, e nem temos a pretensão de ser, por esse motivo, nos colocamos fora. E é bom que continue assim, pois dessa forma conseguimos manter nossa liberdade e também a possibilidade de errar”, destaca Ribas, do Hangar 18.

“Você escuta sobre essa desunião da Ufologia até mesmo entre os ufólogos(…) Acho uma perda de tempo quem faz vídeo falando mal e julgando outros pesquisadores (além de bastante infantil), enquanto deveriam estar colhendo relatos e analisando casos interessantes em nome da ufologia brasileira”, pontua o parceiro Zoucas.

Cleiton, do Ufologia de Quintal, vê um cenário da Ufologia atual “polarizado e marcado por muito senso comum. Poucos saem em busca do que realmente está acontecendo, uns se debruçam em antigos casos tentando redescobrir uma novidade bombástica e outros fazem de tudo para explorar os fenômenos e as pessoas que acreditam neles”. Mesmo assim, observa que “ainda tem muita gente boa, que corre atrás do fenômeno, que procura compreender suas facetas e de alguma forma contribuir para o engrandecimento da Ufologia”, garante.

Espaço e assunto para para todos os podcasts de Ufologia

Outra coisa em que aparentemente os podcasters concordam é que há campo e assunto para a convivência harmônica entre todos os estilos e canais. “Eu acho que quanto mais gente divulgando a Ufologia Brasileira e quanto mais gente tratando o tema com a seriedade que o assunto merece, melhor. E por isso eu fico muito feliz em saber que existam outros nomes de podcasts de Ufologia atualmente por aí”, destaca Zoucas.

“Muito conteúdo sendo produzido, de todos os níveis e profundidades, o que só tem a contribuir com a sociedade”, pondera Cleiton, e completa com uma dica importante: “Para quem está começando: seja fiel aos seus princípios e faça o seu melhor, com honestidade na produção do conteúdo”.

E você, gostou da ideia de ouvir notícias relevantes, histórias interessantes, conhecer relatos novos ou famosos de contatos imediatos com óvnis, discos voadores ou extraterrestres? Então prepare seu player favorito e assine alguns dos podcasts (ou todos) dessa playlist preparada pelo Portal Vigília.

A relação contém apenas podcasts exclusivamente (ou quase) sobre Ufologia. Sempre que possível utilizamos como indicação o link na própria plataforma de podcasts do Google, o Google Podcast, para tornar o acesso o mais democrático possível.

Mas você pode fazer a busca pelos nomes dos podcasts de Ufologia na plataforma que preferir, ou no próprio Google, que vai encontrar a maioria dos títulos em vários formatos, para ouvir online ou baixar para o dispositivo que quiser.

Hangar 18 Podcast

Ufologia de Quintal

Relatos Flutuantes

Vamos Falar Sobre Ufologia

Podcast MMUFO – Movimento Mundial da Ufologia

Investigação OVNI – Programa Sinal Extraterrestre

UFO. (apenas no Spotify)

Céus Inquietos (apenas no Spotify)

Brazil UFO

UFO BR NEWS | Ufologia e Espiritualidade

Arquivos Insólitos

Urcaa Ufologia

Curiosidades do Céu

Menções honrosas (eles foram os primeiros)

Podcast Grupo Ufo-Gênesis (2013 e 2014, atualmente inativo) ()

esquadrão UFO podcast (Não fala só de Ufologia, mas o tema é preponderante e está ativo desde 2018).

Você faz ou conhece algum Podcast EXCLUSIVAMENTE  sobre Ufologia que não está nesta lista? Mande mensagem para o Portal Vigília para completarmos a relação!

 

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