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Vida alienígena em Encélado? Escape de metano indica que sim!

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Cientistas da Universidade do Arizona e da Universidade de Ciências e Letras de Paris propõem que um grande escape de metano detectado na atmosfera de Encélado, lua gelada de Saturno, tem boas chances de estar associado à atividade de vida alienígena.

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A teoria foi publicada no início de junho de 2021 na revista Nature Astronomy, mas de fato só chamou a atenção da comunidade científica e da imprensa no início de julho, após artigo no site da própria universidade.

O intervalo provavelmente aconteceu porque a existência de metano na sexta maior lua de Saturno não é exatamente uma novidade. Encélado sempre chamou a atenção dos astrônomos por sua constituição singular. É um dos poucos astros no sistema solar que os pesquisadores teorizam possuir um oceano de água em estado líquido abaixo de uma grossa crosta congelada.

Água em uma temperatura que permita que se mantenha em estado líquido seria um prato cheio para o surgimento e manutenção de algum tipo de vida com processos bioquímicos razoavelmente conhecidos na Terra. Ocorre que quando a lua recebeu a visita da sonda Cassini, a nave atravessou as plumas que escapam de sua atmosfera e coletou amostras da sua composição química.

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Nesse quase rasante — ao menos em proporções astronômicas — foi detectada uma concentração relativamente elevada de certas moléculas, normalmente associadas às aberturas hidrotermais no fundo dos oceanos da Terra. Especificamente foram encontrados di-hidrogênio, metano e dióxido de carbono.

Os estudiosos já tinham indícios anteriores da presença desses componentes, mas foi particularmente surpreendente a quantidade de metano identificada no escape, segundo afirmam os pesquisadores no novo paper.

Regis Ferrière, professor associado do Departamento de Ecologia e Biologia Evolucionária da Universidade do Arizona, e um dos coautores do estudo, esclareceu que eles começaram com a pergunta:

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“Micróbios terrenos que ‘comem’ água e produzem metano explicariam a surpreendentemente grande quantidade de metano detectada pela Cassini?”

Ocorre que a busca por esses micróbios no oceano de Encélado, conhecidos como metanogênicos, precisaria de dezenas de anos e missões atualmente impossíveis de mergulho na lua congelada.

Então os pesquisadores partiram para uma estratégia alternativa. Criaram simulações matemáticas que combinaram a geoquímica e a ecologia microbiana para calcular a probabilidade de diferentes processos gerarem os mesmos resultados encontrados pela Cassini.

Os resultados da simulação mostraram que processos puramente geológicos seriam incompatíveis com as quantidades verificadas e sugeriram com grande precisão que a melhor explicação para os níveis de metano detectados em Encélado seria a atividade biológica.

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“É muito provável, segundo os dados da Cassini e os nossos modelos”, disse Ferrière, afirmando que “a metanogênese biológica (…) parece ser compatível com os dados”.

Cautela para não repetir a “fosfina” de Vênus

Extremamente cauteloso, o pesquisador detalha que “obviamente, não estamos concluindo que existe vida no oceano de Encélado”, mas ressalta também que não pode “descartar a hipótese de existência de vida como sendo altamente improvável. Para rejeitar a hipótese de vida, precisamos de mais dados de missões futuras”.

A cautela de Ferrière é justificada. Em setembro do ano passado explodiu na Internet a informação da identificação de uma potencial assinatura de vida em Vênus (bioassinatura), com a detecção da presença de fosfina, um componente que, na Terra, só é encontrando onde há atividade biológica.

Revisões posteriores da pesquisa mostrarem, no entanto, que havia um problema nos dados de um dos equipamentos utilizados para a coleta de informação. Isso inicialmente faria reduzir em sete vezes a quantidade de fosfina detectada.

E, mais recentemente, novos estudos indicaram que a fosfina ainda poderia ser resultado de atividade química vulcânica, ou mesmo ser apenas dióxido de enxofre erroneamente identificado pelo estudo original.

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