“Rubber Duck”, o mais recente vazamento UFO (UAP) nos EUA
No dia 6 de outubro de 2021, a conta NY UAP DISCUSSION no Youtube e no Twitter divulgou o vídeo de um suposto UFO, ou UAP, captado em 23 de novembro de 2019. Segundo o autor, o post foi resultado de um vazamento do Departamento de Segurança Interna dos EUA em Tucson, no Arizona. O UAP no vídeo acabou ganhando o apelido de “Rubber Duck” (pato de borracha, em Português) numa referência ao seu peculiar formato durante o voo, que às vezes lembra a silhueta de um patinho de borracha.
O vídeo vem dando o que falar na Internet. A imagem mostra um objeto curioso, captado a partir de uma câmera FLIR (infravermelho) em modo “black hot”, ou seja, quanto mais quente mais escuro. Por causa do brilho do alvo, percebe-se que ele emite nenhum ou quase nenhum calor, e pode ser registrado por pelo menos 40 minutos do total de pouco menos de 1 hora de duração do vídeo (veja na íntegra a seguir).
https://youtu.be/PmbrRvd25G0?t=1241
Depois da publicação original do Rubber Duck, o site The Black Vault disponibilizou imagens do UAP em altíssima resolução (4k) para quem se interessar em analisar. O site fez o contato direto com o responsável pelo vazamento da filmagem, chamado apenas de Andy, que concordou em fornecer os arquivos em seu poder. Apesar disso, o próprio The Black Vault ressaltou que não se posicionaria acerca do conteúdo do vídeo.
O autor da publicação, na conta do Youtube, comemora que está “(…) finalmente orgulhoso de apresentar a vocês a PRIMEIRA filmagem legítima de uma nave UAP genuína rastreada por mais de 40 minutos pelo departamento de Segurança Interna (…)”. Ele explica que tratava-se de uma câmera instalada em um avião de reconhecimento RC-26, em busca de traficantes de drogas em Tucson.
“O objeto em questão está viajando em qualquer lugar entre 90-200 mph [milhas por hora] enquanto voa sobre a superfície do deserto e também está mudando de direção enquanto voa. É estimado em cerca de 5 ou 6 pés de comprimento [pouco menos de 2 metros] e parece ter um segundo apêndice menor que voa com ele”, explica Andy.
Durante o trajeto, aparentemente o objeto acelera e desacelera algumas vezes, embora desenvolva uma trajetória bastante uniforme e sem movimentos bruscos.
Análises opostas, mesma conclusão
Quase simultaneamente à publicação original, Andy publicou na mesma conta NY UAP DISCUSSION a análise de Dave Falch, especialista em imagens do tipo FLIR. Falch revela ter conversado diretamente com o divulgador e aparentemente com a fonte original do vídeo do UAP Rubber Duck, que não seriam a mesma pessoa.
Em sua análise, o especialista praticamente descarta, com base na assinatura de calor e velocidade, a possibilidade de tratar-se de um drone ou de um conjunto de balões, como chegou a ser cogitado por ninguém menos que o próprio Luis Elizondo, ex-responsável pelo programa de investigações de óvnis do Pentágono (AATIP) e atual divulgador da Ufologia.
Veja a análise de Dave Falch:
https://www.youtube.com/watch?v=4RjofQBN4iI
Além de Falch, o conhecido desmascarador (“debunker”), cético e analista de imagens Mike West, em seu canal no Youtube, também publicou uma análise.
Diferentemente do colega especialista em FLIR, West pros cálculos alternativos para a determinação dos dados de elevação e velocidade do objeto, o que faria com que não estivesse se deslocando a mais do que 10 ou 20 milhas por hora, velocidade eventualmente ainda compatível com balões ao vento.
Ele termina sua análise deixando em aberto tanto a explicação dos balões de mylar (plástico metalizado preenchido com hélio) quanto a possibilidade de tratar-se de um drone.
Veja a análise de Mike West:
Apesar da interpretação alternativa de Mike West, ele, assim como o analista Dave Falch, conclui sua análise sem uma explicação convencional para a filmagem.
A aparição segue sem uma explicação, e Andy avisou em seu canal no Youtube que uma organização cujo nome não foi revelado estaria analisando os dados e imagens referentes a esse episódio para um estudo mais completo, que deverá ser divulgado no final do ano, uma vez que ainda estaria em “fase de revisão por pares” (sic).
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