Continua a onda de avistamentos por pilotos: FAA confirma “UAP” em Kansas City
A onda de avistamentos de luzes, óvnis ou UAPs, por pilotos de aeronaves militares e civis parece mesmo longe de chegar ao fim. Depois do impacto dos relatos, gravações em áudio e vídeo de pilotos no Sul do Brasil, a aviação dos EUA volta a registrar esse tipo de episódio.
O registro em si, no entanto, não é exatamente atual. Foi feito no dia 27 de setembro, portanto pouco menos de um mês antes dos primeiros relatos brasileiros próximos a Porto Alegre. Mas só agora veio a público graças à intervenção do site especializado em recuperar informações governamentais através da Lei de Liberdade de Informação norte-americana (FOIA), o The Black Vault.
O incidente havia sido relatado à FAA (Federal Aviation Administration, a agência de aviação dos EUA). Foi capturado nas gravações do Controle de Tráfego Aéreo (ATC) a partir das 05h55 da manhã do dia 27. Embora o piloto original achasse que as luzes poderiam estar no solo, a FAA registrou o incidente como “Fenômeno Aéreo Não Identificado”, porque acabaria sendo visto por pilotos de diversos outros voos ao longo de mais de 35 minutos.
O relato do piloto original, do voo N127RR, fala sobre um fenômeno aéreo não identificado do lado esquerdo da aeronave. O avião, um jato bimotor executivo (GLF4), saiu de Portland, no Oregon, com destino a Oklahoma City, no Estado de Oklahoma. O avistamento foi descrito como “um mar de luzes brancas piscando abaixo de sua altitude”. As luzes não eram muito brilhantes e podiam ser observadas a cerca de 100 milhas náuticas de distância. Nenhuma ação evasiva foi relatada.
Controle de Tráfego: “Desculpe, diga de novo?”
Piloto: “Eu não sabia se você tinha alguma ideia do que são todas essas
luzes brancas piscando aqui. Há um mar inteiro deles.”
Ao receber a informação da existência do relatório por uma fonte anônima, o Black Vault juntou os detalhes do incidente e obteve acesso ao banco de dados da FAA, que listou o relato. Por meio de um pedido de informações à FAA, com base na FOIA, o áudio da conversa entre o piloto e os controladores chegou ao site no início de outubro de 2022.
O site destaca que o piloto original descreveu as luzes como estando “no chão”. No entanto, parece que ele estava a cerca de 35.000 pés de altitude e, a certa altura, chegou a afirmar que as luzes seguiram a aeronave e ele as estava “rastreando por pelo menos 50 milhas”.
A conversa segue com Controle tentando descobrir a origem das luzes. Um deles mencionou que podiam estar na área de um grande estádio ou um show conhecido. Mas, pela reação de um dos controladores, parece que não havia muito na área que pudesse explicar a ocorrência.
A gravação original e uma versão editada da conversa entre o Controle de Tráfego Aéreo e o piloto do incidente óvni/uap em 27 de setembro de de 2022 foram disponibilizadas na página do The Black Vault.
Diving into this now. Incident took place Sept 27. Starlink launched new satellites on Sept 24. Below video was shot Sept 26.
But, interestingly, the pilot first says the lights are “on the ground” below him.
Anyways, still going through it…pic.twitter.com/ayu3gXGXQh
— Steven Greenstreet (@MiddleOfMayhem) November 25, 2022
No Twitter, seguidores do site lembraram que, no dia anterior à ocorrência, um vídeo de uma enorme quantidade de Starlinks enfileirados foi registrado numa região próxima.
Além disso, vários parques de geração de energia eólica foram recém inaugurados na região. As torres de hélices têm luzes estroboscópicas anticolisão, o que levanta suspeitas pela sensação do piloto de que as luzes estava abaixo da aeronave e próximas do solo. No entanto, até o momento, todas as potenciais explicações estão no campo da especulação.
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