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Telescópio James Webb, o “novo Hubble”, chega à Guiana Francesa para lançamento

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Depois de 16 dias no mar, num contêiner especial de ambiente controlado, finalmente o Telescópio Espacial James Webb desembarcou na Guiana Francesa, na América do Sul, de onde deverá ser lançado em 18 de dezembro de 2021, a partir do centro de lançamento de Kourou. Depois de sucessivos atrasos e mais recentemente envolto numa polêmica relativa ao seu nome, o equipamento — que é considerado uma espécie de sucessor do Hubble — está cada vez mais próximo de cumprir sua principal função: explorar novos mundos.

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O projeto original do Telescópio Espacial James Webb foi proposto em 1996. Deveria ter sido lançado em 2007, mas enfrentou uma série de problemas e viu seu custo subir do previsto 1 bilhão de dólares para nada menos que 9,7 bilhões. E apesar dos 25 anos de desenvolvimento, ainda é considerado o estado da arte em tecnologia de busca por novos mundos, em especial os potencialmente habitáveis. De fato, existe a expectativa de uma revolução na Astronomia com a entrada em operação do novo telescópio.

Projetado para operar distante da Terra, a 1,49 milhão de quilômetros, numa região conhecida como Ponto de Lagrange L2 (onde a gravidade da Terra e do Sol se anulam, e qualquer objeto pode se manter indefinidamente com pouco ou nenhum auxílio de motores), o novo telescópio será o maior já lançado ao espaço. Com 6,5 metros de largura, é composto por 18 espelhos em formato hexagonal que, juntos, operam como se formassem um único espelho mais de 6 vezes maior que a área do espelho do Hubble.

A luz que o James Webb deverá registrar, no entanto, é diferente em relação ao seu irmão mais velho. Enquanto o Hubble observa em diversos espectros da luz, inclusive diretamente o da luz visível, os espelhos do novo equipamento foram projetados para vasculhar o Universo no espectro de luz infravermelho, buscando objetos mais distantes ou muito mais tênues. Daí a expectativa dos astrônomos em relação ao seu potencial para observar diretamente objetos mais difíceis de estudar, inclusive exoplanetas.

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Para que o James Webb consiga observar esses objetos, assim como galáxias e outros corpos mais distantes, ele precisa ser mantido a uma temperatura de 220 ºC negativos. Ficar mais quente, seus sensores infravermelhos sofrem interferência. Por isso, além do grande espelho, o novo telescópio tem também um enorme escudo que fica sempre apontado para o Sol.

Polêmica em relação ao homenageado

Não bastassem os sucessivos problemas que provocaram enormes atrasos no projeto, na reta final dos preparativos para o lançamento o novo telescópio espacial vem atravessando também uma polêmica em relação ao seu nome.

Há alguns meses diversos astrônomos e até mesmo funcionários da NASA vêm protestando para que a Agência Espacial troque o nome do equipamento, que homenageia seu ex-administrador entre 1961 e 1968. James Webb é acusado de homofobia, atribuindo-se a ele um passado preconceituoso à frente da agência, incluindo perseguições a funcionários por serem homossexuais.

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Apesar das críticas e de uma petição da comunidade científica com mais 1,2 mil assinaturas, a NASA decidiu manter a homenagem. “Não encontramos evidências, neste momento, que justifiquem a mudança do nome do Telescópio Espacial James Webb”, afirmou o atual administrador da NASA, Bill Nelson, em uma entrevista de rádio.

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