Rússia quer enviar “Arca de Noé” ao espaço até 2024
Com o objetivo de estudar o efeito da gravidade zero e da radiação em organismos vivos a Rússia quer enviar uma espécie de “Arca de Noé” ao espaço até 2024.
O projeto é da Agência Espacial Russa Roscosmos. Dentro da Bion-M nº 2, uma espécie de Arca de Noé, estarão camundongos, lagartixas, caracóis, crustáceos, peixes e diversos microrganismos.
Bion-M nº 2 estará a bordo da espaçonave Kovcheg. Além dos estudos promovidos pelo equipamento, outros experimentos no campo da biologia espacial, fisiologia e biotecnologia serão realizados.
A Arca de Noé russa
De acordo com Dmitry Rogozin, chefe da Roscosmos, os estudos ajudarão na realização de missões espaciais mais longas, principalmente aqueles que envolvem a colonização de Marte e da Lua.
Ele afirma ainda que até o momento ninguém foi capaz de confirmar que os humanos são capazes de sobreviver fora do campo geomagnético da Terra.
“Em 2024, a espaçonave Kovcheg será lançada e ela permanecerá por 4 semanas em órbita, a até 20 mil km de altura”, explicou.
Animais no espaço
Esta não é a primeira vez que homens enviam pequenos animais e organismos vivos ao espaço. Em 2013 a versão 1 da russa Bion-M já havia cumprido a mesma missão que a nova “Arca de Noé”.
Cachorros, macacos, tartarugas, aranhas e até moscas também foram usados como “cobaias espaciais”.
Em 1949 os Estados Unidos enviaram o Macaco Albert II ao espaço e em 1957 a antiga União Soviética enviou a cadela Laika. Naturalmente nenhum dos dois animais sobreviveu.
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Albert II estava em um vôo suborbital, modelo de voo em que espaçonave sobe a uma altitude suficiente para atingir o espaço, mas não tem velocidade suficiente para ficar girando na órbita da Terra. Ele morreu na aterrissagem.
Já Laika foi o primeiro animal a fazer um vôo na órbita da Terra. Ela estava a bordo da nave Sputnik 2 e não resistiu à experiência, morrendo durante uma missão.
FONTES
