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Projeto no Brasil permite monitorar óvnis com baixo custo

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Na noite de 13 de novembro de 2020, uma câmera especialmente instalada na janela de um apartamento na cidade do Rio de Janeiro (RJ) registrava uma cena curiosa. Uma luz difusa surge numa região do céu, inicialmente imóvel. Depois de alguns segundos, dispara em velocidade para outra posição, para abruptamente e retorna para a posição inicial, deixando um rastro de luz em seu deslocamento.

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O registro, que pode ser encontrado no canal de Youtube do ufólogo Rony Vernet, foi obtido durante os testes com o novo sistema de monitoramento dos céus no qual o pesquisador está trabalhando, na expectativa de implantar estações espalhadas pelo Brasil.

Recentemente sites de tecnologia brasileiros, reproduzindo matéria veiculada no portal Space.com, noticiaram a existência do Sky Hub, um projeto que busca formar uma rede para monitorar a atividade dos óvnis nos céus com uso de câmeras e inteligência artificial.

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O que muita gente não sabe é que Vernet, um dos poucos membros do Sky Hub no Brasil, aproveitou seu conhecimento de montagem da estação com as especificações do projeto internacional para desenvolver uma versão nacional do projeto, com eficiência similar, mas de montagem e operação bem mais econômica.

Trata-se do Projeto Vigília (por razões óbvias, a equipe do Portal Vigília achou esse nome muito mais legal) que acaba de inaugurar definitivamente a primeira estação em testes no prédio onde Vernet mora, no Rio de Janeiro.

A ideia, tanto na versão internacional quanto na versão brasileira, é automatizar a captação e análise do máximo de imagens e informações de sensores sobre aparições de UAPs — sim, fugindo do estigma do termo óvni, eles também adotam a nomenclatura Unidentified Aerial Phenomena, ou Fenômenos Aéreos Não Identificados (FANI, em português).

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Uma das primeiras imagens da estação de monitoramento #ProjetoVigília no topo do prédio onde mora seu desenvolvedor (cortesia Rony Vernet)
Uma das primeiras imagens da estação de monitoramento #ProjetoVigília no topo do prédio onde mora seu desenvolvedor (cortesia Rony Vernet)

Vernet explica que o Projeto Vigília é uma adaptação do projeto Sky Hub, que por sua vez é uma união de dois projetos independentes para monitorar óvnis, um norte-americano e outro europeu.

O projeto norte-americano planejou um conjunto de câmeras e sensores monitorando o céu. O projeto europeu, principalmente francês e austríaco, propunha usar radar passivo, ou seja, a detecção de objetos voadores a partir de perturbações de quaisquer ondas eletromagnéticas no ar, vindas de múltiplas estações transmissoras.

Monitorar óvnis pode ser caro para os padrões brasileiros

Mesmo barateando o projeto para o cidadão comum poder participar, o grande problema com o Sky Hub é o preço. Para montar sua estação com as especificações solicitadas pelo Sky Hub e ingressar na rede de monitoramento, o custo inicial, no Brasil, supera fácil a casa dos R$ 10 mil.

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“Os equipamentos são todos importados e o conjunto inicial que eles pedem é muito caro”, explica Vernet.

Para conseguir o ingresso de mais brasileiros na iniciativa que visa monitorar o céu em busca de óvnis, usando algumas especificações do Sky Hub e conjuntos de peças e sensores substitutos, o Projeto Vigília de Vernet propõe o acesso de estações mais simples.

A montagem começa com a primeira fase, a partir da primeira câmera de visão panorâmica de 360º (uma abertura de lente conhecida como “olho de peixe”), que já inclui um poderoso software de detecção de movimento.

Na segunda fase é feita a adição de uma segunda câmera “PTZ”, com um zoom de até 50 vezes, capaz de dar zoom e travar o movimento de um objeto detectado pela primeira câmera. Só na terceira etapa a estação ganha uma placa Nvídia especial (Jetson, própria para aplicações de IA – inteligência artificial) e passa a usar o software específico do Sky Hub, além da adição de novos sensores.

“E aí, acoplados a essa placa Nvidia, você teria vários sensores, como um sensor eletromagnético, um acelerômetro para detectar perturbação da gravidade, você teria sensor ultravioleta e um sensor infravermelho, para ver se um objeto passando naquela área está emitindo alguma radiação. Você tem um espectrômetro para medir a frequência daquela radiação, tem ainda o radar passivo para ajudar a detectar objetos caso não sejam visíveis”, explica.

Com esse conjunto de sensores, segundo Vernet, qualquer avistamento traria muito mais evidências científicas.

“Você não teria somente a imagem visual, né? Que geralmente gera a dúvida, vira um objeto não identificado. Então se você o visual da câmera mais perturbações em todos esses sensores, aí você tem evidências para poder gerar um artigo científico”, garante.

A diferença é que, no projeto nacional, a partir de qualquer fase o monitoramento já está ativo e fornecendo dados valiosos do céu. Como a operação já pode iniciar apenas com a primeira câmera, o investimento inicial, segundo o pesquisador, cai para aproximadamente R$ 2 mil.

Detecção de óvnis por monitoramento já começou

Com pouco mais de 12 estações incompletas e operando em testes, inclusive uma no Brasil, os integrantes do Sky Hub não disseram ao Space.com que detectaram óvnis. Mesmo assim, de forma acanhada, apresentam meia dúzia de vídeos de testes em seu canal do Youtube.

Uma estação Sky Hub de monitoramento e anomalias aéreas (reprodução/Sky Hub)
Uma estação Sky Hub de monitoramento e anomalias aéreas (reprodução/Sky Hub)

O pesquisador brasileiro também já tem resultados bastante promissores. Em duas ocasiões sua estação, enquanto ainda estava provisoriamente na janela do apartamento usando o espectro, infravermelho, captou perturbações curiosas no céu, dificilmente enquadráveis como aeronaves, fenômenos atmosféricos, atividade meteorítica ou meros insetos. Ele também publicou seus registros em seu canal no Youtube.

Nos dois casos, tanto Sky Hub quanto Projeto Vigília tentam enquadrar o tema óvni, ou UAP, num contexto científico.

“Dado que óvnis são observados em todo o mundo, precisamos de uma abordagem que lance uma ampla rede ao redor do globo para coletar esses dados, agregá-los e disponibilizá-los para cientistas e pesquisadores. Isso é exatamente o que o Tracker do Sky Hub, uma plataforma de ciência observacional, fará. E vai colocar esses dados no Sky Hub Cloud, disponível gratuitamente para quem quiser estudá-los”, esclarece um dos fundadores, Steve McDaniel.

A ideia de monitorar óvnis com câmeras não é exatamente nova. O Projeto Hessdalen, criado pelo engenheiro de computação Erling Strand, da Universidade Ostfold, na Noruega, está ativo desde 1998. Usando câmeras com detecção de brilho e movimento, seu objetivo é monitorar, catalogar e tentar desvendar o fenômeno conhecido como “Luzes de Hessdalen“, que ocorre na cidade norueguesa de mesmo nome.

Rony Vernet conhece o projeto Hessdalen e ressalta que a diferença principal agora, além do preço muito menor do equipamento necessário, é que a tecnologia embarcada nas estações pode ser muito mais avançada.

Quem quiser mais informações dos projetos pode consultar o site Sky Hub, ou falar diretamente com o fundador do Projeto Vigília, o pesquisador Rony Vernet, utilizando o email projetovigilia@gmail.com.

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