O que os óvnis querem com vulcões?

Óvnis e vulcões são um par recorrente na casuística ufológica. Basta procurar por óvni ou UFO filmado em vulcão no Google para receber uma enxurrada de resultados distintos e relevantes.

Entre os muitos resultados, provavelmente, será possível encontrar facilmente o vídeo abaixo, disponível no Youtube, que na opinião da equipe do Portal Vigília é um dos mais completos e intrigantes vídeos de óvnis sobre vulcões. Mas explicamos isso mais adiante.

(Registro sobre o Vulcão Colima, México, 12 de março de 2018, de http://www.webcamsdemexico.com)

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Em parte, essa “parceria” entre vulcões e objetos voadores não identificados tem uma explicação prosaica – ao menos para o fato de os óvnis estarem sendo registrados, claro, não a explicação para os objetos em si. É que vulcões são alguns dos lugares mais vigiados na Terra.

Isso acontece porque é preciso monitorar constantemente seus sinais de atividade para poder emitir alertas a qualquer momento. Algo assim acontece com UFOs e missões espaciais, por exemplo. No caso dos vulcões, por causa das chamadas webcams e, no caso do espaço, as longas transmissões ao vivo abertas na Internet, propiciam uma chance sem igual de se deparar com um avistamento insólito…

Mas será que essa é a única explicação? Bom, tanto para vulcões para o espaço, a prevalência de câmeras transmitindo em tempo real não é a única explicação dos especialistas para a quantidade de registros.

No caso da atividade vulcânica, há teorias que vão do monitoramento da atividade sísmica da Terra até testes mais ousadas, como o uso de energia do magma ou uso de vulcões para acesso ao interior da Terra, espécies de portais para supostos intraterrenos.

Popocatépetl, no México, é campeão em filmagens de UFOs

Dentre tantos registros, o vulcão Popocatépetl é um dos campeões de filmagens de UFOs. Quase 7 em cada 10 vídeos de objetos aéreos não identificados são creditados às câmeras que monitoram esse estratovulcão ativo situado a cerca de 70 km a sudeste da Cidade do México. Seu cume chega a 5.426m de altitude, sendo o segundo mais alto do país.

Mas não foram apenas webcams que captaram atividade suspeita (e não vulcânica) no Popocatépetl. No ano de 2012, por duas vezes, nos meses de outubro (reportagem aqui) e novembro (outra reportagem aqui), câmeras de equipes da gigante Televisa, de televisão mexicana, registraram estranhos fenômenos.

Webcams para registrar UFOs

No caso dos vulcões e das missões espaciais, a presença constante de equipamento de filmagem e a transmissão ao vivo pela Internet são felizes coincidências.

Mas há uma iniciativa bastante singular para tentar desvendar fenômenos associados aos óvnis que está ativa desde 1998 e não tem nada a ver com vulcões. Trata-se do Projeto Hessdalen, criado pelo engenheiro de computação Erling Strand, da Universidade Ostfold na Noruega.

O projeto visa monitorar, catalogar e quem sabe desvendar o fenômeno conhecido como “Luzes de Hessdalen“, que ocorre dna cidade norueguesa que leva esse nome. Strand instalou câmeras com detecção de brilho e movimento que captam imagens do céu automaticamente. Até hoje os fenômenos luminosos sobre a cidade desafiam a ciência e seguem sem um explicação definitiva, embora haja um sem número de teorias. Inclusive discos voadores.

O projeto Hessdalen continua ativo e é possível acessar suas imagens automáticas no site da iniciativa. De quebra, o visitante virtual ainda tem a chance de fazer uma volta no tempo, conhecendo um website padrão de 1998.

De volta ao registro de óvni no vulcão Colima

Você ainda deve estar se perguntando porque consideramos a filmagem sobre o Colima em março de 2018, como uma das melhores obtidas até hoje. Trata-se do mais ativo vulcão do México, localizado a 485 km da Cidade do México e 125 km de Guadalajara.

Numa pesquisa rápida, é fácil constatar que quase todos os vídeos de supostos óvnis sobre vulcões terão trajetórias mais ou menos regulares, descrevendo voos rápidos em um único sentido, arcos às vezes ascendentes — mas a maioria descendente — e até luzes na base do vulcão.

Esses comportamentos podem indicar uma vastidão de fenômenos corriqueiros: do voo de insetos e pássaros mais próximos e fora de foco, a atividade meteorítica, focos de incêndio e, em alguns extremos, até mesmo atividade humana.

Mas o vídeo de 2018 em Colima é uma das poucas situações em que o insólito mostra porque é insólito: um objeto bastante brilhante se desloca do alto para – aparentemente – próximo da base do vulcão, paira por alguns segundos, e em seguida dispara em direção ao céu, na mesma direção de onde veio, mas numa trajetória ligeiramente diferente.

Com câmeras paradas, focos de luz e movimento rápido, nunca se pode descartar a possibilidade de ser um inseto, é claro. Mas este seria um registro bem incomum. E você, o que acha?

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