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Pesquisadores e entusiastas ainda não têm conclusões sobre “óvni do Datena”

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Durante os últimos dias, pesquisadores e entusiastas da Ufologia debruçaram-se sobre o evento que já ficou conhecido como óvni do Datena, ou ufo no Brasil Urgente. Muitas análises, comentários e palpites já surgiram na Internet.

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A polêmica começou com a divulgação, no final da última semana, de um vídeo do programa Brasil Urgente, que foi transmitido ao vivo em 16 de fevereiro de 2021, onde o próprio apresentador, José Luiz Datena, chama a atenção dos espectadores para um objeto que cruza a tela. No momento a imagem apresentada era a vista da câmera do helicóptero do programa em pleno voo, com tempo bastante fechado sobre a Capital, São Paulo.

Ao fundo, surge um objeto aparentemente cilíndrico, de cantos arredondados, um formato agora frequentemente chamado de Tic Tac. Dependendo da posição no vídeo percebe-se o objeto quase em forma de disco. “É avião ou disco voador. Não pode ser disco voador porque quando o programa começa a falar de disco voador é porque está no fim, já já sai do ar”, brincou Datena ao vivo diante da situação.

O próprio Datena voltou ao tema em tom de brincadeira em seu perfil no Instagram e depois em participação no programa de rádio Manhã Bandeirantes, em 22 de fevereiro. Você pode conferir ambos abaixo:

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Análises tentam determinar velocidade do UFO

A divulgação do episódio no Portal Vigília e a seguir em outros sites de Ufologia e portais de notícias causou grande interesse no tema, com muitos pesquisadores e entusiastas tentando confirmar o óvni ou refutar o avistamento e provar ser uma aeronave convencional, como um pequeno jatinho ou outro helicóptero.

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Adriana Castro, do canal do Youtube Adri Castro, webdesigner, pesquisadora do fenômeno UFO e administradora de grupos dedicados ao tema nas redes sociais, deu sua contribuição procurando apontar pontos de referência na imagem. Exclusivamente a partir do ângulo da câmera do helicóptero, ela traça uma provável trajetória que vai do Farol Santander até o Museu do Ipiranga, o que indicaria uma rota de aproximadamente 5 mil metros.

A estimativa leva em conta que, ao sair da zona sul em linha reta, próximo ao Museu do Ipiranga, o objeto parece fazer uma curva e seguir na direção Norte. E tudo isso em apenas 7 segundos. Isso seria o equivalente a uma velocidade de mais de 2.500 km/h. O resultado é mais do que duas vezes a velocidade do som. Sua análise conclui que o objeto permanece não identificado.

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Uma aeronave convencional, ainda não identificada

Na direção oposta, o pesquisador e autor Thiago Ticchetti, coeditor da Revista UFO e diretor no Brasil da Mutual UFO Network (MUFON), em artigo no site da revista, relata ter consultado especialistas em aviação que apontaram outra possibilidade. Pelas características da imagem do objeto haveria para suas fontes a suspeita de tratar-se de um helicóptero modelo Dauphin.

Com um rotor de cauda do tipo Fenestron, ou seja, com a hélice encapsulada, e com uma pintura branca com detalhes escuros apenas na parte de baixo, seria possível obter um efeito visual similar. “Em alguns vídeos com alta resolução é possível notar esse detalhe da cauda no final da imagem e também que a aeronave tem uma pintura bicolor, parecendo que tem o dorso azul ou preto. A sua velocidade, entre 260-280 km/h, é compatível com a apresentada no vídeo”, escreveu Ticchetti.

Mesmo assim, o ufólogo evitou uma conclusão, classificando a investigação como ainda em andamento.

Extraterrestre ou não, conclusão para “óvni do Datena” é difícil

Independentemente de sua origem – se insólita ou comum – chegar a qualquer conclusão pode ser bem mais difícil do que parece no caso do óvni do Datena. E há principalmente três razões para isso.

As primeira é a falta de dados de voos. Geralmente os investigadores podem recorrer ao aplicativo Flight Radar 24h para identificar maioria das aeronaves convencionais no céu de uma região em determinado momento. E eles até tentaram no caso do UFO da Capital paulista. Mas o aplicativo simplesmente não mostra a maior parte do tráfego abaixo de 1 mil metros de altitude, ou 3 mil pés, para usar o termo da aviação. E tanto o helicóptero da Band quanto o objeto estão abaixo desse teto.

Buscando ainda a análise indireta, para determinar características do objeto, como por exemplo a velocidade, chegamos a outra razão: a dificuldade de cálculo. O objeto realmente se mostra veloz, porque afinal a velocidade aparente é a soma da velocidade do helicóptero da Band mais a velocidade do próprio óvni. Mas sem o conhecimento da distância exata do objeto – ele podia estar a 1 km ou a 4 km do helicóptero do programa Brasil Urgente – a distância realmente percorrida pelo objeto pode ser muito menor, assim como sua velocidade real (ou muito maior!).

O Portal Vigília consultou o matemático e pesquisador Rodovlas Santos (o Dudu), integrante do Centro de Pesquisas Ufológicas do Oeste do Paraná (CEPUOP) e posdcast Ufologia de Quintal. Ele explica que o cálculo até é possível, “mas você precisa de um ponto de referência pelo menos. Tipo a distância do helicóptero para um determinado prédio, e dai determinar uma aproximação (bem superficial) para o objeto”, diz. “Mas alguma referência tem que ter”, afirma.

A terceira e última razão para a inconclusividade da natureza do óvni é também aquela que gerou o entusiasmo inicial: a qualidade da imagem. A câmera aparenta ter uma ótima qualidade, com contraste e definição excelentes. Mas uma observação mais criteriosa permite reparar que o equipamento utiliza algum tipo de zoom digital ou então um processo de compactação bastante agressivo. Isso faz com que seja impossível identificar detalhes como janelas e pinturas diferenciadas até mesmo nos prédios próximos visíveis no solo, e estáticos. Isso explicaria a “falta” de asas, hélices ou estabilizador vertical no “óvni”.

Seja como for, sem dados novos, o óvni Tic Tac do Datena pode realmente entrar para o relativamente seleto conjunto de registros que permanecem sem explicação na ufologia brasileira e mundial!

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