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Naufrágio ou abdução? O misterioso desaparecimento do Encouraçado São Paulo

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Era uma manhã cinzenta em 20 de setembro de 1951 quando o Encouraçado São Paulo, um navio de guerra que outrora fora um dos mais importantes do Brasil, partiu do porto do Rio de Janeiro com destino à Inglaterra.

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O gigante de 20 mil toneladas havia sido vendido aos ingleses para ser transformado em sucata depois de mais de 40 anos de serviço.

Ao longo de sua história o Encouraçado São Paulo gozou de muito respeito ao transportar presidentes, trazer ao Brasil os restos mortais de Dom Pedro II e da imperatriz Tereza Cristina e participar da Revolta das Chibatas, movimento deflagrado pelos marinheiros contra o fim dos maus tratos e castigos físicos na Marinha.

A travessia do Encouraçado São Paulo

Para puxar o navio na travessia pelos Atlânticos Sul e Norte a empresa vencedora do leilão enviou dois dos mais potentes rebocadores da época: Bustler e Dexterous.  E para garantir que a travessia aconteceria de maneira tranquila dois longos e grossos cabos de aço, cada um com 30 centímetros de espessura, foram disponibilizados para rebocá-lo.

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A bordo do Encouraçado São Paulo iam oito ingleses responsáveis por averiguar as condições do navio durante a viagem. Todas as informações eram transmitidas aos rebocadores por meio de um pequeno rádio portátil visto que o equipamento original havia sido removido há tempos.

Também, para qualquer emergência, foram colocados dentro do navio dois barcos pequenos, coletes salva-vidas e um punhado de foguetes sinalizadores.

Uma tempestade no caminho

Por questões de segurança a velocidade do comboio era de cinco Nós, o que equivale a aproximadamente 10 km por hora.  A demora foi tão grande que o grupo levou cerca de um mês para chegar à metade do caminho.

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A viagem seguia tranquila, mas na noite de 6 de novembro, quando estavam a cerca de 150 milhas ao Norte do Arquipélago de Açores, em Portugal, o comboio foi surpreendido por uma forte tempestade de inverno.

A brutalidade do vento e a força e tamanho das ondas fez os cabos que prendiam o Encouraçado São Paulo aos rebocadores se romperem, deixando o gigante brasileiro e seus tripulantes à deriva em meio à escuridão do Atlântico Norte.

O que houve naquela noite

De acordo com os registros da época, com a piora nas condições de navegação os dois reboques ingleses passaram a ter extrema dificuldade em manter os cabos que os prendiam ao Encouraçado e os trancos e solavancos começaram a causar danos em um deles.

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Para evitar o pior, o comandante do Dexterous mandou soltar o cabo do reboque. Caso não fizesse isso, poderia ser puxado pelo Encouraçado em vez de puxá-lo. E o resultado, muito provavelmente, seria o seu naufrágio.

Entretanto, ao soltar o cabo, toda a tensão foi transferida para o cabo do outro rebocador, que não aguentou e se rompeu, deixando o Encouraçado São Paulo à deriva.

A última viagem do Encouraçado São Paulo: naufrágio ou abdução no Atlântico?

Missões sem sucesso

A visibilidade durante a tormenta era impossível. Contatos pelo rádio foram feitos, mas sem nenhum sucesso. Os rebocadores fizeram buscas nas áreas onde provavelmente o gigante brasileiro estava, mas nada encontraram.

Outras missões de busca foram realizadas nos dias e semanas seguintes por empresas da Europa e nenhum vestígio do navio. O desaparecimento era um mistério, afinal, um amontoado de ferro de quase 20 mil toneladas, preparado para flutuar, não poderia desaparecer no fundo do oceano em questão de minutos.

O desaparecimento do Encouraçado São Paulo passou a ser notícia nos principais jornais do Brasil e da Europa. O velho continente vivia um período de falta de matéria prima para a produção de aço e a chegada do Encouraçado São Paulo resolveria muita coisa.

Um mistério envolvendo o Encouraçado São Paulo

No dia 7 de novembro o jornal Diário de Pernambuco noticiou a tragédia. “O antigo couraçado brasileiro ‘São Paulo”, de 19.200 toneladas, que foi comprado por uma companhia britânica para ser transformado em sucata foi hoje arrastado por uma tempestade ao largo dos Açores’.

Conforme o tempo passava mais misteriosa ficava a historia. Da Europa chegavam informações cada vez mais estranhas que reportavam, além do inexplicável desaparecimento, a falta de comunicação repentina com a tripulação do Encouraçado.

Para piorar, a tripulação dos rebocadores teria visto luzes misteriosas no céu no momento em que o navio desapareceu.

Os jornais Diário da Noite de São Paulo, Diário da Noite e Diário Carioca do Rio de Janeiro e o Diário da Tarde de Curitiba também chegaram a noticiar o infortúnio.

A última viagem do Encouraçado São Paulo: naufrágio ou abdução no Atlântico?

Uma historia muito esquisita

Com o passar dos meses se tornava cada vez mais difícil o resgate do Encouraçado São Paulo. Um processo investigativo chegou a ser aberto na Inglaterra para tentar apurar as causas do desaparecimento.

A tripulação dos rebocadores e outras testemunhas chegaram a ser ouvidas.

Mas a dificuldade de informações por parte da Marinha brasileira tornava tudo muito mais complicado, sobretudo porque havia um seguro que garantia à empresa compradora ressarcimento em caso de perda do Encouraçado.

Passados mais de 10 anos do seu desaparecimento o Encouraçado São Paulo já não era mais notícia nos jornais com tanta frequência. O inquérito aberto não deu em nada e o mistério do sumiço do navio de quase 20 toneladas permaneceu.

Até que, no início dos anos 1960, um novo fato jogou “um pouco de luz” sobre a historia. Na Flórida, a mais de 5 mil km de onde o navio brasileiro desapareceu, um jovem chamado Ron Card teria recebido informações privilegiadas sobre o São Paulo.

Contato imediato e abdução

Ron Card tinha 17 anos em 1962 quando, na manhã de 7 de fevereiro, teve um contato com um habitante do planeta Vênus. Após esse primeiro contato aconteceram dezenas de outros encontros ao longo dos anos.

Em um dos encontros, já em 1970, quando saía pelo portão da universidade em que estudava, Ron foi levado para mais um encontro com o extraterrestre venusiano.

Ali, dentro da nave, durante cordiais conversas, Ron interpelou o estrangeiro  sobre desaparecimentos misteriosos de coisas na Terra como barcos, aviões, pessoas e objetos.

“Meu ‘amigo’ ouviu pacientemente os vários incidentes que eu mencionei e, em seguida, tentou me dar uma explicação”, contou Ron ao estudioso do fenômeno óvni e ex- militar da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), Wendelle C. Stevens.

A história contada por Ron deu origem ao livro “UFO Contact From Planet Venus: We Are Not Alone (2004)”.

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Abduzindo coisas da Terra

Segundo o rapaz, o venusiano lhe contou que em apenas uma ocasião eles removeram algo da Terra. O item seria um navio de guerra inteiro.

De acordo com Ron havia uma necessidade, por parte do pessoal do espaço, de um autêntico navio de guerra da Terra para algum propósito específico que não foi lhe dito qual era.

“Era para ter uma utilização especial pelos habitantes do planeta, e foi só isso que me deram conhecimento, exceto, que após essa utilização, seria colocado no ‘Museu do Espaço’ daquele planeta”, revelou.

“Eles estavam ‘à procura’ do tal navio desde a virada do século na Terra”, continuou.

Encouraçado era ideal

Ron lembra que, aparentemente, um galeão do Velho Mundo não os atendia. Nesse caso, apenas um navio de guerra bastante recente serviria e o Encouraçado São Paulo seria o ideal.

“Até então as pessoas do espaço tinham que esperar as condições precisas para o ‘arrebatamento’. Eles não podiam tentar pegar um navio de guerra moderno com toda a sua tripulação e ‘arrancá-lo’ da água na frente de uma multidão de testemunhas”, lembra.

O jovem estudante afirma que para abduzir o Encouraçado os alienígenas criaram a tempestade como forma de desviar a atenção dos rebocadores e, durante a tormenta, uma pequena nave mãe teria descido e literalmente ‘roubado’ o São Paulo.

“Essa façanha foi realizada utilizando um feixe ‘trator’ eletromagnético que puxou o navio das águas. Com o navio de de guerra a bordo, a nave mãe partiu rapidamente e foi para outro sistema estelar para entregar sua ‘captura’”, destaca.

Oito tripulantes a bordo

Sobre os oito tripulantes que viajavam a bordo do Encouraçado, Ron menciona apenas um homem.

“Quando o navio foi ‘levado’ havia uma pessoa a bordo. Ele não foi levado contra sua vontade, pois concordou em ir. Esse acordo foi feito em um nível psíquico e muito antes do acontecimento”, contou.

“Ele havia previamente e subconscientemente se organizado para ser o encarregado do navio para sua viagem à Inglaterra. O homem queria deixar o planeta e faria isso por meio de um acidente que resultaria em sua morte”, continuou.

Segundo Ron, as histórias foram contadas a Wendelle C. Stevens em 1980 durante várias audições e posteriormente publicadas no livro.

Mas o que aconteceu de fato?

No dia 27 de outubro de 1963, um domingo, o jornal A Tribuna de Santos traria um longo artigo assinado pelo engenheiro Carlos Alfredo Hablitzel explicando em detalhes o que pode ter acontecido de fato com o Encouraçado São Paulo.

De acordo com Hablitzel, não havia mistério e nem sobrenatural. Ele afirmava que, induzidos talvez pelo laudo otimista emitido pelos agentes do Bureau Veritas do Brasil, que atestava estar o “São Paulo” em perfeitas condições para empreender a longa travessia, os ingleses confiaram a arriscada missão aos dois rebocadores a despeito da estação do ano desfavorável, caracterizada pelas inesperadas e violentas tormentas de outono no Atlântico Norte.

Hablitzel observa que o Encouraçado São Paulo havia sido vendido para virar sucata na Inglaterra e que, semanas antes da viagem, os militares passaram a “depená-lo” para remendar outros navios brasileiros em uso.

A retirada de partes importantes da embarcação teria, inclusive, atrasado a viagem e sido fatal para o São Paulo.

Um afundamento rápido

Para Hablitzel e outros especialistas, no lugar de poderosas portas e proteção de aço fundido foram improvisadas chapas de madeiras que representavam pouca resistência às fortes tempestades.

Também não havia cobertura em dois ventiladores quadrangulares com aberturas de aproximadamente 4m² e nem fechos nas tubulações das amarras do convés ou nas portas dos canhões.

Por fim, com os geradores avariados, sem energia elétrica, calefação e sem equipamento de radio, o Encouraçado era um navio sem vida e sem governo.

“Não é difícil imaginar que tenha naufragado rapidamente. Não em questão de minutos, claro, mas sem os tampões adequados, em algumas poucas horas durante a tormenta o navio poderia já estar cheio de água e afundar”, sentenciou Hablitzel.

Surpresa na Lei de Acesso à Informação

Mas a historia do misterioso desaparecimento do Encouraçado São Paulo ainda teria um último capítulo.

No ano de 2013 entrou em vigor no Brasil a Lei de Acesso à Informação (LAI) e o Governo e as Forças Armadas passaram a liberar lotes de documentos relacionados à temática óvni.

E, em 2015, acreditando que o governo brasileiro pudesse ter dados adicionais sobre a possível abdução do Encouraçado São Paulo, ufólogos pediram  informações ao Ministério dos Transportes.

A iniciativa intrigou os membros do governo responsáveis pela divulgação da LAI, que obviamente desconheciam a epopeia ufológica.

Apesar de tratarem o pedido com bom humor, os integrantes do governo não informaram se tais documentos existiam e se foram disponibilizados ou não.

 

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