NASA vai à lua de Saturno em busca de vida alienígena
A NASA divulgou nesta quinta-feira, 27, que vai a Titã, a maior lua de Saturno em busca de vida alienígena. Batizada de Dragonfly, a missão será enviada em 2026 e utilizará robôs e uma nave no forma de drone para vasculhar a superfície colhendo informações do solo e da atmosfera.
De acordo com os cientistas, Titã possui atmosfera e clima semelhantes aos da Terra, o que pode favorecer a presença de vida. Eles explicam que lá, por conta das temperaturas extremas, uma grande quantidade de gás cai em formato de chuva enchendo bacias e canyons e formando gigantescos lagos. Depois evaporam e voltam para o céu, recomeçando o processo.
Entretanto, há diferenças brutais com relação à Terra: uma delas é a temperatura. Na Lua de Saturno, por exemplo, a temperatura é de -292 graus Celsius, com pequenas variações. Por conta da espessura da atmosfera poucos raios de luz chegam a tocar o chão.
Vida alienígena em Saturno
Para Lori Glaze, diretor da divisão de ciência planetária da NASA, mesmo assim Titã ainda é o melhor local no Sistema Solar para abrigar vida fora da Terra, por possivelmente conter H2O. “Titã tem todos os principais ingredientes necessários para a vida”, disse.
Ele afirma ainda que na atmosfera de Titã os cientistas já encontraram outros elementos fundamentais para a vida como carbono, hidrogênio, nitrogênio, etano, incluindo um elemento que – interagindo com etano e metano – poderia criar membranas semelhantes a células.
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Missão Dragonfly busca vida alienígena
A missão Dragonfly – que vai buscar vida alienígena na maior lua de Saturno – deve custar cerca de R$ 1 bilhão de dólares e faz parte de um programa da NASA que financia missões médias.
“A missão Dragonfly foi projetada para pegar os resultados de experimentos e estudá-los”, explica Zibi Turtle, integrante da equipe e cientista planetário do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
Apesar da expectativa a espaçonave não deve chegar a Saturno antes de 2034. “Essa é a maldição de explorar o sistema solar externo”, diz Curt Niebur, cientista da Nasa que liderou o esforço para selecionar a missão. “Leva-se muito tempo para chegar lá”, continua.