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EmDrive, o motor impossível para viagens espaciais, passará por novo teste

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Uma equipe de pesquisadores da Alemanha pretende testar definitivamente o EmDrive, o motor impossível. A tecnologia que parece ter saído dos OVNIs ou da ficção científica vem causando polêmica desde que foi apresentada, no início dos anos 2000, pelo cientista britânico Roger Shawyer.

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Shawyer alegou ter criado empuxo – ou força de aceleração – adicionando microondas dentro de uma câmara cônica. Supostamente o motor não requer combustível além do próprio gerador de microondas, dispensando a necessidade da expulsão de plasma ou a reação da queima de grande quantidade de propelente como acontece hoje com os motores de foguetes.

Teoricamente o EmDrive poderia tornar o voo espacial muito mais barato e eficiente, abrindo as porteiras do espaço para a exploração. Mas seu apelido de motor impossível não é um acaso. Como não explode nada, aparentemente viola a terceira Lei do Movimento de Newton, a qual estabelece que para cada ação há uma reação igual e oposta.

NASA confirmou funcionamento do EmDrive

A controvérsia em torno do motor impossível começou de fato em 2014. Naquele ano, pesquisadores do laboratório de propulsão avançada Eagleworks, da NASA, colocaram o sistema revolucionário à prova e, após os testes, confirmaram a geração de uma pequena quantidade de empuxo.

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Dois anos depois, em 2016, foi a vez de um time de pesquisadores chineses confirmarem a façanha. Liderado pelo Dr. Chen Yue, da Academia Chinesa de Tecnologia Espacial, o estudo não apenas revelou ter encontrado resultados animadores, como informou que o sistema já estaria em testes no espaço, na estação espacial chinesa Tiangong 2.

Embora não haja notícias chinesas desde então, à época especulou-se que o efeito teria sido demonstrado em microgravidade.

O balde de água fria nos entusiastas do EmDrive

As expectativas com o EmDrive começaram a mudar com o grupo de pesquisadores alemães liderados por Martin Tajmar, do Instituto de Engenharia Aeroespacial da Technische Universität Dresden. Eles apresentaram seus resultados na conferência Space Propulsion realizada em 2018, em Sevilha, na Espanha.

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O grupo de Tajmar reproduziu o experimento e, aparentemente, as leis da física venceram: o impulso detectado pode ter sido uma interferência do campo magnético da Terra. Eles até conseguiram registrar algum empuxo, mas continuaram detectando interferência mesmo após desligar a geração de microondas. Segundo os pesquisadores, a análise dos resultados “indica claramente que o impulso não vem do EmDrive, mas de alguma interação eletromagnética”.

Para confirmar as observações, os alemães pretendem refazer o experimento numa escala maior e, desta vez, usando uma blindagem de um material conhecido como mu-metal, que impediria o sistema de interagir com campos magnéticos externos. Tajmar ainda não divulgou uma data específica, mas disse que espera refazer o teste definitivo até o final deste ano.

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O potencial do motor impossível para viagens interestelares

A corrida para confirmar ou não o funcionamento do Emdrive é proporcional à intensidade da revolução que ele pode trazer para as viagens espaciais. Mesmo gerando pouco impulso, diferente dos motores atuais a combustão ou mesmo os mais modernos, motores de íons, ele não precisaria de nenhuma quantidade de material para ejeção. Além do fim do peso extra de combustível, ele poderia permanecer ligado indefinidamente, acelerando uma espaçonave por muito mais tempo enquanto durassem as baterias ou um pequeno reator nuclear.

Segundo alguns cálculos já divulgados, isso poderia reduzir o tempo de uma viagem à Lua, por exemplo, para 4 horas, ao invés dos 3 dias dos motores atuais. O tempo de chegada a Marte cairia de 6 meses para apenas 70 dias. Com mais tempo para acelerar, a chegada de uma sonda espacial até Alpha Centauri, a estrela mais próxima do nosso sistema solar, a 4,3 anos luz de distância, passaria de 75 mil anos para um “pulinho” de 100 anos!

Parece que agora faltam poucos meses para determinarmos se finalmente a humanidade poderá dar o próximo salto rumo às estrelas e em busca de extraterrestres. Ou se continuaremos apenas na vizinhança, na expectativa de que os alienígenas se apresentem oficialmente primeiro!

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