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Múmias de Nazca são classificadas como falsas por especialistas forenses do Peru

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Os especialistas do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses do Ministério Público do Peru apresentaram os resultados da análise das supostas múmias humanoides e mão tridáctila de Nazca e garantiram que são falsas. A polêmica sobre os artefatos reacendeu recentemente, depois que o ufólogo Jaime Maussan apresentou exemplares dos objetos como “múmias não-humanas” em duas audiências públicas no Congresso do México, defendendo que seriam exemplares de corpos extraterrestres.

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O Ministério da Cultura do Peru, por meio da diretora da Diretoria de Recuperação, Evelyn Centurión, participou de uma apresentação realizada no Museu Nacional de Arqueologia, Antropologia e História do Peru, em Lima. Uma coletiva de imprensa foi chamada na última sexta-feira, 12 de janeiro de 2024, para apresentar aos jornalistas peças apreendidas quando um grupo não identificado tentava embarcá-las em outubro de 2023, no aeroporto internacional Jorge Chávez, em Lima, com destino ao México.

Os estudos de especialistas do Ministério Público comprovaram que os artefatos não são múmias reais, mas sim construções, com as mesmas formas anatômicas de um ser humano, feitas com ossos de animais unidos com adesivos sintéticos. Em 2017, o Portal Vigília já tinha publicado uma reportagem intitulada “Polêmica: quem montou as Múmias de Nazca, no Peru?” que apontava essa conclusão.

Nas figuras vestidas com roupas masculinas e femininas, crânios de mamíferos quadrúpedes e ossos de pássaros são usados para simular elementos anômalos. Segundo os especialistas citados, para determinar se esses ossos eram de animais de fato da época pré-hispânica, ainda deveriam ser realizados outros estudos, como os do carbono 14.

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O arqueólogo forense do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses de Lima do Ministério Público, Dr. Flavio Estrada Moreno, destacou que, após a realização dos estudos radiográficos, chegaram à conclusão de que as múmias apreendidas não são autênticas.

“Percebemos que o crânio é de um mamífero quadrúpede deste planeta e o corpo é feito de restos ósseos de um pássaro. Ou seja, montaram um boneco com esse aspecto antropomórfico, com placas de metal, que dão a impressão de que estamos diante de elementos anômalos que nada têm a ver com a história de nossas culturas pré-hispânicas”, disse o especialista em medicina legal.

Da mesma forma, ele acrescentou que, “fizemos uma comparação de ossos de animais e descobrimos que o tamanho do crânio é o tamanho de um camelídeo, que é muito comumente encontrado em Nazca e em diversos cemitérios do país.”

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Nas conclusões finais, ele explicou ainda que esses bonecos, além de terem sido montados com ossos de animais (pássaros), são unidos com cola sintética moderna. Portanto, não provêm dos tempos pré-hispânicos, descartando a possibilidade de serem extraterrestres, algumas novas espécies ou híbridos, como se presumiu inicialmente.

Análises de especialistas forenses do Peru diz que múmias de Nazca são fraudes, incluindo mão de três dedos (Foto: Ministério da Cultura do Peru)
Análises de especialistas forenses do Peru diz que múmias de Nazca são fraudes, incluindo mão de três dedos (Foto: Ministério da Cultura do Peru)

Também foi examinada uma mão anterior com três dedos de Nazca, entregue pelo Sr. Germán Ronceros em abril de 2019 ao Ministério da Cultura, que então solicitou sua análise ao Instituto de Medicina Legal, revelando-se também ser falsa, porque é composta de ossos humanos, algodão e cola.

Entretanto, a diretora da Direção de Recuperação, Evelyn Centurión, em nome do Ministério da Cultura, destacou o trabalho realizado pelo setor contra o tráfico ilícito de bens culturais.

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“O Ministério da Cultura, por meio da Direção de Recuperação, unidade orgânica da Direção de Defesa do Património Cultural, está atento a qualquer tentativa de exportação ilícita de bens que se presumem Patrimônio Cultural da Nação. Para tal, temos vindo a reforçar mecanismos de controlo para salvaguardar medidas a favor do Património Cultural da Nação”, enfatizou a diretora.

Mesmo confrontado com análises de diversos especialistas, até o momento Jaime Maussan continua atribuindo uma origem extraterrestre para as supostas múmias. Em uma segunda audiência no México, o jornalista e  ufólogo apresentou análises de especialistas que ele próprio selecionou buscando corroborar suas afirmações, mas vem se recusando a liberar exemplares ou amostras para amplos estudos da comunidade científica.

Com informações do Ministério da Cultura do Peru

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