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Especialista contesta admissão de posse de destroços de óvnis pelo Pentágono

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A publicação da informação de que o Pentágono teria assumido a posse de destroços de óvnis e apresentado documentos sobres os testes com esses materiais, em artigo de autoria do pesquisador Anthony Bragalia, reproduzido pelo Portal Vigília, está causando polêmica na comunidade ufológica internacional.

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O autor foi alvo de críticas de um dos principais especialistas na Lei de Liberdade de Informação (FOIA) e vazamentos de documentos secretos nos EUA, John Greenewald Jr. Ele é criador e mantenedor do histórico The Black Vault, site especializado em reivindicar a liberação e manter documentação oficial sobre objetos voadores não identificados e outros temas obtidos através da FOIA.

Em seu canal The Black Vault Originals, no Youtube, Greenewald reage ao artigo de Bragalia com pesadas críticas, apontando que o material divulgado “está sendo amplamente deturpado”.

Greenewald inicia o vídeo dizendo-se preocupado que o tema pode em breve ser encampado pela grande mídia e, por isso, pode causar prejuízo à pesquisa séria sobre o envolvimento do governo com a pesquisa de objetos voadores não identificados. O especialista alerta ainda que não há de fato ligação alguma entre os documentos liberados e o Caso Roswell.

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O criador do The Vault argumenta que boa parte dos documentos retratados como “relatórios técnicos avançados” já eram conhecidos em vazamentos anteriores, e tratavam-se meramente de especulações, ainda que científicas, de potenciais tecnologias futuras disruptivas com as quais pretendia lidar o “AAWSAP”, ou Programa de Aplicações de Sistemas de Armas Aeroespaciais Avançadas.

Mas isso, segundo o especialista, não significa que fossem, de fato, testes com destroços de óvnis ou UAP (sigla em inglês para Fenômenos Aéreos Não Identificados) capturados que estão em poder do Pentágono.

Ele ressalta que a principal razão da confusão em torno do assunto foi o início da carta da Agência de Inteligência de Defesa (DIA) em resposta à solicitação de Bragalia. Embora pareça ser um comentário específico sobre a temática UAP, como alega Bragalia, o interlocutor da DIA abusa do expediente de copiar e colar, usando modelos de respostas prontos que eventualmente induzem ao erro.

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Além disso, segundo ele, DIA anexa à resposta uma coletânea de materiais técnicos genéricos que não são exatamente classificados ou secretos para o Pentágono, e “não fazem menção a Aliens, Unidentified Flying Objectos (UFOs), Unidentified Aerial Phenomena (UAP), destroços (de qualquer tipo desconhecido), acidentes, materiais guardados num armazém”, garante.

Greenewald apresenta o contrato publicado pela Agência de Inteligência de Defesa, licitando o estudo junto ao setor privado em 18 de agosto de 2008, para o qual aparentemente apenas um licitante havia enviado uma proposta, justamente a subsidiária da Bigelow Aerospace conhecida como Bigelow Aeroespacial Advanced Space Studies ou BAASS.

“É muito frustrante ter que fazer um vídeo como este, mas como a atenção cresce hoje em várias plataformas de mídia social sobre a história que acabou de surgir com uma resposta a uma solicitação FOIA – eu senti que devia fazer este vídeo”, comentou o autor em um post no The Black Vault, após a liberação do vídeo.

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Interpretação sobre destroços gera troca de farpas

Após a publicação do vídeo, o autor do artigo original, Anthony Bragalia, fez contato com Greenewald e a conversa deu início a uma troca de mensagens bastante ríspida entre os pesquisadores. Greenewald publicou mensagens trocadas entre eles.

Bragalia, logo no início alfineta o autor do vídeo:

“Você está enganando os telespectadores por fazê-los acreditar que a DIA estava respondendo a qualquer coisa que não fosse um pedido muito específico e inequívoco de resultados de testes em material UAP/UFO mantido pela Bigelow Aerospace. A resposta da DIA foi fornecer-me “relatórios técnicos avançados” sobre materiais extraordinários. Não importa o que você esteja insinuando, permanece que o contexto em que recebi os documentos foi uma resposta direta às solicitações de informações derivadas de restos de OVNIs recuperados e o teste de material potencialmente extraterrestre”.

A resposta de Greenewald é taxativa:

“Puro e simples, nem uma única página de seu lançamento tem algo a ver com UAPs ou óvnis ou alienígenas ou fadas. Eles coincidem com o que era o AAWSAP, e ter um título, com o conteúdo, como o seu – é totalmente enganoso e não faz nenhum favor a este campo. Existem outros erros factuais em seu artigo, que eu recomendo que você analise novamente. Não estou aqui para atacá-lo, mas sim para colocar os documentos FOIA no contexto adequado”.

Ao final, Greenewald diz que mantem o que disse no vídeo.

Diante disso, fica a interpretação para os leitores. Nem Greenewald, nem Bragalia, são iniciantes na Ufologia. E talvez fosse inocência imaginar que a Agência de Inteligência de Defesa dos EUA seria absolutamente conclusiva numa resposta sobre um tema tão visceral.

Mas é fato que a solicitação original de Bragalia é bastante específica em seus termos quanto a destroços em poder do Pentágono provenientes do Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais Avançadas (AATIP). E a carta que recebeu em resposta também o parece ser.

Segue abaixo o vídeo completo de John Greenewald. Quem tiver dificuldade com o idioma pode ativar as legendas em inglês e selecionar a tradução automática para o português na engrenagem do player.

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