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Documentários apontam a alvorada de uma nova ufologia

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Três anos depois de Unacknowledged: An Exposé of the World’s Greatest Secret (“Mistério Obscuro”, título em português), produzido pelo médico e pesquisador ufológico Dr. Steven M. Greer, foi lançado no dia 6 de outubro o novo documentário sobre ufologia “The Phenomenon” (“O fenômeno”, em tradução literal, ainda sem título no Brasil), do diretor James Fox.

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Fox é também um entusiasta da ufologia mas, diferente de Greer, não é conhecido por pesquisar o tema. No entanto acertou em cheio com sua produção. Está conseguindo renovar ferozmente o debate a respeito do acobertamento e da forma como os governos lidam com o fenômeno dos objetos voadores não identificados (óvnis).

A fórmula está longe de ser uma novidade na ufologia, é verdade. Aliás, esta é a razão para a menção ao documentário Unacknowledged no início desse texto. Ambos são muito similares na condução da narrativa. Bebem exatamente da mesma fonte, explorando os artifícios governamentais para manter o segredo em torno das histórias de potenciais encontros com discos voadores e eventuais entidades extraterrestres.

A duas produções compartilham várias outras semelhanças, incluindo alguns dos casos abordados. Por exemplo, é impossível pensar que seriam de alguma forma realizadas se, em 2001, não tivesse vindo à tona o evento do Disclosure Project, organizado pelo próprio Dr Steven Greer. O evento é mencionado em ambas.

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Coletiva de imprensa do Disclosure Projetc no Clube de Imprensa Nacional, em Washington, em 2001
Coletiva de imprensa do Disclosure Projetc no Clube de Imprensa Nacional, em Washington, em 2001 (Foto: Reprodução/Youtube)

Em maio daquele ano, numa coletiva de imprensa no Clube de Imprensa Nacional, em Washington (EUA), o mundo ouviu as vozes de dezenas de testemunhas governamentais e militares, de carreiras absolutamente idôneas e confiáveis, relatando experiências incríveis e complexas com fenômeno dos objetos voadores não identificados. Encontros preocupantes, em alguns casos, envolvendo até mesmo instalações nucleares.

Aquela coletiva geraria uma grande mídia, mas não resultou, como se esperava, numa mudança de atitude do Governo dos Estados Unidos em relação à política de acobertamento vigente. Mas é interessante que agora, quase 20 anos depois, finalmente tenhamos indícios de caminhar para este novo horizonte.

É possível rastrear essa mudança de paradigma até o ano de 2017. Além de ser o ano de lançamento do documentário Unacknowledged, foi também o ano em que o mundo ficou sabendo da existência de um programa de estudos secretos de UFOs dentro do Pentágono, o AATIP (Advanced Aerospace Threat Identification Program ou Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais Avançadas). E não ficamos sabendo disso pelos canais ufológicos convencionais, mas através de jornalões tradicionais do calibre do Washington Post e The New York Times.

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Foi exposta, ali, para muito além de qualquer teoria da conspiração, a iniciativa continuada de pesquisa e busca de resgate de tecnologias alienígenas (ou não!) para fins bélicos, em última análise. E narrada pelo próprio ex-coordenador do programa secreto, Luis Elizondo.

Também foram expostas naquela oportunidade e a partir dela, algumas das evidências mais indiscutíveis apresentadas até o momento: registros de imagens tomadas por equipamentos militares de rastreamento de última geração, além de mais depoimentos confiáveis de militares da Marinha dos EUA sobre encontros com óvnis – ou os agora chamados UAPs (Unidentified Aerial Phenomena, os “fenômenos aéreos não identificados”, FANI).

A seriedade da nova ufologia na forma de entretenimento

Uma vez escrevi que o reconhecimento da natureza inexplicável dos encontros com os óvnis “Tic-Tac” e “Guimbal” pela Marinha dos Estados Unidos eram o mais importante acontecimento da Ufologia da última década. E é curioso que essa importância tenha sido, nos meses seguintes, levada ao grande público e decodificada numa das linguagens mais comuns do entretenimento: a televisão e o cinema.

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Sem querer dar spoilers — até porque não há novíssimas ou bombásticas revelações em The Phenomenon — a inovação aqui é, na verdade, um resgate do passado. Um resgate da seriedade e da urgência com que a sociedade como um todo tratou o fenômeno óvni quando dos primeiros avistamentos, de Kenneth Arnold, em 1947.

Kenneth Arnold e uma das asas voadoras que virariam discos voadores ou flying saucers – Foto Revista McClure’s Magazine

O que Unacknowledged, The Phenomenon e a também comemorada série de televisão Unidentified (produção da To The Stars Academy com o canal The History), têm em comum, na essência, é a capacidade de utilizar os relatos e evidências disponíveis para escancarar ao mundo o quanto o cidadão comum vêm sendo manipulado quanto à realidade do fenômeno UFO, tenha ele a origem que for.

Embora demonstrem visivelmente uma predileção pela hipótese da visitação extraterrestre, todas essas produções foram cuidadosas o suficiente para deixarem abertas as oportunidades de explicações alternativas e, principalmente, distanciarem-se das teorias mais absurdas e exóticas. Elas apresentam ao mundo um fenômeno absolutamente objetivo, impactante, que deixa rastros e registros mensuráveis por onde passa.

A principal revelação, esta sim provavelmente bombástica, que permeia The Phenomenon, Unacknowledged e Unidentified, é uma realidade triste e estarrecedora. Sobretudo para um planeta que ainda busca soluções tecnológicas para conter o aquecimento global e as mudanças climáticas, a proliferação de doenças pandêmicas, a fome e outras mazelas.

Manipulados por uma inteligência superior?

Fica evidente que nos últimos 70 anos o assunto foi propositalmente manipulado, desacreditado e desencorajado. Chega a ser assustador, porque somos expostos à possibilidade de que a conspiração seja muito maior do que a própria ufologia já considerou. Uma conspiração que provavelmente limitou propositalmente nosso desenvolvimento e conhecimento em áreas pontualmente selecionadas nas últimas décadas.

É claro que em todo esse caminho fomos despistados por decisões de alto escalão governamental. Outras vezes por ordens corporativas. Às vezes no interesse da segurança nacional; outras com foco comercial e estratégico; mas quase sempre com um interesse diverso e incompatível com o interesse coletivo.

Prédio do Pentágono, que manteve projeto secreto para investigar OVNIs pelo menos até 2012
Prédio do Pentágono, que manteve projeto para investigar OVNIs pelo menos até 2012 (Foto: David B. Gleason de Chicago, IL/Wikipedia)

Uma decisão após a outra, o tema acabou ganhando definitivamente o descrédito da ciência convencional. Num claro indício de manipulação da evolução tecnológica humana, os cientistas e seu método, com raríssimas exceções, hoje sequer se dão ao direito de considerar a estranheza e as possibilidades envolvidas nas milhares de evidências físicas, registros em todo tipo de sensores, além de relatos confiáveis acumulados ao longo dos últimos 70 anos.

Mas é aterrador descobrir que essa política dá sinais de não contar sequer com uma coordenação central. Vislumbra-se quão fracionada, segmentada e compartimentada se tornou a abordagem do tema UFO mundo afora, em QUALQUER país e em TODAS as perspectivas.

Mesmo nas esferas de poder legitimamente responsáveis pelos segredos de estado, torna-se impossível creditar a manipulação global em si a um “grande cérebro” governamental ou corporativo, atuando de forma organizada, com poder inclusive de manter afastado da verdade até mesmo o Presidente da República, dos Estados Unidos ou de outras nações.

No final, somos obrigados a considerar que uma força bem além de nossa compreensão, uma inteligência verdadeiramente superior, talvez esteja operando para manter igualmente alheios à verdade os civis, militares, governos e cientistas.

E apenas por propiciar o vislumbre e a discussão dessa outra perspectiva para o assunto óvni, essa nova safra de documentários mostra que chegamos ao alvorecer de uma nova ufologia.

 

* Jeferson Martinho é jornalista e editor do Portal Vigília.

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One thought on “Documentários apontam a alvorada de uma nova ufologia

  • Ufologia de Quintal

    Tá na hora da Ufologia ser levado a sério! Parabéns ótimo texto.

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