Cientista diz que NASA já sabia da existência de vida em Marte
Em Londres, no dia 12 de novembro, o dr. Gilbert Levin, cientista que participou da Missão Viking, em 1976, afirmou que já naquela época a sonda encontrou indícios de vida em Marte.
Dr. Levin, que começou sua carreira como engenheiro sanitário na Califórnia, havia desenvolvido uma técnica para detecção de bactérias a partir do dióxido de carbono produzido em reações químicas monitoradas por elementos radioativos.
Sua técnica chamou a atenção da NASA, que o convidou para participar da Missão. No entanto, outra técnica também foi utilizada pela sonda: a do espectômetro de massa. E a briga na equipe de biologia da Missão Viking se deu justamente porque as experiências com espectômetro de massa não indicaram qualquer traço de vida.
Mas o cientista norte-americano contesta a conclusão final da NASA com base em experiências realizadas década de 70, na Antártida, região da Terra cujo solo é mais parecido com o do Planeta Vermelho. Um grupo de estudantes que Levin dirigiu utilizou o mesmo espectômetro e, para surpresa de todos, o aparelho revelou que não poderia haver vida na região.
Dr. Levin examinou o equipamento e descobriu que ele só percebe a existência de “vida”quando as amostras contém mais de 10 milhões de células biológicas, enquanto nas amostras do solo da Antártida havia apenas 50.
No caso de Marte, o impasse sobre os resultados das análises foi resolvido com um argumento que hoje não sobrevive a qualquer análise: como não existe camada de ozônio para proteger possíveis formas de vida das radiações ultravioleta do Sol, a NASA considerou impossível a existência de microorganismos na superfície do Planeta. Levin, no entanto, acredita que ainda hoje pode existir vida em Marte.