Afinal, os óvnis abatidos eram ou não eram ETs?
A histeria global recente com as notícias de óvnis que foram derrubados nos Estados Unidos mostra um dos mais preocupantes efeitos da nova política do governo dos EUA para o tema. E seus defeitos, sobretudo quando ela pode estar sendo usada para encobrir objetivos pouco claros ou indizíveis no xadrez das relações globais.
O governo tem se posicionado sobre o assunto de maneira conflitante. A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou que não há qualquer relação entre os óvnis e extraterrestres. No entanto, as declarações oficiais deixam uma sensação de dúvida e suspeita em relação à verdadeira natureza e origem dos objetos. Houve militar de alta parente dizendo ser impossível descartar extraterrestres!
O coordenador do Conselho Nacional de Segurança, John Kirby, mencionou que a China tem um programa de “coleta de informações” que envolve o uso de balões de grande altitude. É claro que a declaração vem num contexto de indicar um dos prováveis operadores dos objetos abatidos.
Mas o fato é que embora o programa tenha sido colocado em atividade há algum tempo, o governo dos EUA não foi capaz de detectá-lo durante a gestão do ex-presidente Donald Trump. Somente agora esses balões foram detectados sobrevoando vários países, incluindo aliados próximos dos EUA. No entanto, Kirby afirmou que a capacidade de espionagem desses objetos ainda é limitada.
O fato de o governo dos EUA ter derrubado esses objetos sem esclarecer se conseguiu determinar sua natureza e propósito levanta uma série de questões de segurança nacional. E a nova política para óvnis do Pentágono, transparente — pero no mucho — é perfeita para uma situação como esta.
Especula-se que esses objetos possam ter utilizado algum tipo de nova tecnologia furtiva que permitiu que viajassem por tanto tempo no território de vários países até serem detectados pelas forças de defesa. Mas ao colocar esses objetos no pacote UAP, o governo Biden conseguiu ao menos adiar essa discussão e as críticas à sua falha no monitoramento do espaço aéreo. Afinal, na dúvida, supostos alienígenas teriam mesmo essa capacidade…
O fato é que a falta de detalhes e informações sobre esses objetos e o tratamento dúbio dado pelo governo dos EUA só aumentam as suspeitas. Kirby afirmou que o governo está trabalhando para recuperar os destroços dos óvnis para descobrir mais sobre eles, mas não compartilhou muitos detalhes.
Os objetos abatidos não tinham sinais de comunicação, motor ou capacidade de propulsão, e não eram tripulados. Mas aparentemente, pelo menos parte deles não se pareciam com balões convencionais. E há relatos de pilotos militares que indicariam interferência em equipamentos eletrônicos das aeronaves.
Em resumo, as declarações oficiais sobre os óvnis deixam uma sensação de dúvida e suspeita. É importante questionar os objetivos e as implicações diplomáticas do governo nesse assunto, especialmente quando se trata de questões de segurança nacional. É necessário mais transparência e informações concretas sobre a natureza e origem dos tais óvnis.
Ademais, não se sabe se esses objetos realmente utilizaram algum tipo de nova tecnologia. É possível que sejam tecnologias avançadas desconhecidas pelo público e que sejam usadas para fins militares ou de espionagem?
Ao não esclarecer concretamente isso, os EUA reforçam suspeitas de acobertamento, fomentam o pânico e contribuem ainda mais para a desinformação.
Do ponto de vista da pesquisa Ufológica em si, que sempre considerou a hipótese extraterrestre, trata-se de uma postura que mostra-se tão ou mais prejudicial do que a antiga política da ridicularização e acobertamento do fenômeno UFO. De fato, podemos estar diante de um dos primeiros ensaios da aplicação prática da ideia de invasão extraterrestre como arma de desorientação!
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