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Por que a Crew Dragon levou 19 horas para percorrer 400 km e atracar na ISS?

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Por que a cápsula Crew Dragon levou 19 horas para percorrer 400 km e atracar na ISS? No último final de semana o foguete Falcom 9, da Space X, decolou do Cabo Canaveral, na Flórida (EUA) levando a cápsula Crew Dragon rumo à Estação Espacial Internacional (ISS).

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Dezenove horas depois e 408 km percorridos a cápsula acoplou com sucesso na ISS.

Mas porque os astronautas levaram tanto tempo para chegar ao seu destino, isso a bordo de um foguete?

A explicação é bastante simples: a viagem não segue uma linha reta.

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A viagem demorada da cápsula Crew Dragon 

De acordo com os especialistas isso acontece porque tanto a cápsula quanto a ISS estão a milhares de quilômetros por hora.

A ISS viaja a quase 27 mil km/h, em uma órbita circular ao redor da Terra e demora cerca de 93 minutos para dar uma volta completa no planeta.

Por isso, conseguir uma acoplagem segura demanda horas ou até dias, pois requer muita precisão.

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Vários fatores devem ser considerados, entre eles as órbitas e posições dos dois objetos.

ISS e Crew Dragon em altíssima velocidade

Segundo Júlio Lobo, astrônomo do Observatório Municipal de Campinas, esta viagem não é como por uma estrada na Terra e sim realizada em altíssima velocidade.

Júlio explica que a cápsula Crew Dragon alcançou a ISS apenas 12 minutos após a partida de Cabo Canaveral, mas precisou dar muitas voltas na Terra para fazer verificações e calcular o melhor ponto de aproximação.

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Depois de algum tempo e de muitos cálculos os pilotos conseguiram entrar na órbita real da ISS”, diz. “Daí em diante muitos dados foram levados em consideração como altitude, velocidade e tempo, que precisam ser perfeitos”, continua.

Lançada no espaço profundo

O astrônomo da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro, Naelton Araújo, destaca que no espaço, por conta da baixa gravidade, se o piloto fizer um movimento de aceleração errado sua espaçonave será lançada no espaço profundo.

Por isso, durante a maior parte do tempo, a cápsula Crew Dragon ficou com os motores desligados. Além de significar uma economia considerável de combustível, os equipamentos foram poupados”, explicou.

Os motores só foram utilizados para refinar a trajetória, ou seja, nas queimas de correção, que são pequenas pisadas no acelerador de tempos em tempos”, reforçou.

Crew Dragon deu um “cavalo de pau”

Já o professor de Física Dulcídio Braz Jr. conta que atracar precisa ser um processo gradativo e seguro. “Se aproximar rapidamente de outra nave seria muito perigoso. O plano é perseguir a outra e fazer uma aproximação lenta”, afirma.

Por isso, ele afirma que a melhor maneira é se deixar ser alcançado pelo seu alvo. “No caso da Crew Dragon, a cápsula se posicionou em uma órbita levemente mais rápida que a da Estação Espacial, completando uma volta em 86 minutos e se colocando à frente dela”, prossegue.

Na mais difícil e última parte do procedimento os astronautas deram uma espécie de “cavalo de pau” na cápsula.

Eles pisaram nos freios e fizeram uma curva parecida com a letra U. A cápsula girou 180 graus e os motores foram ativados uma última vez para diminuir a velocidade.  Daí então foi só esperar a ISS chegar perto, alinhar e acoplar.

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Com a pressurização os astronautas puderam sair da cápsula entrar na ISS. 

Eles devem cumprir uma missão de aproximadamente dois meses e só então voltar para a Terra.

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