Óvnis na academia: 1/5 dos cientistas já viram fenômenos estranhos
De acordo com uma nova pesquisa detalhada, os cientistas também veem objetos voadores não identificados, os óvnis. A pesquisa revela que cerca de um quinto dos acadêmicos dizem que eles ou alguém que conhecem viram algo misterioso no céu que não pode ser explicado. Alguns desses professores, estudiosos e cientistas ofereceram testemunhos pessoais de encontros incomuns com objetos que surpreenderam até mesmo os pesquisadores com sua franqueza .
Os acadêmicos relataram ter visto óvnis “sacudir” uma casa e se mover de forma “retangular” no ar . 37% dos professores disseram que mais pesquisas sobre óvnis eram “importantes” ou “absolutamente essenciais” .
Os participantes foram questionados sobre seu conhecimento e opiniões sobre fenômenos aéreos não identificados (UAP): o termo adotado pelo Congresso e pelo Pentágono para reformular os óvnis para incluir melhor a gama completa de possíveis explicações para esses casos misteriosos .
Dr. Marissa Yingling, professora assistente de trabalho social na Universidade de Louisville em Kentucky, disse que ela e seus coautores evitaram intencionalmente perguntar explicitamente aos acadêmicos para fornecer suas histórias pessoais de óvnis. Em uma entrevista ao Dailymail.com ela afirmou que sua equipe não queria fazer perguntas que pudessem desencorajar os acadêmicos a participar da pesquisa .
Na verdade, ela acrescentou que sua equipe não queria fazer nenhuma pergunta que pudesse desencorajar os acadêmicos a participar da pesquisa. “Certamente não esperávamos que os professores compartilhassem voluntariamente detalhes sobre observações”, disse Yingling .
Um cientista confessou: “Eu pessoalmente conheço três físicos que relatam independentemente terem visto óvnis. Eles não têm explicação para o fenômeno que observaram, além de terem observado”.
Um cientista social relatou que seu pai era um veterano da Força Aérea dos EUA que “falou sobre ver fenômenos inexplicáveis”, enquanto outros acadêmicos relataram avistamentos incomuns desde a infância até tão recentemente quanto há alguns anos .
Em um caso, um acadêmico da área de mídia e comunicações relatou que toda a sua família testemunhou um óvni em 1976 que sacudiu sua casa. “Dois dos meus irmãos viram enquanto o resto de nós na casa sentiu a sacudida e ouviu um barulho alto”, disseram os pesquisadores. “Estávamos jantando e a sacudida foi tão intensa que todos corremos para fora” .
No total, 19% disseram que eles ou alguém que conheciam havia testemunhado UAP, enquanto 39% disseram não saber qual era a explicação mais provável para os objetos misteriosos .
Um terço de todos os participantes também disse ter algum grau de interesse em conduzir pesquisas nesta área, enquanto uma quantidade semelhante classificou a importância de mais pesquisas sobre o fenômeno como “muito importante” ou “absolutamente essencial” .
Yingling e seus coautores também questionaram os estudiosos sobre sua consciência do renovado interesse público e classificado em UAP por autoridades em Washington D.C.
Enquanto uma maioria significativa desses acadêmicos estava ciente da reportagem pioneira do New York Times em dezembro de 2017, que revelou o programa secreto de investigação de óvnis do Pentágono, poucos estavam cientes de sua recente retomada .
A julgar pelos 1.460 participantes, cerca de 74% não sabiam que a senadora Kirsten Gillibrand havia liderado uma emenda à Lei de Autorização de Defesa Nacional de 2022 criando um novo escritório do Pentágono para lidar com casos de óvnis .
“Honestamente, não tínhamos ideia do que esperar como resultado de nenhuma dessas perguntas”, disse Yingling. Ela acrescentou que esperava que sua pesquisa servisse como ponto de partida “dada a ausência de dados sobre este tópico”.
Os cientistas e o mistério dos óvnis
Não foi a primeira vez que pesquisadores universitários exploraram as opiniões de seus colegas sobre o mistério dos óvnis. Em 1994, Peter Sturrock, astrofísico de Stanford, publicou seus próprios resultados ao enviar 2.611 questionários sobre óvnis para seus colegas membros da Sociedade Astronômica Americana.
Das respostas recebidas por Sturrock, 62 astrônomos disseram ter testemunhado ou “obtido um registro instrumental de um evento que não puderam identificar e que pensaram que poderia estar relacionado ao fenômeno dos óvnis”. Isso corresponde aproximadamente aos frequentemente persistentes 5% dos casos de óvnis que as agências governamentais rotulam como nunca explicados.
Mais da metade dos astrônomos na pesquisa de Sturrock sentiu que o tópico dos óvnis merecia um estudo sério. Os físicos foram os mais propensos a responder positivamente à pergunta “Quão interessado você está em conduzir ou continuar a conduzir pesquisas acadêmicas relacionadas a UAP?” Economistas e estudiosos de estudos religiosos foram notavelmente menos interessados.
Em uma entrevista exclusiva em março passado, o físico de Harvard Avi Loeb disse ao Dailymail.com que sua equipe está atualmente usando um grande telescópio do campus para vasculhar os céus em busca de óvnis e sondas alienígenas.
Yingling e seus coautores concordaram com uma “possível explicação” para isso: os físicos talvez fossem mais propensos a ver a chance de uma descoberta inovadora em seu campo a partir do exame habilidoso e disciplinado dos óvnis. “Esta é uma pergunta que os leitores ou futuros pesquisadores podem ponderar por si mesmos”, disse Yingling ao Dailymail.com.
Os acadêmicos em sua pesquisa também aproveitaram para criticar o governo pela terminologia “um tanto vaga” usada para descrever fenômenos inexplicáveis ou anômalos nos céus. Yingling diz que espera que os acadêmicos profissionais possam trazer um vocabulário “mais rico e claro” para o estudo desses mistérios aéreos desconcertantes.
Os resultados foram publicados na revista Humanities and Social Science Communications.
