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Círculos em plantações do Rio intrigam pesquisadores

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Eles não são tão belos e complexos quanto os desenhos nas plantações inglesas que há algum tempo abastecem o debate entre céticos e crédulos quanto à sua suposta procedência extraterrestre. Mas aparecem numa quantidade fantástica, e estão intrigando leigos e pesquisadores da Ufologia brasileira. No início de maio desse ano, Marcos Antônio Ribeiro, o “Careca”, um piloto de ultraleve que trabalha para a radio Litoral FM, de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, localizou estranhas marcas nas plantações ao longo da planície Goytacá. Nos dias 4 a 6 de maio, ele e o publicitário e radialista João Oliveira, subiram com o ultraleve e registraram, do alto, as curiosas figuras.

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São dezenas de formas – muitas circulares, algumas ovais e até uma triangular – que perturbam a homogeneidade do verde das plantações. Geralmente com dezenas de metros de diâmetro, em alguns pontos já sem vegetação e em outros locais com a vegetação amassada, as marcas foram fotografadas por João Oliveira. Ele e o piloto Marcos, embora rotineiramente sobrevoem a região, nunca tinham visto ou notado nada parecido antes.

“O Marcos Antônio, piloto do ultraleve que faz reportagens para o meu programa de Rádio, um dia ele disse que havia visto uns círculos estranhos no chão, chegou a bater umas duas fotos. Quando eu vi programei com ele um novo vôo, que durou cerca de uma hora e sobrevoamos uma área bem maior e eu fotografei, além dos círculos, aquelas outras marcas que você pode ver na home page”, contou João Oliveira, referindo-se às fotos que publicou em sua home page (http://www.joaooliveira.com.br).

Na opinião do publicitário, que se considera um amante do tema Ufologia e afins, é difícil dizer que se trate de um fenômeno relacionado a UFOs. “Isso depende de um estudo aprofundado, que deve ser feito por quem conhece o assunto”, avaliou ele em entrevista à reportagem do jornal carioca O Dia.

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Radiação no solo

No início de agosto, a equipe do jornal O Dia levou à planície Goytaca o pesquisador carioca Lafayette Cyríaco, que constatou mais um dado curioso sobre as formas circulares – que continuam visíveis: portando um contador Geiger, ele obteve um índice de radiação de 0,4 roentgen (unidade de medida), numa escala que vai de 0 a 10.

A radiação foi encontrada em um canavial a oito quilômetros do centro de Campos, às margens da rodovia RJ-158 (Campos-São Fidélis). Contudo, Cyríaco não quis arriscar palpites. Para ele, ainda precisam ser excluídas outras hipóteses. À reportagem do O Dia, lembrou que “há um adubo que utiliza uma substância chamada Natrium Phofoni Kalium, que tem uma pequena taxa de radiação”. Para o pesquisador, são necessários outros testes para determinar a natureza do fenômeno.

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Na mesma reportagem, o engenheiro agrônomo Hamílton Jorge de Azevedo discordou da hipótese ufológica. “As marcas foram feitas por aspersores que têm maior pressão. Os jatos de água ou vinhaça pressionam as folhas da cana e realmente formam círculos. Isso não tem nada a ver com extraterrestres”. Ele teve acesso às imagens de vários pontos e não vê razão para a polêmica.

Nas imagens que obteve, no entanto, o publicitário João Oliveira tratou de tentar confirmar essa teoria. Fotografou um aspersor em funcionamento e nada indicava, na foto, que pudesse ser a causa para as marcas. Para ele, os jornais da região estão valorizando os círculos e deixando de dar atenção às marcas mais intrigantes, como é o caso da que ele apelidou de “triângulo”. Em entrevista à Vigília, foi incisivo. “Na minha opinião as marcas, principalmente as triangulares e ovais, não podem ser atribuídas a nada conhecido aqui na região.

Para se ter uma idéia, o triângulo mede mais de 30 metros, visto de perto e do alto chega a causar medo de imaginar o que poderia ter causado aquilo. A marca oval tem mais de 90 metros, parece um carimbo gigante no meio do canavial. Sem falar nas fotos que eu ainda não digitalizei das marcas que aparecem mesmo no solo arado”, contou.
Mais ainda, João Oliveira diz que tem relatos de avistamentos de OVNIs na área. “Alguns moradores dizem terem visto luzes estranhas e moradores de Lagoa de Cima, área próxima ao local, dizem que luzes saem e voltam para dentro da lagoa”, garantiu.

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Ele já ouviu falar dos chamados “Círculos Ingleses”, mas duvida que tenham relação com as formas da Planície Goytaca. “Os círculos ingleses formam desenhos geométricos perfeitos; os daqui parecem desordenados. Não acredito que tenham a mesmo origem, ou pelo menos, a mesma intenção”, analisa.

Círculos não só ingleses

Pouco menos de dois meses depois da descoberta das figuras em Campos, os Círculos Ingleses – que já tinham perdido a exclusividade britânica para alguns esporádicos relatos na Austrália – agora viravam assunto na Polônia.

Reproduzindo nota das agências internacionais, o jornal paulista Agora publicou, na seção Mundo, de 28 de julho passado, que os habitantes da aldeia de Wylatowo estavam temerosos de terem suas contas de energia elétrica aumentadas por culpa de OVNIs. Segundo os camponeses, círculos perfeitos deixados em plantações de trigo haviam sido feitos por dez discos voadores que se alimentaram de eletricidade da aldeia.

Ao que tudo indica, a polêmica em torno dos círculos nas plantações parece estar longe de terminar. Concordando ou não com a suposição da origem alienígena das figuras, a comunidade ufológica mostra quase em uníssono discordar que sejam obra dos artistas sexagenários aposentados Doug Bower e David Chorley, de Southampton, Inglaterra, que reivindicaram a autoria dos primeiros desenhos. De fato, se conseguiram reproduzir uma marca circular de vegetação amassada almejando o prêmio de um milhão de libras esterlinas oferecido pelo governo Britânico à época, ela ficou muito aquém das complexas e simetricamente perfeitas formas que têm sido encontradas nos últimos anos.

Enquanto isso, o assunto continua dando o que falar nas listas de discussão de Ufologia em todo o mundo, municiando os tablóides britânicos e gerando explicações das mais diversas, indo da simples fraude a anomalias meteorológicas ou magnéticas ainda desconhecidas. Muitas delas, teorias às vezes mais improváveis que a própria natureza insólita do fenômeno.

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