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O intrigante mistério da Passagem Dyatlov

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Um dos mistérios não resolvidos mais duradouros do século XX foi o que aconteceu com nove viajantes encontrados mortos na Passagem Dyatlov, nos Montes Urais, Rússia, em 1959.

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E embora isso tenha acontecido há décadas, oficiais do governo russo anunciaram que estão – mais uma vez – trabalhando em uma investigação que pode finalmente responder perguntas sem respostas há tanto tempo.

Ao fazer isso, talvez o governo possa finalmente fazer descansar as nove almas cansadas que pereceram juntamente com as famílias que nunca entenderam realmente como seus entes queridos morreram.

O mistério da Passagem Dyatlov

A estranha série de eventos começou no inverno de 1959 quando o experiente alpinista Igor Dyatlov, de 23 anos, reuniu um grupo de 10 pessoas para viver uma aventura pelo trecho norte dos Montes Urais. O objetivo era saltar do grau II em alpinismo para o grau III, cumprindo a jornada de 306 km montanha acima.

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A aventura, portanto, não era coisa de um grupo de universitários malucos, era quase uma missão. E eles tinham grande experiência em situações extremas e conhecimento em escaladas e com esqui.

Com tudo pronto em 25 de janeiro o grupo partiu para o frio e a neve.

Um dos membros do grupo, Yuri Yudin, sentiu-se mal e voltou para casa. Ele não sabia na época que o mal estar o salvaria da morte certa. Os nove outros continuaram em frente.

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Tempestade na Passagem Dyatlov

Depois de seis de dias montanha acima, em 31 de janeiro, o grupo alcançou um ponto crítico: um vale que ficou conhecido como Passagem Dyatlov. Lá, eles guardaram equipamentos e alimentos extras necessários para a viagem de volta.

Na manhã seguinte começaram a subir a montanha na esperança de vencer a passagem e só depois acampar.

Mas uma forte tempestade de neve os empurrou para fora da rota e para as encostas de uma montanha chamada Kholat Syakhl, que na língua dos povos indígenas locais significa “Montanha Morta”.

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A rota alterada significava que a equipe tinha que montar um novo acampamento. Mas em vez de escolher uma área mais protegida, eles optaram, por qualquer motivo, acampar nas encostas expostas da montanha.

O intrigante mistério da passagem de Dyatlov
Depois de seis de dias na montanha o grupo alcançou um ponto crítico da expedição

Circunstâncias muito estranhas

Na avaliação dos investigadores, Igor Dyatlov e o grupo provavelmente não buscaram outro local para não perder o terreno que já haviam conquistado. Ou talvez porque estivessem com muito frio e cansados ​​para recuar.

De qualquer forma os jovens armaram uma grande tenda – capaz de abrigar todos – em um local onde a temperatura chegaria a -40°.

Os pesquisadores sabem disso graças a fotografias e filmes recuperados no local. Mas muito do que aconteceu nos dois dias seguintes é difícil de entender.

O grupo não chegou ao ponto de encontro no dia e horário programado de modo que equipes de busca e salvamento, incluindo unidades do exército, partiram montanha acima para encontrá-los.

Após três semanas de busca, no dia 26 de fevereiro de 1959, as equipes finalmente localizaram o acampamento do grupo. O local estava em ruínas e havia uma série de circunstâncias muito estranhas.

Pouquíssimas roupas e descalços

A tenda que Igor Dyatlov e os outros jovens armaram estava parcialmente coberta de neve e rasgada por dentro. Não havia ninguém por perto e os pertences do grupo, incluindo itens de primeira necessidade – como sapatos – foram deixados para trás.

Pegadas na neve indicavam que as nove pessoas haviam saído caminhando da barraca, mas algumas usavam pouquíssimas roupas, apenas um sapato ou estavam totalmente descalças.

A cerca de meio quilômetro do local havia evidências de uma fogueira e, perto dela, restos descalços e quase nus de dois membros do grupo. Um pouco mais adiante foram localizados mais três corpos congelados em poses que pareciam estar tentando retornar ao acampamento.

Essa parte do grupo sofreu uma variedade de ferimentos terríveis, incluindo fraturas no crânio e no peito. Os olhos e a língua de uma das moças estavam faltando, mas não havia sinal de luta, o que levou as autoridades a descartarem roubo seguido de morte.

Animados, severos e ansiosos

Semanas depois, quando o tempo esquentou um pouco mais, os demais corpos foram encontrados alojados no leito de um riacho seco. As autópsias mostraram que eles morreram de hipotermia.

As fotos recuperadas das câmeras do grupo de Igor Dyatlov no local pareciam retratar um grupo que começava animado, mas terminava com rostos severos e ansiosos, talvez porque pensarem que estavam perdidos, ou talvez houvesse algum outro perigo.

Uma foto mostra marcas de árvores feitas por moradores da tribo Mansi, outra mostra uma figura não identificada que algumas pessoas acreditam ser um intruso.

A polícia suspeitou, no início, que os Mansi pudessem ter se ofendido com a presença dos invasores em sua terra sagrada e por isso mataram-nos.

Entretanto, no final, os investigadores concluíram que não havia mais ninguém estava na montanha quando os viajantes morreram.

O intrigante mistério da passagem de Dyatlov
A tenda que os jovens armaram estava parcialmente coberta de neve e rasgada por dentro

Óvnis na montanha

No final do mês de maio a investigação foi oficialmente encerrada. As causas da morte foram listadas como “força natural convincente”. Alguns documentos foram classificados como secretos e a área foi fechada ao acesso público por anos após o incidente.

Sem uma explicação definitiva por parte das autoridades, muito se especulou sobre o que poderia ter acontecido.

Habitantes locais disseram às autoridades que chegaram a ver Objetos Voadores Não Identificados (óvnis) na montanha bem na noite em que os jovens foram mortos.

Para muitas pessoas, os jovens tiveram um contato extraterrestre na montanha.

Como algumas roupas encontradas continham níveis elevados de radiação, a crença no contato alienígena ganhou ainda mais força.

Entretanto, há quem acredite que o grupo encontrou sem querer um experimento militar ou foi vítima de um assalto.

Outras teorias

Outra teoria aponta para uma briga de dois namorados – combinada com o uso de uma droga psicodélica encontrada no local – teria causado a sequência de eventos.

Algumas pessoas dizem que eles foram vítimas de uma avalanche, seguida por ventos fortes extremos.  Entretanto, essa última foi descartada porque não havia nenhuma evidência real de que uma avalanche tivesse ocorrido.

De fato: em mais de 100 expedições subsequentes à área, ninguém jamais relatou avalanches.

O que se sabe é que os integrantes do grupo, provavelmente assustados, rasgaram a barraca e fugiram do jeito que estavam.

Os que estavam seminus e sem calçados conseguiram se afastar e acender uma fogueira para se esquentar. Os outros, que estavam com vestimentas adequadas, tentaram se esconder no leito do rio, que estava seco.

O fato é que não há qualquer explicação para o que aconteceu e o que os assustou.

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Em outubro de 2019 a Rússia informou que reabriria as investigações. Até o momento nenhuma declaração foi dada sobre o que ainda é considerado uma investigação preliminar.

Entretanto as autoridades garantiram ao público que análises forenses modernas serão usadas durante esta fase.

FONTE

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