fbpx
CasosHistóriaNotícias

Mistério das máscaras de chumbo segue sem solução 54 anos depois

Compartilhe:

Já passava das 20 horas de quinta-feira, dia 17 de agosto de 1966 quando escriturária Gracinda Barbosa Coutinho de Sousa passava de carro com seus três filhos pela avenida São Boaventura, no bairro Fonseca, no Rio de Janeiro,  quando foi alertada por uma das crianças sobre um objeto multicolorido brilhante em formato de disco que sobrevoava o Morro do Vintém, há poucos quilômetros dali.

----publicidade----

O objeto tinha uma faixa de luz alaranjada intensa e um anel de fogo de onde saíam raios azuis em várias direções. Sem dar muita importância Gracinda continuou a dirigir até que o objeto desapareceu de seu campo de visão. Além dela e das crianças, o objeto foi avistado por diversas outras testemunhas.

Algumas horas antes, Manoel Pereira da Cruz, 32 anos, e Miguel José Viana, 34, moradores de Campos de Goytacazes e técnicos de eletrônica, iniciariam uma jornada que teria total relação com os avistamentos da família de Gracinda Barbosa. O incidente se tornaria um dos mais importantes casos da ufologia no mundo: o mistério das máscaras de chumbo.

Pouco antes da noite fatal

Na noite de 16 de agosto Manoel avisou sua companheira, Neli, que iria com Miguel a São Paulo para comprar um carro usado e alguns componentes de eletrônica para a oficina que tinha em sociedade com Miguel. Como estava acostumado a viajar sempre à Capital paulista para fazer compras, a história não levantou qualquer suspeita.

----publicidade---- Loja do Portal Vigília - Estampas exclusivas para quem veste a camisa da Ufologia

Para a viagem e para efetuar o negócio colocou na bolsa dois milhões e trezentos mil cruzeiros, aproximadamente mil dólares à época, e saiu. Do outro lado da cidade seu amigo e sócio Miguel faria o mesmo. Assim que o dia amanheceu os dois se encontraram com uma terceira pessoa, o amigo Élcio Correia Gomes, na rodoviária de Campo dos Goytacazes. Ás 9 horas Manoel e Miguel tomaram um ônibus rumo à Niterói e não para São Paulo conforme haviam avisado para as esposas.

Depois de 5 horas e meia de viagem chegaram à estação de Niterói. Dali seguiram para um loja de componentes eletrônicos onde eram clientes. Passaram também em uma loja de roupas onde compraram capas de chuva; e num bar localizado na Avenida Marquês do Paraná, onde compraram uma garrafa de água mineral magnesiana.

Nervoso, Miguel consultava a hora a todo momento. O céu acinzentado e ameaçando chover parece que previa o destino trágico dos dois amigos.

----publicidade----
o caso das máscaras de chumbo ainda é um mistério
O bilhete encontrado com Manoel e Miguel dava as instruções do que deveria ser feito

Mistério no Morro do Vintém

Já era quase noite quando Manoel e Miguel chegaram ao Morro do Vintém. Junto com eles vieram também duas outras pessoas que nunca foram identificadas. Os técnicos em eletrônica então desceram do veículo e se despediram do condutor. Enquanto o jipe partia os dois passaram a subir o morro a pé.

Com uma chuva forte se aproximando a presença dos forasteiros ali chamou a atenção dos moradores. Apesar do estranhamento, ninguém abordou os estranhos.

Os dois só seriam vistos novamente na tarde de sábado, 20 de agosto, quando seus corpos foram encontrados.

----publicidade----

Por volta das 18 horas de sábado alguns garotos soltavam pipa no morro quando foram atraídos por um forte odor e localizaram os corpos. Eles então avisaram a polícia que haviam encontrado dois homens mortos em avançado estado de decomposição. Os policiais – entretanto – só foram ao local na manhã de domingo.

Ao chegar ao local os policiais encontraram os corpos de Manoel e Miguel próximos, deitados de costas no chão em cima de folhas de pintoba (um tipo de palmeira). Eles usavam ternos – as roupas com as quais saíram de casa – e a capa de chuva comprada na manhã do dia.

Objetos muito estranhos

Durante a perícia os técnicos se depararam com objetos muitos estranhos junto aos corpos. Havia no local uma marca de cimento, a garrafa de água mineral magnesiana comprada no dia em que chegaram a Niterói, uma folha de papel laminado utilizada como copo e um embrulho de papel com duas toalhas.

Havia também um par de óculos pretos com uma aliança em uma das hastes, um lenço com as iniciais M. A. S., duas máscaras de chumbo e um papel com equações básicas de eletrônica. Uma delas era a Lei de Ohm, envolvendo potência, tensão, corrente e resistência.

No bolso de um deles foi encontrada a quantia de 157 mil cruzeiros – 68 dólares – e, no do outro, quatro mil cruzeiros – menos de dois dólares. Seus relógios tinham sido tirados dos pulsos e também acomodados nos bolsos.

Junto disso estava um curioso pedaço de papel com a seguinte escrita:

16h30 – Estar no local determinado

18h30 – Ingerir cápsula

Após efeito, proteger metais. Aguardar sinal – Máscara.

A ausência de parte dos dois milhões e trezentos mil cruzeiros que Manoel tinha ao deixar Campos do Goytacazes e a faca usada para cortar a pintoba levou os investigadores a desconfiarem da participação de mais pessoas no caso.

máscaras de chumbo ainda é um mistério
Os policiais encontraram os corpos de Manoel e Miguel em meio a vegetação

A causa da morte dos técnicos

As autópsias realizadas nos corpos nada revelaram como causa mortis. Não havia sinais de violência, envenenamento ou contaminação por radioatividade. E apesar de estarem em evidente estado de decomposição, não havia sinais de que tivessem sido atacados por animais, mesmo tendo passados três dias sob sol e chuva e expostos no alto do morro.

Também foram realizados vários testes toxicológicos nas vísceras dos dois técnicos em busca de possível morte por overdose, mas todos deram negativo.

Os exames realizados no bilhete mostraram que a caligrafia era de Miguel. Entretanto, as palavras não eram parte do vocabulário de nenhum dos dois, o que levou a polícia a acreditar que alguém havia ditado aquelas palavras.

Já as máscaras de chumbo teriam tido forjadas na oficina dos sócios, visto que a polícia encontrou sobras de material no local.

Após muita investigação e especulação e sem qualquer resposta os corpos foram enterrados, sendo exumados quase um ano depois, em agosto de 1967. E novamente nada que pudesse dar uma pista do que aconteceu foi encontrado.

As teorias das máscaras de chumbo

Durante todos esses anos muitas teorias foram levantadas acerca da morte dos dois técnicos em eletrônica. Muito por conta das características em que os fatos se deram.

Além do coincidente avistamento do objeto voador no Morro do Vintém – testemunhado pela escriturária Gracinda Barbosa Coutinho de Sousa e seus filhos – no dia e horário em que Manoel e Miguel morreram, outras hipóteses surgiram.

Para algumas pessoas o encontro com seres extraterrestres naquela noite teria sido fatal para os dois sócios. O Padre Quevedo, professor de parapsicologia na época, destacou que máscaras de chumbo eram usadas em testes mortais de ocultismo na hora da morte.

Parte da sociedade da época aposta que tudo não passaria de latrocínio, o roubo seguido de morte. Já o amigo de Manoel e Miguel disse acreditar que os dois estariam envolvidos com estranhas experiências espíritas.

A hipótese mais aceita é a de que os dois homens teriam consumido drogas psicoativas com a finalidade de entrar em contato com extraterrestres. Eles teriam utilizado as máscaras para se protegerem dos fortes raios luminosos que poderiam surgir no esperado encontro. Entretanto, ainda dentro dessa teoria, morreram por overdose de drogas.

De qualquer maneira a história é até hoje um dos maiores mistérios da ufologia no Brasil. São mais de 50 anos de um mistério que provavelmente não será desvendado.

 

Com informações do programa Linha Direta e Revista UFO

Compartilhe:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

As esferas voadoras na história da Ufologia Aviões e óvnis O que caiu em Caieiras na noite de 13 de junho de 2022? Extraterrestres: é a ciência quem diz! As etapas da pressão sobre o governo dos EUA em relação aos óvnis/UAP
×