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Crônicas da Ciência Proibida – Parte 2: Um outro lado

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Em 1998, enquanto estudava alguns casos de manifestação do fenômeno OVNI na América do Sul, “saltou-me” uma entrevista com o Coronel Uirangê Holanda, da Força Aerea Brasileira.
Holanda relatava toda a sua experiência na investigação de objectos voadores que pairavam e assustavam populações inteiras no interior do Brasil, em 1977. Parecia assustado, por um lado, este oficial da F.A.B; estava na reforma e possuia uma vontade enorme de “contar tudo”. Mais tarde cometeria suicidio.
Estavam reunidos todos os ingredientes para que me apaixonasse pelo caso e fui à procura de mais fontes e visões sobre o mesmo. De repente, um enorme “manacial” de informações saltava nos jornais brasileiros e imortalizava-se a Operação Prato.
Isto chamou à berlinda investigadores como Jaques Vallée, que estiveram no local. Eles foram até a Amazônia, às localidades onde as pessoas diziam ter sido “queimadas” e “perseguidas” por objectos voadores que não conseguiam identificar. Pesquisaram “in loco”, falaram com moradores, tiveram acesso a documentos, falaram com o Exército e a Força Aérea Brasileira e, no fim, voltaram com um “diz-que-disse” sem qualquer prova concreta do que supostamente se teria passado.
Comparei este caso, no que se refere à comunicação militar com o exterior, com outros ocorridos tanto nos EUA quanto Argentina, Venezuela etc. Todos tinham algo em comum:

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1 – Primeiramente foram avistados um ou mais objectos voadores não identificados pelas populações.
2 – Em muitos dos casos os populares falam em “seres”.
3 – Verifica-se uma enorme agitação militar em torno de tudo isto.

O que há de concreto em tudo isto e que podemos provar sem margem para dúvida?
A agitação militar.

Tal como por exemplo em Roswell, as agências militares:

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1 – Aparecem numa determinada localidade e alguém ligado fala em algo estranho mas sem revelar identidade.
2 – Altas patentes apressam-se a desmentir
3 – Há uma fuga de informação onde, ao que consta, os militares estarão a tentar “abafar” o caso.
4 – Desaparecem ou são ameaçadas pessoas; maioritariamente nunca chegamos a saber quem são.
5 – Algumas patentes inferiores que não querem se identificar dizem possuir “segredos” e que estão ameaçadas se o fizerem.
6 – Jornalistas ficam loucos com “o furo”
7 – Grupos ovnilógicos surgem por todo o lado com dezenas de teorias até se unirem em torno de uma só e temos contra-informação pura em marcha.
8 – Cria-se uma mitificação que de tempos em tempos ressurge como se para “manter a fogueira acesa”
9 – Na realidade e em concreto nunca nada é realmente provado a não ser na crença de uns ou no negócio de outros.

Quem sai impune disto tudo? Quem é acusado mesmo assim de perseguir ET’s? Quem não se importa minimamente com isso?
A resposta : As forças armadas.

Pelo que sei, perto de onde todos esses episódios ocorreram, sempre existe uma base das forças armadas.
Juntando tudo isto posso ser levado a pensar que as forças armadas utilizaram mais uma vez a desculpa extraterrestre, fantasmagórica, mítica e conspiracionista, para esconder alguma coisa. Nenhum objecto ou ser extraterrestre poderá na verdade ter sido encontrado, a asneira estava encoberta e enquanto andassem ovnilogistas às voltas com ovnis imaginários, alguém do outro lado da mesa respiraria de alivio. Ponto final.

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Deixo uma hipotese: Assim como na famigerada Area51 onde o exército norte-americano produz novas armas e técnicas de combate com as mesmas, terão este tipo de testes sido realizados na Amazônia? Terão as populações sido as visadas? Terá mais uma vez esta técnica de contra-informação sido utilizada pelos serviços secretos para deixar impune acções praticadas directamente sobre populações? Este método já anteriormente foi usado e com sucesso noutros países e sobre populações de baixos níveis culturais, o que facilita, depois, as teorias de conspiração. Será a Operação Prato mais uma? É um cenário que, hipoteticamente, podemos supor, é tanto ou mais plausível que a versão ET.
Neste caso o cerne da questão estará em alinhavar conhecimentos e informações válidas que ajudem a afastar este tipo de casos e nos ajude a focar o interesse no estudo dos fenomenos aereos não identificados.
Uma reflexão mais profunda sobre estes poderemos voltar a abordar nas próximas crônicas; livres, sim, mas refletindo sobre uma ciência ainda proibida.

Ricardo Britan

*O autor Ricardo Britan, de Matosinhos, Portugal, é Formado em Fotografia e Técnicas de Produção Multimídia e moderador do Fórum e co-editor do Portal/Revista Vigília.

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