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Objeto luminoso intriga moradores de Campinas, em São Paulo

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No último dia 29 de novembro, milhares de pessoas de Campinas, cidade com cerca de 1 milhão de habitantes a 100 km da capital, observaram atônitas as evoluções de um objeto luminoso que permaneceu, segundo apurou a Revista Vigília, cerca de 25 minutos no céu.

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No dia seguinte, o avistamento foi noticiado com destaque nos dois principais jornais locais, o Correio Popular e o Diário do Povo, enquanto imagens de um cinegrafista amador foram mostradas na TV local, a EPTV, afialiada da Rede Globo. Até mesmo a responsabilidade pela queda de uma estranha pedra no quintal de um morador foi creditada ao intrigante fenômeno. E apesar das muitas hipóteses, até agora não surgiu uma explicação convincente para a aparição.

Os relatos são vários e, embora haja divergências quanto à forma do objeto, coincidem quanto ao horário, localização e características da luz. O motorista de taxi André de Moura revelou ao jornal Diário do Povo que estava voltando de Valinhos, por volta das 21 horas, quando percebeu algo diferente no céu. “Foi impressionante. Eu nunca tinha visto algo semelhante. Na hora, cheguei a colocar a cabeça para fora do carro para ver melhor. Ela piscava muito e a luz caía. Como ficava apenas no mesmo local eu achei que era um disco voador. Até agora não sei ainda o que era”, contou ele à reportagem do periódico.

Moura não foi o único. Ao chegar em casa, na Chácara da Barra, seu vizinho também estava observando a estranha luz. O representante comercial Roberto Pighini, de 58 anos, também testemunhou a ocorrência. “Num momento, quando o brilho diminuiu, foi possível ver sua forma aproximadamente retangular, com luzes vermelhas nos quatro cantos. Quando ele partiu, soltava luzes que pareciam estrelas caindo”, disse ao jornal Correio Popular.

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No mesmo informativo, a estudante Kelli Aparecida da Costa, de 26 anos, ressaltou: “Sou cética e não digo que seja um disco voador. Mas era algo muito estranho e com certeza voava, pois partiu muito rápido”. Acompanhada de cerca de 50 pessoas, ela presenciou o fato enquanto saia do cursinho, na Avenida Anchieta. “Todos ficaram espantados com aquilo. Não era avião, helicóptero, balão, nem nada que conhecemos” garantiu. Naquele momento, segundo ela, o objeto parecia estar atrás dos prédios do Cambuí e teria partido a seguir rumo ao Norte. (Clique aqui para conferir mais relatos detalhados).

Diversas teorias e polêmica instalada
A polêmica estava instalada na metrópole do Interior Paulista. Astrônomos amadores, testemunhas civis e até militares desdobraram–se para lançar as mais diversas teorias.

O astrônomo Júlio Lobo, do Observatório de Capricórnio, arriscou um palpite. “Nesta época é comum vermos Vênus principalmente porque ele está extremamente luminoso. Por outro lado, pode ser um meteoro, um balão. Não dá para dizer com precisão o que é, mas dá para arriscar nestes dois planetas”, disse ele ao jornal Diário do Povo.

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Já o astrônomo Cláudio Corsini, do Planetário do Museu Dinâmico de Campinas, que testemunhou o fenômeno, garantiu não se tratarem de astros. “Eu observei por 20 minutos e a conclusão é que alguém resolveu pregar uma peça soltando um balão com gás hélio. Tenho certeza de que não era o Planeta Vênus (conhecido como estrela Dalva) porque naquele momento ele estava em outra localização”, afirmou Corsini, também ao Diário do Povo.

Consultado pela Revista Vigília, o ufólogo Osvaldo Mondini, observador experiente que durante 23 anos fez parte do Centro de Estudos e Pesquisas Exológicas de Sumaré (CEPEX, atualmente desativado), argumenta que nenhuma das duas hipóteses – balão ou fenômeno celeste – explica a aparição.

Ele foi testemunha ocular do objeto, da janela de seu apartamento, no 4º andar de um prédio no centro da cidade. “Realmente estava numa posição onde é fácil observar Júpiter. Mas tinha uma luz fixa e outra intermitente, embora ainda assim não alcançasse a luminosidade do planeta nesta época do ano”, ressaltou. Além disso, segundo ele, dificilmente uma estrela seria a explicação, uma vez que o céu estava completamente encoberto e a luz se movimentava.

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Mondini viu o objeto, ainda parado, por volta das 21h15. E foi preciso na localização: 60º em relação ao horizonte, na direção Leste. Depois de alguns minutos, a luz desceu desprendendo alguma coisa cintilante. “Parecia chuva de prata”, comparou, lembrando episódios semelhantes registrados na casuística ufológica.

Continuando seu deslocamento, o objeto fez uma curva brusca de 90º à direita – segundo Mondini, cerca de um palmo em relação ao seu campo visual – para então desaparecer em profundidade, aproximadamente às 21h25. “Dentro da minha experiência, não foi uma trajetória compatível com a de um balão. O vento era forte e constante naquela noite, e o tempo estava chuvoso. Um balão àquela altura dificilmente ficaria parado tanto tempo quanto aquilo ficou”, destacou.

Embora não seja morador de Campinas e nem tenha presenciado fenômeno, o micro empresário Guido Nietmann, de 23 anos, ex–integrante de um grupo de baloeiros, diz que a hipótese de um balão pode ser facilmente descartada com base nos relatos.

“Um balão que leve uma carga considerável de fogos para gerar o “xibu” que deu em Campinas, tem que ter pelo menos uns 6 metros (conhecido como 3 folhas), e voa 3 ou 4 horas, no mínimo”, garante. “Além do que, balões voam ao sabor do vento, e duvido que não tivesse nem uma leve brisa em Campinas ontem (29) à noite”, concluiu Nietmann.

Negativas oficiais
Oficialmente, segundo divulgou a assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Infra Estrutura Aeroportuária (Infraero), a torre de controle do Aeroporto Internacional de Viracopos não registrou qualquer atividade anormal no radar.

O Centro de Comunicação Social do 2º Comando da Aeronáutica, em Brasília, também garante não ter havido qualquer registro sobre o fato. Mas há informações não confirmadas circulando na imprensa de Campinas sobre o possível desvio de um vôo comercial devido à ocorrência.

A Infraero nega, mas segundo publicou o jornal Correio Popular, funcionários do setor teriam revelado que uma aeronave Varig, num vôo de carga proveniente de Miami, nos Estados Unidos, com previsão para pousar em Viracopos às 21h45, não chegou.

Pedra que veio do Céu
Para aumentar as perguntas em torno da luz observada em Campinas, um morador garante que o misterioso objeto deixou–lhe um souvenir. Carlos Roberto Martins, de 51 anos, morador da Chácara da Barra, observou o objeto na noite de quarta–feira e jura que no momento em que a coisa estava parada sobre sua casa, deixou cair uma pedra dentro de seu quintal.

“A pedra veio dele”, garantiu Martins. “Veio vindo, veio vindo, até que eu perdi de vista porque acompanhava a trajetória de binóculos. Foi quando ela bateu no coqueiro em frente, bateu no arame do muro e caiu na área”, contou ao jornal Correio Popular. Segundo ele, durante um curto espaço de tempo após tocar o solo, a pedra ainda preservou um pouco da luminosidade azul que ele vira na queda.

O artefato assemelha–se a um cristal de quartzo, o que está fazendo os astrônomos duvidarem de sua procedência extraterrena, ainda que meteorítica. Para o astrônomo Júlio Logo, depõe contra essa hipótese a inexistência de abrasão ou qualquer outro sinal de que tenha cruzado a atmosfera. Além do que, deveria ter aberto uma cratera no quintal de Martins.

Os especialistas que a convite da imprensa local tiveram contato com o objeto esperam a autorização de Martins para encaminhar amostras do material para análises detalhadas.

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