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Os agroglifos brasileiros na Região Sul do país

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Nas últimas semanas, algumas cidades no oeste de Santa Catarina vêm sendo palco de um fenômeno inusitado. De uma hora para outra começaram a surgir, em diversas propriedades na região, círculos nas plantações de trigo, similares aos famosos círculos ingleses. Os agriglifos (ou agroglifos) são relativamente mais simples, mas segundo os pesquisadores que visitaram os locais e puderam conferir de perto e colher amostras dos equivalentes nacionais dos “crop circles”, o fenômeno guarda diversas semelhanças com os intrincados desenhos britânicos, lembrando mesmo o início do fenômeno naquele país. Um dos pesquisadores que visitaram os locais de surgimento dos círculos foi o ufólogo, autor de livros sobre Ufologia e doutorando em Educação Carlos Alberto Machado. Sua visita, cuja aventura o Portal/Revista Vigília relata a seguir, seguiu os passos do pioneiro ufólogo brasileiro a alcançar e registrar os fenômenos de Santa Catarina, o editor da Revista UFO (http://www.ufo.com.br), Ademar José Gevaerd. Foi Gevaerd, praticamente junto com os primeiros relatos publicados na imprensa local, quem chamou a atenção da comunidade ufológica nacional e internacional para as insólitas aparições na região Sul do Brasil. Destacamos que o relato a seguir não é exatamente original: Carlos Machado já publicou sua experiência em seu blog, o FuturAntiqua e solicitou ao Portal/Revista Vigilia que substituísse a matéria inicialmente reproduzida aqui em virtude de compromissos de publicação assumidos com outro veículo. Seu pedido foi prontamente atendido, o que inclusive significou a oportunidade de completar a informação com dados novos do próprio pesquisador e de outras fontes que estão acompanhando o episódio. O início da jornada Machado contou em seu blog que que recebeu a informação a respeito dos chamados agriglifos brasileiros do próprio editor da Revista UFO (Machado é também consultor e investigador da publicação), no dia 15 de novembro. Inicialmente, tratava-se dois círculos em uma pequena cidade agrícola chamada Ipuaçu, no oeste catarinense. O pesquisador procurou visitar a cidade o mais cedo possível, ciente de que os círculos estão sob constante risco da ação de depredadores, do desgaste com a mera presença de curiosos ou simplesmente do desespero dos agricultores e proprietários das plantações, temerosos pela possibilidade de perda da colheita ou pelo incômodo do acúmulo de curiosos e visitantes não autorizados em suas lavouras. Depois de não encontrar companhia para a partilha dos custos da viagem, decidiu enfrentar mesmo sozinho a distância de mais de 500 quilômetros até a região. A chegada aconteceu no domingo pela manhã. O desapontamento com a condição de conservação dos círculos começou a se anunciar já no acesso ao primeiro local, para o qual havia uma placa indicando a direção e a sigla “ET”, para auxiliar os curiosos na chegada à plantação. De fato, havia vários automóveis encostados ao lado do agriglifo e muitos curiosos circulavam pela área. O restante do trigo já havia sido colhido pelo proprietário para facilitar o acesso e evitar mais prejuízos à plantação. Diante da informação de que o segundo círculo, distante cerca de 5 quilômetros à frente, estaria melhor conservado, Machado conta que fez algumas imagens, tirou medidas e seguiu em frente na expectativa de encontrar uma evidência melhor preservada. A pressa foi recompensada: de fato, desde o domingo anterior, quando tinha sido encontrado, um número menor de pessoas visitou o segundo círculo, que era mais difícil de ser visualizado da estrada. Apesar da diferença de estado, as similaridades entre ambos os desenhos espantaram o pesquisador. O amassamento do trigo no sentido horário – o trigo não estava quebrado – era evidente, apesar do pisoteamento pelos curiosos. Neste segundo agroglifo, Machado teve a oportunidade de, além das fotos, filmagem e conferência de medidas, colher amostras do trigo, da terra no centro, periferia e de fora do círculo. Neste momento, encontrou a primeira evidência intrigante que passaria martelar em sua memória a partir dali: no centro do círculo havia três pequenos buracos e a terra ali encontrava-se mais seca e mais dura do que na parte externa do desenho. Neste momento, conta que sua memória remeteu aos casos de soja que pesquisou anos atrás, na cidade de Maringá, no Paraná. Ambos os círculos tinham aproximadamente 18 metros de diâmetro em sua parte mais externa. Nos dois casos eram compostos de círculos internos menores, fazendo com que tivessem uma faixa de trigo não amassado com cerca de 1,5m de espessura. Nos dois casos, o pesquisador encontrou sulcos no interior dos círculos. Enquanto realizava a colheita de amostras, soube que mais um agriglifo tinha sido encontrado em uma cidade vizinha, denominada Xanxerê e programou-se para visitá-lo no dia seguinte. O pesquisador conversou com a família do proprietário da terra onde este segundo círculo de Ipuaçu se localizava e ouviu informações preocupantes. Todos os familiares estavam decepcionados com os boatos de estariam fazendo os círculos propositalmente para chamarem a atenção. Haviam decidido, inclusive, cortar o trigo do círculo no dia seguinte. Machado narra que chegou a ouvir de um dos parentes que o proprietário da plantação teria ficado deprimido a ponto de pensar em suicídio. Xanxerê e os primeiros relatos de OVNIs Na vizinha cidade de Xanxerê, onde chegou no dia seguinte, segunda-feira, o pesquisador conheceu o terceiro círculo da região. A cidade não falava em outra coisa e todo mundo sabia onde ficava o lugar. A decepção com o estado do desenho, desta vez, foi maior. O círculo maior estava praticamente todo desfigurado. Mas dessa vez era ladeado por outros quatro menores, e havia rumores destes terem sido tentativas frustradas de reprodução do grande, que tinha forma oval. No entanto, em todos os casos, além do trigo amassado em sentido horário, novamente havia os três buracos no centro. O agriglifo maior media aproximadamente 13,40m de largura por 15,40m no cumprimento. Os menores variavam de 3,61m a 5,90 e estavam organizados em dois pares, distantes 13 metros um par do outro. Neste terceiro local, uma evidência suspeita: uma garrafa Pet e um cabo de vassoura: um jornal local chegou a publicar a foto do que poderia ser um aparelho que facilitaria a criação dos tais círculos. Mesmo assim, o pesquisador não se convenceu, ponderando mais dúvidas sobre a relação entre os círculos dad diferentes cidades e o mesmo sulco central com a terra mais seca. Além disso, a esta altura da pesquisa, Carlos Machado começou a colecionar os primeiros de muitos relatos que se seguiriam de testemunhas de óvnis – na forma de bolas de luz – que estavam assolando toda a região. Quase sempre, os relatos associavam os objetos luminosos às regiões onde seriam encontrados os círculos mais tarde. Apesar da destruição, o pesquisador ainda teve acesso a imagens feitas em primeira mão por um morador, quando as formas eram perfeitamente visíveis. No dia seguinte, o pesquisador teve um encontro com o senhor Ivan Guedes Machado, fiscal federal agropecuário que, junto com sua esposa, a médica Bernadete Machado, especialista em geriatria e bastante conhecida na cidade, relataram ter sido perseguidos por duas luzes que os deixaram um pouco assustados durante uma viagem de Chapecó a Xanxerê. O insólito encontro ocorrera exatamente na véspera do surgimento dos de Xanxerê. O próprio Ivan, inclusive, avisou sobre a existência de mais um círculo em outra cidade próxima, Ouro Verde, há 13 km dali. Também foi ele quem apresentou ao pesquisador outra testemunha – uma senhora que não quis ser identificada nem permitiu a gravação de entrevista – que mostrou o local onde havia avistado um objeto iluminado também na véspera do surgimento da marca na plantação de trigo de Xanxerê. Ainda pela manhã, Carlos Machado voltou à cidade de Ipuaçu na tentativa de conhecer um terceiro círculo que havia surgido na manhã do domingo anterior. Quando chegou, o proprietário já tinha feito o corte para acabar com as visitas indesejadas. Mesmo assim, Machado contou com a ajuda do jornalista e também pesquisador Ivo Luís, da Rede Princesa de Xanxerê, que cedeu fotos e material na espectativa de colaborar para elucidar o mistério. O círculo dourado de Ouro Verde No mesmo dia, à tarde, o pesquisador resolveu ir até Ouro Verde para conferir o círculo relatado pela testemunha anterior. Já da rua principal podia-se observar o enorme círculo, mas o caminho havia sido bloqueado pelo proprietário com um trator para impedir a entrada de curiosos e pessoas não autorizadas. Ao saber do motivo da visita e das credenciais de pesquisador de Machado, o proprietário prontamente permitiu-lhe o acesso e o acompanhou para explicar a situação. Novamente, mais medições, aferições com a bússola e novamente os tais buracos pequenos no interior do agriglifo. Novamente, a lembrança do pesquisador para os casos de nas plantações de soja em Maringá, em 1991. Naquela época, no entanto, não havia amassamento da soja nos círculos. Apenas esta ficava em estado diferente do resto da plantação: mais madura em alguns casos, mais verde em outros. Outra diferença é que, naquela época, algo nos orifícios centrais interferia em bússolas. Nos atuais campos de trigo não. O círculo de Ouro Verde aproximava-se, em suas dimensões, dos anteriores: cerca de 20 metros de diâmetro. Sondas ufológicas e… sonoras De volta a Xanxerê, o ufólogo Carlos Machado terminava de dar uma entrevista ao jornal local quando foi acionado, por telefone, pelo senhor Ariovaldino Souza, um conhecido empresário da cidade, que informou a existência de uma testemunha de uma aparição que teria, inclusive, filmado o objeto. Tratava-se de 10 anos, cujo registro em vídeo fora feito na noite de sábado, véspera do surgimento de um do círculo Xanxerê. A testemunha morava na pequena cidade de Jupiá, com 2300 habitantes, distante cerca de 80 km de Xanxerê. No trajeto que o pesquisador planejara para o retorno, o desvio era pequeno e ele decidiu conferir logo depois de entrevistar uma família, ainda em Xanxerê, também testemunha de uma aparição. Neste caso, duas jovens, sua mãe e seu pai que relataram terem presenciado dois óvnis a cerca de 10 metros de distância. O relato, tomado em vídeo, foi feito por Adana Sevegnani, Menilda Sevegnani e a mãe delas, dona Gentilha Sevegnani. Curiosas e rara na Ufologia, a descrição das mulheres dá conta de que os dois pequenos objetos , além de fazerem vária manobras, emitiam um ruído semelhante a um zumbido. Eram duas bolas de cor branca fria, que pareciam adivinhar o caminho da casa das testemunhas. E o som pôde ser ouvido pelas testemunhas mesmo depois de entrarem em casa. Na direção onde os objetos teriam ficado sobrevoando ficava o trigal próximo à Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), lugar no qual, na manhã seguinte, surgiu o círculo oval e seus 4 vizinhos menores de Xanxerê. Evidência ufológica: filmagem Ao chegar a Jupiá, a extensão da jornada foi recompensada ao tomar contato com a evidência obtida pela menina Milena Destri. Ela havia filmado o pequeno objeto que teria sobrevoado sua casa. O jornalista Ivo Luís providenciou a cópia em CD em minha bolsa. Segundo contou a garota, enquanto filmava, ela procurou esconder-se atrás de duas árvores. Tinha medo da sonda que ora se aproximava, ora se afastava, mas não desistiu. O relato foi convincente para o pesquisador Carlos Machado, que descobriu horas mais tarde que o empresário Pelé, no mesmo dia e horário, também havia testemunhado o tal objeto.

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A soma dos episódios resultou na conclusão do pesquisador Carlos Machado de que, de fato, a região vivencia uma algum tipo de onda ufológica. Desta vez, no entanto, é diferente de qualquer outra que já tenha ocorrido no Brasil, já que vem acompanhada de uma manifestação similar à do fenômeno dos círculos ingleses que ficaram famosos no mundo tudo, inclusive eternizados pelo cinema. Até o momento, nas amostras que coletou, o pesquisador fez poucos testes: mediu a interferência magnética e elétrica usando uma bússola e magnetômetro eletrosensor (para maior exatidão), mas nada constatou. Ele espera a oportunidade de encaminhar o material para outros testes, possivelmente somando esforços com os demais pesquisadores que estão monitorando a região.

Em matérias publicadas no Portal UFO, o editor da Revista de mesmo nome, A.J. Gevaerd, arrisca uma comparação entre os recentes episódios e outros casos que ele próprio apurou no Estado de São Paulo, nas cidades de Buritama, Riolândia e Peruíbe. “Lá, tratavam-se de marcas de pouso de naves, os também conhecidos ninhos. Em Ipuaçu, são sinais, mensagens de comunicação como aquelas que apareceram na Inglaterra, na década de 70. A comunidade ufóloga ainda não tem interpretações sobre o significado dessas mensagens”, diz.

Fraudes já começaram a surgir

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Nem bem os círculos de Santa Catarina começaram a ser pesquisados, já surgiram os primeiros casos de fraude evidente. O próprio editor da Revista UFO descartou a autenticidade do agriglifo localizado na manhã de 16 de novembro em Xanxerê, na plantação de trigo que fica próxima ao campus da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc) e onde fora localizado o “instrumento de trabalho” dos fraudadores (cabo de vassoura e garrafas Pet). “Tamanho não bate, dobraduras não são parecidas, a espessura do primeiro anel não confere, enfim, as características gerais são totalmente diferentes”, escreveu.

Também foram descartados os círculos concêntricos achados em Sobradinho, no Rio Grande do Sul. Divulgado pelo jornal Gazeta do Sul, o episódio foi contestado pelo diretor do Museu Ufológico de Itaara, Hernan Mostajo. Além dele, para o Portal UFO, os pesquisadores do Núcleo de Estudos Ufológicos de Santa Cruz do Sul (NEUS), Rafael Amorim e Fernanda Karls, que estiveram no local, alertaram: “De imediato, constatamos que se tratava de algo feito pela mão humana”. Segundo eles, “o círculo encontrado apresentava características totalmente irregulares, com dois anéis medindo 1,20 m de espessura e 80 cm de distância um do outro”. Fontes: FuturAntiqua – Blog do pesquisador Carlos Machado. Jornal Gazeta do Sul. Portal UFO

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