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Objeto não identificado fica o dia todo nos céus de cidade no Rio

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Os moradores de Macaé, ao norte do Estado do Rio de Janeiro, não entenderam o que fazia uma estrela brilhante nos céus da cidade em plena luz do dia. O objeto surgiu por volta das 6 horas da manhã do dia 7 de agosto e permaneceu visível até o entardecer, durante cerca de 12 horas. Não apenas em Macaé, mas também nas cidades vizinhas como Rio das Ostras, o UFO foi visto e também filmado. A Revista Vigília recebeu um desses vídeos e encaminhou para a análise do especialista Ricardo Varela, engenheiro e chefe do setor de balões do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Outra filmagem, conseguida pelo pesquisador Lafaiete Cyriaco, em Macáe, foi exibida pela reportagem do Fantástico no dia 15 de agosto.

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Aparentemente sem luz própria, mas refletindo a luz do sol, o objeto, segundo dezenas de testemunhas, apresentava um lento deslocamento para noroeste de Macaé. Em outros momentos, o UFO parecia absolutamente estático. Na semana seguinte ao avistamento, diversas testemunhas entraram em contato com a Revista Vigília, via Internet, para relatar a ocorrência.

A geóloga que pediu para ser identificada apenas por Silva disse ter testemunhado a aparição. “Eu somente observei o objeto a olho nú. Dessa forma o objeto parecia um ponto brilhante um pouco maior do que o planeta Vênus quando o mesmo se encontra próximo ao horizonte”, relatou. “Também conheço vários colegas que puderam observar o objeto com binóculo e constataram o formato de estrela de cinco pontas. Além disso, a impressão de todos é de que o objeto possuía volume”, completou.

O leitor Marcelo Luz de Souza, 25 anos, desenhista, foi outra testemunha do episódio. “Foi um dos casos mais interessantes que eu já pude presenciar”, comentou. Enquanto observava, Marcelo revela que não notou deslocamento vertical ou horizontal do UFO. “Só apresentava um movimento, que era o de girar em torno de seu próprio eixo, às vezes com muita velocidade”, ressaltou, embora outros relatos e o filme de 8 minutos obtido pela Revista Vigília não confirmem esse fato.

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No dia seguinte, a aparição foi noticiada pela imprensa de Macaé. No jornal “O Debate”, a matéria da jornalista Isis Maria informava que “a Infraero não teve informações oficiais sobre o fato, reconhecendo, no entanto, que havia registrado e visualizado o objeto através de um binóculo de longo alcance, como informou o oficial Francisco na tarde de ontem (7/8/99) por volta das 17 horas”. Segundo o jornal, o funcionário informou que o objeto foi visto através de um binóculo de longo alcance, acrescentando que em decorrência da altitude estimada em 10 mil pés (apromidamente três mil metros de altura), o objeto estava fora do controle da unidade local.

A redação de Vigília tentou contato por telefone com a unidade da Infraero em Macaé. O superintendente do aeroporto da cidade, que identificou-se apenas como Ananias, não quis comentar o caso. “Aquela reportagem que apareceu no Debate traz todos os detalhes”, declarou, recusando-se a prosseguir com a entrevista.

Com a aparição do UFO no início de agosto, dias antes da passagem do dia 11 daquele mês, data para a qual muitos crentes das profecias de Nostradamus aguardavam um anunciado fim do mundo, os moradores de Macaé e arredores ficaram bastante apreensivos, com binóculos e lunetas em punho.

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Imagem intrigante
Mas não foi apenas em Macaé que o objeto chamou a atenção da população. Na cidade vizinha, Rio das Ostras, o funcionário público aposentado Rosenvaldo S. Ribeiro também viu e filmou o objeto. Ele forneceu à Revista Vigília uma cópia da fita, que foi encaminhada para análise. “Avisado por um amigo de Macaé, fiquei alerta e, às 15 horas, consegui filmar o OVNI”, contou Rosenvaldo.
Segundo o aposentado, que revela já ter registrado outros objetos estranhos no céu de sua cidade, o UFO parecia muito distante e alto, mas o céu limpo e claro ajudou na filmagem.

Com sua câmera com zoom digital de 140x, Rosenvaldo mostra o objeto praticamente estático no céu. Com a aproximação no ponto máximo e o UFO em foco, fica clara a forma de estrela de cinco pontas relatada pelas demais testemunhas do fenômeno.

As imagens foram enviadas ao engenheiro e ufólogo Ricardo Varela Correa, chefe do setor de balões do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Embora as análises ainda não estejam concluídas, ele adiantou à Vigília alguns comentários. Segundo Varela, a ausência de um deslocamento constante do objeto depõe contra a hipótese de tratar-se de um balão. Também seria praticamente impossível um balão a grande altura ancorado por cabos porque, afirmou ele, “além da dificuldade técnica de sustentar o peso de milhares de metros de cabos, um balão assim ainda apresentaria o movimento de pêndulo”.

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Aeronáutica não nega nem confirma detecção
Depois do avistamento em Macaé e de um segundo relato de Objeto Voador Não Identificado em Cubatão, em 21 de agosto (veja matéria nesta edição), a reportagem da Vigília enviou e-mail ao Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer), questionando se algum dos episódios produziu registro em radar no sistema de vigilância do espaço aéreo brasileiro, o Cindacta.
A resposta enviada pelo Centro não confirmou nem desmentiu qualquer registro nos dias informados. Resumiu-se a negar a existência de um setor específico da Aeronáutica que trate ou investigue assuntos relacionados a OVNIs. Além disso, garantiu a nota, “até então, não há registros de alvos não identificados que tenham representado algum tipo de ameaça”. Mesmo assim classificou as situações “esporádicas como essa” de “anomalias eletromagnéticas” que podem momentaneamente produzir um alvo não identificado no radar.

A seguir, o texto literal e integral do e-mail enviado à Vigília pela Divisão de Jornalismo do Cecomsaer em 31 de agosto:

“Em atenção ao seu e-mail, datado de 24 de agosto, este Centro informa que:
1. A Aeronáutica não dispõe de setor específico que trate e/ou investigue assuntos referentes a OVNI;

2. O Sistema de redares operado pela Aeronáutica foi concebido e montado com o fim precípuo de permitir a vigilância e o controle dos aviões que circulam pelo espaço aéreo brasileiro;

3. Na eventualidade de ser observado algo não identificado, o alvo recebe uma avaliação técnica própria no sentido de analisar so seu comportamento, antes de serem acionados os meios de defesa aérea;

4. Até então, nã há registros de alvos não identificados que tenham representado algum tipo de ameaça;

5. Situações esporádicas como essa decorrem, por exemplo, de anomalias eletromagnéticas que dependendo da intensidade chegam a sensibilizar os receptores do radar, produzindo momentaneamente um alvo não identificado na tela do monitor.

Atenciosamente,

CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA”

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