O aparecimento de uma luminosidade inexplicada na cidade de Boa Vista, em Roraima, Região Norte brasileira, foi narrado ao vivo na Internet, pelo IRC (sistema de conversa on line) da rede BrasNet. Às 23h05 do dia 18 de novembro, quando conversava com amigos no canal “#behappy”, a estudante de medicina Milene (seu nome verdadeiro foi substituído porque ela e a família preferem não ser identificados), de 19 anos, foi chamada pela família para ver “uma estrela diferente”. Sua mãe, seu pai e outras oito pessoas já estavam do lado de fora da casa observando o fenômeno.
O avistamento ocorreu no bairro Centenário. Segundo a estudante, a oeste de onde estavam e cerca de 30 graus acima do horizonte, puderam observar um objeto que “parecia ter uma luz diferente, que mudava de cor constantemente”. O irmão da estudante foi buscar o binóculo. “Era uma bola, cheia de luzes que mudavam constantemente de cor, passando do azul branqueado ao amarelo, ao verde, ao azul e ao vermelho. Poderia dizer que eram como cabeças de alfinetes em uma almofada de pano”, decreveu Milene.
A estudante acessou o canal #UFO e descreveu o fenômeno aos participantes do forum. Naquele momento, entusiasmada, comentou que em julho desse ano seu pai e sua mãe já haviam passado por uma experiência insólita, durante uma viagem pela rodovia que vai da cidade de Santa Helena de Uairem (na divisa do Brasil) a Porto Ordaz, na Venezuela.
Milene contou que apesar de estarem acostumados a observar muitos satélites na região –que é próxima à Base de Lançamento de Foguetes de Kourou, na Guiana Francesa, nunca tinham visto nada parecido. Nem mesmo há alguns meses, quando, segundo ela, um dos foguetes “saiu da rota e veio explodir acima da cidade, causando um enorme clarão que foi presenciado por toda a cidade”.
A luz observada pelas testemunhas estaria descrevendo um movimento no sentido leste-oeste e no sentido norte-sul, mais lentamente. O fenômeno durou pouco mais de 20 minutos, quando a luminosidade foi diminuindo gradualmente até finalmente desaparecer, um minuto depois.
Para o Chefe do Setor de Balões de Sondagem do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Ricardo Varela, é difícil determinar o que pode ter acontecido. Ele revelou que, como a região é próxima à Base de Kourou, o fenômeno poderia ter sido causado pela reentrada na atmosfera de um satélite ou estágio de um foguete. “Para você ter uma idéia, uma queda na vertical, em queda livre de 40km pode demorar de 40 a 60 minutos. Se o foguete reentra com um ângulo pequeno, pode demorar um bom tempo queimando. E para um observador distante, a distância percorrida pelo objeto seria pequena, apenas um risco no céu de alguns centímetros”, explicou Varela.
Varela lembrou ainda que pouco menos de 24 horas antes caiu no Pacífico Sul, entre o Chile e a Austrália, o foguete Proton, que transportava a sonda “Mars 96”. O lançamento foi feito a partir da base russa de Baikonour, no Cazaquistão, no dia 17/11, às 20h25 (horário de Brasília). A queda aconteceu no dia 18, aproximadamente às 23h30 (horário de Brasília), ao que tudo indica por causada por um problema no 4 estágio do foguete.
O controle da Missão Mars 96 foi feito a partir da base de Kourou. No entanto, pouco depois do lançamento, a nave perdeu o contato com a base e ficou sem telemetria. Por isso Varela não descarta completamente a hipótese do avistamento em Boa Vista ser uma parte do foguete Próton. “Não se sabe eh se o último estágio do foguete foi acionado. Aparentemente não. Mas caso tenha sido, nada impede que ele reentre na atmosfera no dia seguinte. Porém acho que seria coincidência demais nos horarios”, ressaltou Varela.
Família viveu momentos de tensão
por causa de fenômeno ufológico
Depois de relatar a curiosa observação nos céus de Boa Vista, a estudante de medicina Milene revelou à Vigília que seu pai e sua mãe já haviam experimentado momentos de tensão por causa de um fenômeno insólito. O fato teria ocorrido em julho desse ano.
Atendendo à solicitação da Vigília, seu pai, médico, enviou-nos via e-mail um relato completo do que testemunharam durante uma viagem a Miami, onde possuem uma propriedade. Temendo virar alvo de brincadeiras por parte dos colegas de trabalho, o pai da estudante solicitou que não revelássemos seu verdadeiro nome. Confira seu testemunho:
“A pedido de minha filha passo a relatar um acontecimento muito estranho que nos ocorreu dia 15 de Julho deste ano, quando viajavamos a Miami, pela rodovia que leva de Sta. Helena de Uairem, na divisa com o Brasil, até a cidade de Porto Ordaz, na Venezuela, onde pegaríamos o avião para os Estados Unidos. Esta estrada tem um percurso de mais de 700 km e leva-se mais de 10 a 12 horas de Santa Helena a Porto Ordaz, tendo em vista ser uma serra, e muito tortuosa. Nestas serras estão as jazidas minerais da Venezuela e o petróleo da bacia do Orinoco. Porto Ordaz é uma cidade industrial com refinarias de petróleo e mineração.
Pois bem, nesse dia perdemos o vôo de Santa Helena a Porto Ordaz e decidimos a fazer a viagem de D-20 com um amigo nosso, pois deveríamos estar em Miami no dia seguinte e não poderíamos perder tempo. Saímos de Santa Helena às 19 horas.
Era aproximadamente 21h30 quando nosso motorista nos alertou sobre uma luz intensa vindo das montanhas que ficavam ao lado esquerdo, leste, que parecia ser um avião ou helicóptero com holofotes. Mas a medida que avançavamos a luz começou a fazer evoluções sobre as montanhas –coisa que nenhum helicóptero ou avião poderia fazer– às vezes com rapidez incrivel, e outras desaparecendo repentinamente e surgindo noutro local.
Ficamos sem saber o que dizer. Era uma luz muito branca. Estávamos a cerca, pelos meus calculos, de mais de 3 km. desses morros. Aluz desapareceu. Começamos a rir, pois tudo nos parecia um mal visto, ou mal percebido fato.
Eu e minha esposa não acreditamos de maneira alguma em UFOS. Sou médico há 25 anos e ela Pedagoga há 18. Continuamos a viagem e, de repente, surgiu à nossa frente aquela bola luminosa, de l metro de diametro, cuja luz parecia como a de um raio. O motorista freou o carro instintivamente. Fechei os olhos porque fiquei cego sem poder enxergar nada. Abri novamente os olhos e ainda tudo à nossa volta estava claro, podia ver as pedras ao lado da estrada, a cor escura do asfalto, as folhas das árvores.
Não sei, mas acho que a luz passou por sobre o carro e desapareceu. O motorista ficou muito assustado. Descemos do carro; ele que é de Santa Helena, morador e negociante lá, não sabia o que dizer, só olhavamos uns aos outros, esperando que alguém desse uma resposta. Não havia respostas. Não sabíamos o que fazer, o motorista estava com medo de continuar.
Tentei dizer que estávamos em plena mata e na serra e que seria muito perigoso ficar à noite ali. A muito custo seguimos adiante. E por incrível que possa parecer, de novo a luz surgiu ao lado esquerdo e sobre as montanhas e nos acompanhou por mais de 1 hora, até chegarmos perto de um vilarejo. Aí paramos; era impossível prosseguir. O motorista foi acometido de fortes vômitos e de diarrea, talvez pelo seu emocional.
Ficamos no carro, parados e tentanto nos recobrar do susto. As cinco horas da manhã prosseguimos viagem, já com a luz do sol. Nunca havia falado nada para ninguém a não ser membros de minha família. Não sabemos o que foi. Se um fenomeno elétrico e atmosférico ou alguma experiência desconhecida. Nunca mais viajamos a noite por esta serra. E espero não termos de fazer esta viagem novamente, pois vamos seguidamente a Miami, pois possuimos negócios lá e uma residencia.”
