Vrillon: o dia em que alienígenas transmitiram uma mensagem pela TV

Se você tem quarenta anos ou mais certamente irá se lembrar de um dos casos mais intrigantes da ufologia mundial: Vrillon: o dia em que alienígenas transmitiram uma mensagem pela TV

Era uma tarde comum no dia 26 de novembro de 1977, quando moradores do sudoeste da Inglaterra que assistiam TV foram surpreendidos com uma interferência na transmissão ao vivo de um jornal local.

Alguém que se identificou como “Vrillon, um representante do Comando Galáctico Ashtar”, passou a transmitir uma mensagem estranha por quase seis minutos.

Uma mensagem de Vrillon

A imagem da TV tremeu levemente e o som da apresentação profissional de Andrew Gardner foi silenciado para ser substituído por uma voz distorcida.

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Enquanto os engenheiros da TV tentavam a todo custo derrubar a “transmissão pirata”, a imagem permanecia intacta. Apenas o áudio era diferente.

A mensagem era simples: nós humanos deveríamos desistir das guerras e adotar uma existência mais pacífica antes que fosse tarde demais.

Alienígenas transmitem pela TV

“Esta é a voz de Vrillon,  um representante do Comando Galáctico Ashtar, falando com você. Por muitos anos você tem nos visto como luzes nos céus”, anunciou a voz.

“Nós falamos a vocês agora em paz e sabedoria, como nós temos feito para seus irmãos e irmãs de todo o planeta Terra”, continuou.

Explicando que a Terra estava entrando em um novo tempo que poderia levar a uma era de paz e harmonia para toda a humanidade, a voz avisou que era hora de banir todas as armas de destruição em massa.

Vrillon: ovnis e alienígenas

“Todas as suas armas do mal devem ser removidas . O tempo para o conflito já passou e a raça da qual você faz parte pode avançar para os estágios mais altos de sua evolução, se você se mostrar digno de fazer isso. Você tem pouco tempo para aprender a viver juntos em paz e boa vontade. ”

Vrillon, presumivelmente se referindo ao avistamentos de óvnis, acrescenta:

“Nós assistimos vocês crescerem ao longo dos anos, assim como vocês também assistiram nossas luzes em seus céus”, continua e afirma que “existem mais seres na Terra e ao redor da Terra do que seus cientistas admitem”.

Seria uma piada?

Quem assistia imaginou tratar-se de uma piada. Mas quando o serviço normal foi retomado a emissora pediu desculpas pelo que chamou de “uma interferência no som”.

Já tarde da noite a própria emissora assumiu que tratou-se de um acontecimento estranho.

Com certa dificuldade para explicar o que tinha acontecido destacou que trabalharia para esclarecer o ocorrido. A resposta final, entretanto, nunca veio.

Autoria não reivindicada de Vrillon

John Reppion, autor e folclorista inglês acredita que aqueles que transmitiram a mensagem de Vrillon o fizeram com cuidado, escolhendo inclusive o horário.

“Obviamente, interromper uma transmissão de notícias em vez de um programa gravado não apenas garantiu um público mais amplo, mas também um público mais ‘sério’, emprestando muito mais gravidade à mensagem que seria transmitida”, destaca.

Ele lembra que à época, invadir uma rede de TV não era tarefa simples. Entretanto, ninguém reivindicou a autoria da invasão.

Uma mensagem de paz?

“A mensagem de Vrillon tem uma intenção pacífica, pedindo a remoção de todas as ‘armas do mal’ e prometendo que ‘aqueles que aprendem a viver em paz passarão para os reinos mais elevados da evolução espiritual’ no mundo”, explica.

“Não é uma mensagem ameaçadora com a intenção de causar pânico, como deveria ter feito a Guerra dos Mundos de Orson Wells”, continua Reppion.

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Um grande mistério até hoje

Ele lembra ainda que enquanto Vrillon foi “morto” de maneira direta – pois seus autores não tinham interesse aparente em fama ou publicidade – a excentricidade ajudou a manter esse ar de mistério sobre a coisa toda, e talvez transmita a ideia de que possa haver algo real naquela mensagem.

À época e por anos investigações foram feitas, mas nunca se chegou a qualquer conclusão e quarenta e dois anos depois tudo ainda é um grande mistério.

“É possível que Vrillon esteja realmente lá fora, nos vigiando e esperando que desistamos de nossas armas nucleares para que possa nos receber em uma comunidade interplanetária”, finaliza Reppion.