Agora que já enviou-se sondas a todos os planetas do sistema solar, principalmente Marte que conta atualmente com 5 missões em curso, já sabemos que nenhum corpo celeste (lua ou planeta), no sistema solar pode sustentar a vida tal qual a conhecemos, então, em breve, creio que os interesses dos cientistas deverão voltar-se para outras estrelas.
A questão que se coloca numa missão dessa magnitude é a distância. A estrela Próxima Centauri, a que fica mais perto de nosso planeta está a 4,3 anos luz, o que significa que a sua luz demora 4 anos e 4 meses para chegar até nós. Não seria possível nem mesmo comandar uma sonda a esta distância, visto que os sinais de rádio viajam na velocidade da luz. Desta forma, será necessário o desenvolvimento de naves totalmente automáticas capazes de tomarem decisões sozinhas diante do inesperado. Estou falando de inteligência artificial.
Felizmente a informática desenvolve-se mais rapidamente que a tecnologia espacial, então, poderemos esperar para breve (entre 10 e 20 anos), o desenvolvimento de capacidade robótica e de processadores capazes de auto-comandarem-se.
Fica ainda o problema da propulsão, pouso e decolagem em planetas alienígenas sem reabastecimento ou manutenção numa viagem que poderá durar séculos. Creio que a propulsão iónica escreverá um novo capítulo na história das viagens espaciais. Gasta pouco combustível dura bastante.
Concomitantemente teremos que resolver onde ir primeiro, afinal, Próxima Centauri está perto, mas é a mais interessante? Creio que não, por tratar-se de uma anã marrom. A tendência seria procurarmos por estrelas com magnitude e luminosidade semelhante ao nosso sol.
A nova geração de telescópios que deverão entrar em funcionamento a partir de 2.020, como o telescópio com interferometria, nos permitirá vasculhar as estrelas das redondezas e localizar aquelas que possuem planetas rochosos na faixa vital, aquela estreita faixa em que a Terra se encontra, onde a temperatura permite a existência de água em estado líquido. Esses a meu ver serão os alvos prováveis.
Resumindo então:
Nos próximos 20 anos teremos telescópios com capacidade de enxergar mundos em outras estrelas;
Nos próximos 30 anos já teremos conhecimento da maioria dos planetas extrasolares nas estrelas das redondezas e já estaremos pensando em como alcançá-los;
Nos próximos 30 anos teremos computadores com inteligência artificial, ainda que rudimentares;
Nos próximos 60 anos, estimo que teremos a propulsão com capacidade de levar uma nave a velocidade de 20% a da luz, além de pousar e decolar verticalmente em planetas e satélites;
Em 80 anos, alguma missão a outras estrelas deverá ocorrer e a duração deverá ser de aproximadamente 30 a 50 anos para obtermos os primeiros resultados.
Locais para pesquisa:
Alguém já pensou nisso. Quem puder assistir o documentário Missão Espacial, irá ver como uma missão assim se pode se desenrolar:
http://www.americanas.com.br/AcomProd/589/286827
Os ets já tiveram que pensar nisso. O Caso Betty Hill e o famoso mapa de Ms. Marjorie Fish na página abaixo mostra como o fascinante raciocínio de onde ir pode desenvolver-se:
http://www.gravitywarpdrive.com/Zeta_Re ... cident.htm
Estrela Próxima centauri (4,3 anos luz daqui):
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%B3xima_Centauro
Outras estrelas das redondezas galática:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:List ... C3%B3ximas
http://cass.ucsd.edu/public/nearest.html
Uma sonda interestelar
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