O Império da Mentira

[flasht]

Será a Ufologia o Império da Mentira?

O ninho cômodo, quente e úmido onde proliferam os falastrões, on intrujões e os farsantes?

Revistas e tablóides da imprensa marrom criam casos e torcem a verdade, transformando reentradas de satélites em discos voadores; traquinices agrícolas em círculos extraterrestres; Luzes de aviões viram naves extraterrenas.

A Ufologia no Brasil foi inaugurada com a terrível, abjeta farsa da Barra da Tijuca. O primeiro divulgador em rede nacional dos discos voadores foi um fraudador, que forjou fotos com um modelo de madeira. E continuou assim, pesquisando casos de discos voadores para sua revista. Os maiores e mais famosos casos ufológicos brasileiros tiveram seu nascedouro no caldo pestilento e aviltante da mentira e da falsidade.

E a tendência ( a regra?!?) continua.

Abjetos semi-analfabetos criam, a partir do nada, seitas de cunho extraterrestre. Têm a desfaçatez de comparecerem a programas popularescos explicando seus 'contatos' com seres angelicais em missão filantrópica (seria mais adequado dizer *pilantrópica*) em nosso mundo. O gesticular frouxo, a fala mansa, a voz em falsete, o virar de olhos a cada pergunta mais sensata... Não, não dão detalhes, não são objetivos. Vivem em contato com astronautas de outros mundos que não sabem dizer nada sobre teoria do vôo espacial, não entendem nada de tecnologia astronáutica e dão invariavelmente respostas evasivas.

O mito de Ashtar Sheran. Uma falácia, da qual muitos dos noviços aqui nem sabem a verdadeira origem: tem suas raízes no inefável personagem Orthon, criado pelo mentiroso monstro George Adamski em 1952 para alferir fundos mediante a venda de livros fantasiosos sobre irmandades espaciais. Uma legião de desavisados tomou, a partir daí, como verídicas as historietas carochinescas e adaptaram a falácia para divulgar idéias messiânicas de duvidosa criatividade.Fotografias de um terrível farsante suíço são tomadas como exemplo da existência de discos voadores vindos de outros sistemas solares. E são repetidas, com nauseante freqüencia, até que são aceitas como verdade!

Quem denuncia: "FARSA!!!"... é recebido com vagidos de ira, por parte de quem tomou as insanas fantasias como sendo não só verdades absolutas como (ah, incrível!!!) modo de vida.

A mentira grassa, grátis, gratuita. Cobrados são apenas os ingressos aos circos por eles armados. Cobradas são os exemplares de jornais e revistas que vendem a eterna ilha da fantasia em que se tornou a Ufologia;

Alguns auto-intitulados ufólogos, brigam, vociferam, puxam mútuos tapetes, num clima de competição desleal. Cada um quer a brasa para a sua pequena sardinha. E cabeças de bagre os aplaudem, sem imaginar o 'robalo' a que estão sendo submetidos (ou seria melhor grafar 'roubá-los?'). O disse-me-disse campeia, e a combinação pão-e-circo diverte quem olha de fora. E entretém os que não sabem do roteiro deste filme de horror (ou desta comédia pastelão).

A isso se somam em tempos hodiernos o advento da internet e seus monstruosos filhotes: O chupacabras (risos) canhestra invenção da mídia centroamericana, pródiga em mitômanos e sacripantas.
É incrível a proliferação de vídeos espetaculares no youtube, onde farsantes bebem suas fidedignas fontes de informações:
E a cada dia aparece uma nova filmagem de cristais de gelo fora de ônibus espaciais (transformados em UFOs), rastros de condensação de jatos (transformados em discos voadores), dirigíveis que se trasvestem de naves-mães; Autópsias de bonecos de ETs, mal-ajambrados, duros, impávidos, frutos de tôsca construção e criação esdrúxula.

E tudo isso é apresentado, com lustrosa cara-de-pau, como fatos, por gente que não sabe que deste modo a Ufologia segue, desavisada, mansa e tôla, para o abismo da palhaçada, da pusilanimidade, da falácia, da fantasia e da iniqüidade.

Onde está você, caríssimo membro do CUB? Dentro ou fora do Império da Mentira?

Na integra tópico do Júnior Miranda no orkut

[Latorre]

Ah, mas é mesmo... como nicho para picaretas, só perde para a religião.

Detalhe: ambos vendem brinquedos invisíveis.