Navios fantasmas...

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Euzébio
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Navios fantasmas...

Mensagem por Euzébio »

Na noite de três de agosto de 1942, dois oficiais estavam de serviço na cabine de comando do HMS “Jubilee”. Um deles era Nicholas Monsarrat, que se tornaria em poucos anos um escritor famoso com seu premiadíssimo livro “Mar Cruel”. Às 21 horas eles viram o Holandês Voador, com suas velas enfunadas, no centro de uma tormenta que se abatia sobre o Cabo da Boa Esperança. Existem registros no diário do Almirante Karl Doenitz, que os tripulantes de um submarino alemão enxergaram o navio fantasma na mesma região.

A lenda do “O Holandês Voador” data do século XVII. Ela narra a história do capitão Hendrick van der Decken, que ao retornar das Índias Orientais se vê frente a uma terrível tormenta no extremo sul da África. Quando a perspectiva de naufrágio é iminente, o capitão faz uma promessa desesperada. Se ele e sua tripulação forem poupados, permanecerão navegando até o dia do Juízo Final. Desde o surgimento da lenda, não foram poucos os navegantes que se defrontaram com o navio condenado em noites de tempestade. Alguns escritores, como Sir Walter Scott, auxiliaram a propagar a história de Hendrick van der Decken. Heinrich Heine criou a sua versão para a saga do navio fantasma, num livro publicado em 1834. Segundo o escritor alemão, o capitão do navio foi condenado pelo demônio a navegar pelo resto de sua vida. Apenas o amor incondicional de uma mulher poderia livrá-lo da maldição. A cada sete anos o holandês tem permissão de desembarcar num porto para tentar achar a amada que poderá lhe trazer a Redenção.

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Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Da mesma maneira como se observaram aviões deslizando em silêncio para o mar, também numerosos navios, muitas vezes de épocas passadas, foram observados do convés de outros navios, freqüentemente através de nevoeiros rodopiantes mas, algumas vezes, com tempo claro. Esses relatos, naturalmente, são o fio com o qual se tecem as lendas do mar, e os navios fantasmas do Triângulo das Bermudas e do mar dos Sargaços, que fica na parte leste do primeiro, vêm sendo avistados há séculos. desde os fantasmagóri­cos galeões espanhóis até o ubíquo Holandês Voador (Flying Dutchman). Algumas vezes, as aparições foram tão claras que a Guarda Costeira foi informada, e esta, embora não acredite em navios fantasmas, interessa-se por embarcações abandonadas e à deriva de qualquer tipo, sejam de construção moderna ou antiga.

Hadley Doty, ex-membro da Marinha Mercante, que traba­lhava para a United Pruit Company e também era oficial da Real Marinha Canadense, estava a bordo do Cyrus Field, numa missão de colocação de cabos, na primavera de 1946:

Estávamos a cerca de trinta quilômetros ao largo da costa da Flórida. Era uma noite clara. De repente, um vigia gritou: "Virar depressa, virar", o que significava que o navio devia mu­dar de curso tão rápido quanto possível.
O vigia viu um navio a vela de pano redondo cruzar nossa proa. Não puderam divisar ninguém dentro da embarcação, mas havia uma luz na parte traseira da cabina do comandante.
A alteração de curso foi registrada no diário-de-bordo e in­formada à Guarda Costeira em Nova York.
A Guarda Costeira nos disse que houve vários incidentes parecidos, aquela noite, entre Bimini e a Flórida. Não pensamos muito a respeito, na ocasião, mas, depois da Guarda Costeira dizer que não conseguira descobrir nada sobre a embarcação, co­meçamos a imaginar coisas.
A embarcação saiu do nada, e desapareceu de maneira igual­mente rápida.


Navios fantasmas, naturalmente, não são propriedade exclu­siva do Triângulo das Bermudas, mas aparecem nos mares do mundo inteiro. O Holandês Voador (Flying Dutchman), navio a vela que, segundo a lenda, foi condenado a cruzar os mares para sempre, com uma tripulação de esqueletos, porque o comandante desafiou Deus durante uma difícil travessia do cabo da Boa Espe­rança, tem sido visto, muitas vezes, segundo se conta, no mar dos Sargaços, bem como em muitos outros pontos, embora se possa supor que o nome tenha sido com freqüência empregado para se referir a qualquer aparição de navio fantasma observada por mari­nheiros ou vigias predispostos.

Um observador muito famoso e aparememente calmo do fenômeno do navio fantasma foi o ex-Rei Imperador da Grã-Bre­tanha, George V. O incidente aconteceu quando ele era ainda príncipe, e servia como cadete naval no H.M.S. lnconstant, no Pacífico, em 11 de julho de 1881. Depois do surpreendente acontecimento, o Príncipe George, calmamente, fez um informe do incidente, como o viu, no diário de bordo do Inconstant, em 11 de julho de 1881, um tipo de anotação que os oficiais de marinha, hoje, hesitariam em tornar oficial, mesmo que estivessem fora de questão sua reputação de veracidade e seu poder de observação. A bordo do lnconstant, uma dúzia de outros observadores. sem sangue real, declararam ter visto a mesma coisa. A anotação feita no diário de bordo do H.M.S. Inconstant diz o seguinte:

Às quatro da madrugada, o "Holandês Voador" cruzou nos­sa proa. Emitia uma estranha luz fosforescente, como a de um navio fantasma, toda esbraseada, no meio de cuja luminosidade os mastros, vergas e velas de um brigue a duzentos metros de distância ressaltavam em forte relevo, quando a embarcação apa­receu a bombordo da proa, onde também foi vista pelo vigia que se encontrava na ponte, além do aspirante no tombadilho, que foi enviado imediatamente para a proa mas, lá chegando, não havia à vista nenhum vestígio ou sinal de qualquer navio concreto, fosse perto ou em direção ao horizonte, embora a noite estivesse clara e o mar calmo.

(Charles Berlitz - Sem Deixar Vestígios - Ed. Fronteira)
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Britan
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Mensagem por Britan »

Tchhh falou no Flying Dutchman :shock: Desde que pequeno que sou colado na história dele, a primeira vez que soube da existência foi num "Tio Patinhas", sério
http://www.anozero.blogspot.com
(actualizado, com nova imagem novas funcionalidades, inclui feeds)
Alexandre
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Mensagem por Alexandre »

Bom, não sei nem como explicar, mas vamos lá.

Não poderiam estas imagens (visões) serem algum tipo de "memória territorial" (termo que acabo de imaginar), ou seja, um fenômeno capaz de registrar a passagem de algo em determinado lugar, em determinadas condições, sejam elas por exemplo, atmosféricas, eletromagnéticas, temporais, condições que sozinhas ou em conjunto propiciariam o "registro".

Vou tentar explicar: -

Lá pelos anos de 1800, por exemplo, ao passar pelo atlântico ocidental, uma embarcação qualquer passaria por um ponto equacionado por condições que desconhecemos, e estas condições "fotografariam" naquele local a imagem de tal embarcação. A partir daí, então, outras embarcações futuras, ao passar por este local, veriam a imagem da embarcação, que nada mais seria do que uma espécie de fotografia ou filme, o que sugeriria um "navio fantasma".

Desculpem aí gente, acho que viajei pra valer :!: :!: :!: :roll:
A ausência da evidência não significa evidência da ausência.
Carl Sagan
Bem-aventurados os que não viram e creram.
Jesus Cristo
Petrovski
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Mensagem por Petrovski »

É uma hipótese alexandre :wink:
Mas pelo que deu pra entender, parece que esse navio aparece em diversos pontos do mundo, então só se a fotografia se teletransportasse pelo planeta. :roll:
Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Britan, se eu te disser que comecei a me fascinar pelo misterioso através de histórias de Tio Patinhas, Mickey e Donald, você acreditaria?

Pois é.

8)

E quando eu éramos pequenos, meu pai nos comprou uma coleção de livros chamada Lendas e Histórias do Brasil, a coisa mais linda que meus olhinhos infantis puderam ver! Uma coletânea ilustrada de todas as nossas lendas, nossos personagens míticos, histórias de índios, caboclos, negros, portugueses - enfim, de todos que ajudaram a construir esta nação!

Curupira, Saci, Negrinho do Pastoreio, Boitatá, Mapinguri, Caipora, Iara Mãe d'água, etc, etc, etc...

Ô saudade...

:(

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Um bom exemplo do livro, aqui:

O Curupira

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Outro:

Quilombo dos Palmares

E mais:

Erva-Mate

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Entre outros, entre lágrimas...

:cry:
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Euzébio
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Mensagem por Euzébio »

Alexandre!...

:shock:

Adorei a sua teoria, realmente genial!

Procure desenvolvê-la um pouco mais, buscando alternativas para contornar obstáculos a ela.

Eu acredito em interferências espaço-temporais, mais tarde eu postarei alguns exemplos de navios que surgem, em flashes, fora de seu tempo.
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