Considerando-se que as distâncias estelares são dadas em anos-luz e que 100 anos-luz é considerado vizinhança estelar, então devemos considerar que uma raça alienígena desenvolvida deveria ser capaz de viajar milhares de anos-luz em bem pouco tempo. Mas, para nós que estamos na pré-história da tecnologia espacial, podemos considerar que uma exploração numa área de 10 anos-luz em torno do sol já seria muito animador.
Seria possível? Segundo tudo que sabemos – NÃO.
Nada pode viajar mais rápido que a luz. Então estamos condenados a este planeta e quando ele desaparecer toda a humanidade desaparecerá e com ela todos os animais, plantas, insetos e qualquer outra forma de vida que conhecemos.
Triste!
Se pelo menos pudéssemos explorar o sistema solar, mas Plutão está a uma distância de 5.913.520.000 km do sol e não creio que ficar 30 anos vagando pelo espaço seja uma missão que alguém em seu juízo normal queira encarar, portanto, viagens científicas no sistema solar para serem produtivas precisariam ser feitas em no máximo 3 meses. Se considerarmos que desse tempo, 1 mês seria para deslocamento e o restante para pesquisas, então seria necessário que a nave cobrisse a distância até Plutão em 360 horas (15 dias), ou 16.426.444 km/h. Ou seja, o pífio desempenho de nossas naves não é páreo nem mesmo para uma exploração do sistema solar.
Mas vamos dar uma olhada em nosso passado e fazermos algumas considerações.
O primeiro carro com motor a gasolina que se tem notícias foi o Benz Patent-motorwagen em 1.886 com a incrível velocidade de 16 km/h.

http://www2.uol.com.br/bestcars/ph2/225b.htm
Já em 15 de outubro de 1997, Noble e sua equipe escreveriam seus nomes na história cravando 1.232,66 km/h com ThrustSSC e quebrando a barreira do som num automóvel.

http://aventure-se.ig.com.br/materias/1 ... 41_06.html
Então temos que do primeiro carro a 16 km/h em 1.886, chegou-se a 1.232 km/h em 1.997, em 110 anos de desenvolvimento tecnológico, ou seja,o veículo de Noble foi 77 vezes mais veloz que o de Benz.
Está certo que se tratava de um modelo experimental e que os carros de rua são bem menos velozes. Mas mesmo considerando-se um modelo de rua como o Koenigsegg CCX que anda normalmente nas Autobans a 395 km/h, então temos um incremento de 25 vezes. A maioria dos carros alemães tem motores para ultrapassar os 250 km/h, mas por questões de segurança, existe um acordo entre o governo alemão e as montadoras para limitarem essa velocidade, assim eles vão até 250 km/h. Alguns modelos porém fogem a essa limitação, pois não é uma Lei, apenas um acordo e os esportivos mais apimentados geralmente não seguem esse regulamento.

http://www2.uol.com.br/bestcars/superca ... igsegg.htm
Os Ferraris também fogem a essa limitação e andam normalmente a mais de 300 km/h nas pistas alemãs. Poderiam fazer o mesmo no Brasil em estradas como a Bandeirantes, Imigrantes e Dom Pedro, se a infra-estrutura de serviços e segurança fosse adequada a isso, pois asfalto para correr temos.
http://www2.uol.com.br/bestcars/supercar2/f430.htm

Em 23 de outubro de 1.906, Santos Dumont decolou com seu 14 Bis fazendo um vôo precário apenas alguns metros acima do solo a velocidade de 36 km/h.
http://pt.wikipedia.org/wiki/14_Bis
Em 2.004 a Nasa estabeleceu novo recorde com um avião hipersônico a 7.700 km/h.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/in ... 00,00.html
Em 98 anos, a velocidade dos aviões aumentou 214 vezes. Tudo bem que se trata de um modelo experimental, mas se pegarmos um Blackbird SR71 que operava normalmente em march 3,2, ou seja, 3.532 km/h já na década de 1.970, então temos uma evolução de 98 vezes sobre a capacidade da primeira aeronave.

http://pt.wikipedia.org/wiki/SR-71_Blackbird
http://www.wvi.com/~sr71webmaster/sr-71~1.htm
http://www.habu.org/
O que há de mais moderno operacionalmente usado atualmente em naves espaciais é a propulsão por ions. A Deep Space 1 utilizou esse tipo de propulsão e atingiu a velocidade de 56.000 km/h.

http://en.wikipedia.org/wiki/Ion_thruster
Se considerarmos que é uma espaçonave pioneira nesse tipo de motor, então poderemos esperar um desenvolvimento de 200 vezes ou mais em sua velocidade máxima nos próximos 100 anos, o que nos levaria a estonteante velocidade de 11.200.000 km/h. Com essa velocidade daria para irmos a Plutão em 528 horas ou 22 dias. Não é uma Brastemp, mas já dá para começar. Até lá talvez encontremos novos sistemas de propulsão capazes de atingir pelo menos 50% da velocidade da luz e já poderíamos sonhar em explorar as primeiras estrelas.