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O que sabemos sobre o elemento 115, o combustível dos óvnis da Área 51?

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Desde que o físico Robert Scott Bob Lazar veio a público em 1989 afirmar que fez engenharia reversa em naves extraterrestres na Área 51, a Ufologia discute a existência do elemento 115, o combustível dos óvnis. Em 2003, quando cientistas russos sintetizaram um dos isótopos desse elemento – então ainda chamado provisoriamente Ununpentium – as explicações de Lazar e sua história caíram num terreno ainda mais arenoso.

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30 anos depois de Bob Lazar ter colocado a Área 51 no mapa, "nada do que Lazar disse foi refutado. Nada", disse. O mundo lhe deve um pedido de desculpas! (Foto: Reprodução/Netflix)
Bob Lazar: o físico que colocou a Área 51 no mapa.

Era um material radioativo e absolutamente instável, longe do metal alaranjado e com propriedades antigravitacionais descrito pelo físico norte-americano. Atualmente, rebatizado de Moscovium, o elemento 115 continua misterioso porque de fato é um material que, segundo as previsões dos cientistas, está dentro da “ilha de estabilidade”, ou seja, pode possuir pelo menos um isótopo estável o suficiente para se apresentar na forma de um material sólido e de alguma forma útil.

Mas Nathan Chandler publicou um excelente artigo no site HowTheStuffWorks (“Como as coisas funcionam”) que resume bem o que a ciência sabe até o momento sobre o elemento 115, ou Moscovium, e quais pesquisas ainda estão em andamento.

Chandler lembra que o Moscovium foi definitivamente adicionado à tabela periódica apenas em 2016, mas por décadas atraiu atenção extra por causa da suposta conexão com a tecnologia alienígena.

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Mas o que é o elemento 115?

O autor conversou por email com Jacklyn Gates, cientista do Grupo de Elementos Pesados ​​na Divisão de Ciência Nuclear do Laboratório de Berkeley, na Califórnia, que explica que “o elemento 115, ou Moscovium, é um elemento superpesado feito pelo homem, que tem 115 prótons em seu núcleo”.

Como acontece com todos os elementos da tabela periódica, o número do elemento corresponde ao número de prótons no núcleo atômico do elemento. “Isso é 23 prótons a mais do que o elemento mais pesado que você pode encontrar em grandes quantidades na Terra, o Urânio”, destaca Gates.

Elementos como o 115 não existem naturalmente. Não na Terra. São criados átomo por átomo em colisões dentro de aceleradores de partículas. Em geral existem por apenas uma ínfima fração de segundo antes de se transformarem em outros elementos. E os átomos de Moscovium criados até agora seguiram a regra. Em teoria, é um metal, do grupo do nitrogênio. Após ele, os cientistas também “descobriram” os elementos 113 (Nihonium), 117 (Tennessine) e 118 (Oganesson). Todos extremamente radioativos.

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Os cientistas normalmente descobrem quando criaram um elemento novo por detecção indireta, estudando os subprodutos resultantes das colisões, que denunciam qual foi o caminho de “decaimento” de um átomo.

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Gates confirmou a Chandler que o Moscovium “é especial porque está perto de uma ‘ilha de estabilidade’ prevista, onde alguns núcleos superpesados ​​podem ter vidas muito mais longas. Em vez de viverem por menos de um segundo, eles podem existir por minutos, dias ou até anos! Isso é longo o suficiente para que possamos usá-los para aplicações práticas “, diz ela.

Como foi fabricado o Moscovium

De fato, o elemento 115 foi descoberto – ou fabricado – em 2003, em Dubna, na Rússia, no Laboratório Flerov para Reações Nucleares, por um grupo de cientistas liderado pelo físico nuclear Yuri Oganessian. Na Ufologia, desde a época de Bob Lazar, o elemento 115 era chamado de Unumpentium e curiosamente esse nome chegou a ser usado provisoriamente. Mas ele acabou sendo definitivamente batizado de Moscovium, porque Dubna está em Moscou.

Para sintetizar o elemento 115, os cientistas aceleraram os átomos de Cálcio-48 (48Ca) a cerca de 10 por cento da velocidade da luz e então bombardearam Amerício-243 (243Am) com eles. Com as colisões, eles conseguiram fundir com sucesso os núcleos dos átomos 243Am e 48Ca e produziram quatro átomos de Moscovium.

O novo elemento tinha 115 prótons (20 do 48Ca e 95 do 243Am), e através dos detectores do acelerador os cientistas foram capazes de observar o elemento 115 decair no elemento 113 (Nihonium). Mas levou anos para a ciência descobrir outros detalhes do elemento 115.

Só em 2018 os cientistas do Berkley Lab descobriram que a massa, ou peso atômico do elemento (que corresponde ao número total de prótons e nêutrons no núcleo de um átomo) era de 288. Eles precisaram repetir todo o processo de síntese do átomo feito em 2003 e foram capazes de produzir cerca de um átomo de Moscovium por dia. Esse átomo foi capturado por um instrumento chamado FIONA (sigla de “For the Identification Of Nuclide A”, ou, em tradução literal, “Para a Identificação do Nuclídeo A”), que para olhos não treinados parece um pequeno cofre de banco de metal.

O elemento 115 e sua ligação com naves extraterrestres

Quando Bob Lazar surgiu com sua história, dizendo ser um ex-funcionário da Área 51, a mais famosa área secreta dos Estados Unidos, em Groom Lake, Nevada, afirmou que seu trabalho ultrassecreto era justamente fazer engenharia reversa de discos voadores alienígenas acidentados.

Lazar afirma que uma pequena quantidade de Moscovium, que ele chamava apenas de Elemento 115, dava às naves extraterrestres a capacidade de criarem seus próprios campos gravitacionais. O Elemento 115 era também o responsável pela propulsão dos discos voadores, de uma maneira que eles ainda não tinham compreendido completamente.

O físico atualmente administra a United Nuclear, uma empresa de suprimentos científicos em Albuquerque, Novo México, que comercializa de minérios radioativos e imãs superpotentes. E ele garante ter visto evidências de tecnologias de propulsão antigravidade em um total de nove naves alienígenas (ele apelidou-as de “modelo esportivo”) em forma de disco voador armazenadas em um hangar na Área 51, especificamente numa área chamada internamente de S-4.

À época, Lazar afirmava ser “impossível sintetizar um elemento tão pesado aqui na Terra… A substância tem que vir de um lugar onde elementos superpesados ​​poderiam ter sido produzidos naturalmente”. Ele também disse que chegou a sair da base secreta com um punhado do elemento 115, mas não chegou a ser capaz de apresentar qualquer vestígio do material como prova de suas alegações impressionantes.

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Aliás, a questão das provas sempre foi o calcanhar de aquiles de Lazar. O governo não confirma o emprego de ninguém que trabalhou na Área 51, obviamente. Mas sua formação acadêmica tampouco pode ser checada, pois seus registros misteriosamente desapareceram. Mas uma ampla pesquisa em torno de sua vida, grande parte dela feita pelo jornalista investigativo e atualmente pesquisador do fenômeno UFO George Knapp, nunca conseguiu refutar qualquer uma de suas alegações, afinal.

No entanto, a barreira da ciência – ao menos da ciência conhecida – ainda contradiz as afirmações de Bob Lazar. “Não há conexão entre esta descoberta [do Moscovium] e as alegações de Bob Lazar”, disse Gates a Chandler. “Atualmente, todos os átomos criados do elemento 115 decaíram rápido demais para serem usados ​​para alimentar OVNIs!”, avalia.

Contudo, até mesmo a ciência convencional vê algumas características interessantes no Moscovium. “O elemento 115 é especial porque podemos fabricá-lo mais facilmente do que alguns elementos mais leves, como o elemento 112 ou o elemento 113. Normalmente, à medida que adicionamos mais prótons, fica mais difícil fazer um novo elemento. Essa tendência é quebrada em torno do elemento 115. Devido a isso, fomos capazes de fazer mais de 100 átomos do elemento 115 e começar a entender suas propriedades nucleares e químicas”, diz Gates.

Comparação com o Ouro: 1 isótopo estável em 37

Após a publicação do artigo no site HowTheStuffWorks, o diretor Jeremy Kenyon Lockyer Corbell, que dirigiu o documentário “Bob Lazar: Área 51 e os Discos Voadores” enviou a Chandler e-mail com informações adicionais sobre Lazar e o elemento 115. Corbell ficou bastante próximo de Lazar graças ao documentário.

Ele explicou que quando Lazar apareceu pela primeira vez, em 1989, ele fez questão de explicar que não haveria razão para que uma versão do elemento 115 não pudesse ser sintetizada e observada em algum momento no futuro. “Na verdade – ele previu que seria observado (como muitos fizeram) – provavelmente não de uma forma estabilizada (por causa da improbabilidade estatística de obter um isótopo relevante). … O [isótopo descoberto em 2003] não é o isótopo que explicaria o que Lazar descreveu ter tido acesso enquanto trabalhava na Área 51 (no setor S4). Lazar relata que o 115 ao qual ele tinha acesso era muito mais estável”, explicou o diretor.

Corbell ressaltou ao site HowTheStuffWorks que “meu entendimento do pensamento de Lazar é que, com os avanços nas técnicas de bombardeio, novas combinações isotópicas seriam alcançadas. No entanto – assim como o ouro tem 37 isótopos diferentes e apenas um isótopo é estável – 115 é suspeito de ter isótopos de decaimento mais rápido… Portanto, esperançosamente, no futuro chegaremos a uma versão com meia-vida mais longa – mesmo que acabe sendo apenas alguns átomos dela. Isso seria legal – e um dia provavelmente acontecerá”.

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Bom, as dúvidas acerca do elemento 115 podem estar perto do fim. O artigo de Nathan Chandler lembra que os novos elementos superpesados foram descobertos aproximadamente a cada três anos – até recentemente. Agora, os pesquisadores devem injetar mais tecnologia e mais dinheiro em projetos que podem (ou não) gerar novos átomos. Um laboratório na Rússia – o Laboratório de Reações Nucleares Flerov – busca incansavelmente novos elementos, na esperança de expandir nossa compreensão do universo. Nos últimos 50 anos, o laboratório já fundiu e criou outros nove novos elementos.

Com informações de HowStuffWorks

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