Congresso dos EUA admite: pode haver óvnis “não feitos pelo homem”
Depois de anos de revelações sobre luzes e objetos estranhos nos céus, testemunhos em primeira mão de pilotos da Marinha sobre OVNIs e investigações governamentais, o Congresso dos EUA parece ter admitido algo surpreendente: não concorda que todos os OVNIs sejam “feitos pelo homem”.
Enterrado no fundo no texto, em um adendo à Lei de Autorização de Inteligência para o ano fiscal de 2023, orçamento que rege as iniciativas secretas dos Estados Unidos, o Congresso daquele país fez alegações surpreendentes. A primeira é que “ameaças transmídias à segurança nacional dos Estados Unidos estão aumentando exponencialmente”. E a segunda é que deseja que o Pentágono faça a distinção entre OVNIs que podem ser humanos e aqueles para os quais não há explicações convencionais.
“Objetos temporários não atribuídos, ou aqueles que são positivamente identificados como feitos pelo homem após análise, serão passados para os escritórios apropriados e não devem ser considerados sob a definição como fenômenos aeroespaciais-submarinos não identificados”, afirma o documento.
O Congresso quer que o escritório do Pentágono responsável pelo tema faça a distinção entre aparelhos que podem ser feitos pelo homem e fenômenos que podem ser extraterrestres, com tecnologia irreconhecível, para se concentrar na investigação destes últimos.
Uma ocorrência de “transmídia de domínio cruzado” é aquela que, com a ajuda da definição do Pentágono, pode fluir da água para o ar e até para o espaço, usando tecnologias que não entendemos. Em julho, o Pentágono introduziu a mudança de conceito para o estabelecimento do Escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios (sigla em inglês AARO), para analisar essas ameaças. A emenda ao orçamento pode reclassificar Fenômenos Aéreos Não Identificados como Fenômenos Aeroespaciais-Submarinos Não Identificados e renomear o Escritório do Pentágono de acordo com a nova denominação.
No ano passado, um vídeo vazado e confirmado pelo Pentágono mostrou justamente um UAP saindo do ar para um mergulho sob as ondas sem qualquer solavanco ou empecilho ao movimento.
“Espero que sejam extraterrestres”, disse senador
O senador Marco Rubio, vice-presidente do Comitê Seleto do Senado que supervisiona a inteligência já declarou publicamente que espera que os UAPs sejam seres extraterrestres e não armas de nações estrangeiras. Apesar de suas palavras, declarações recentes de outros congressistas tenderam justamente a associar os UAP a tecnologias convencionais.
A reviravolta que os analistas debatem agora é que, para o Congresso estar admitindo abertamente a possibilidade extraterrestre neste momento, é provável que os legisladores tenham razões mais complexas e preocupantes, que a maioria da população não tem conhecimento.
“É difícil acreditar que os legisladores incluiriam uma redação tão extraordinária na legislação pública sem evidências convincentes”, disse Marik von Rennenkampff, um funcionário do Departamento de Defesa da Era Obama, em um artigo de opinião no The Hill sobre o orçamento.
Com informações de Motherboard
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