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Chamado de vazamento do século, diálogo de almirante está no centro de novo rumor

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A comunidade ufológica os conhece como vazamento dos diálogos do almirante Wilson. Trata-se de um compêndio de 15 páginas publicado num site de imagens contendo informações bombásticas. Para alguns, trata-se mesmo do vazamento do século.

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Página 1 do Wilson Leaks - o diálogo que relata a descoberta que empresas privadas fazem engenharia reversa em OVNIs a serviço do governo dos EUA
Página 1 do “Wilson Leak” – o diálogo que relata a descoberta de que empresas privadas fazem engenharia reversa em OVNIs a serviço do governo dos EUA

As páginas apresentam a transcrição de uma conversa entre o vice-almirante da Marinha dos EUA e diretor aposentado da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA, Thomas Wilson e o cientista Eric W. Davis, que trabalhava em sistemas de propulsão exóticos para a EarthTech International, uma think-tank de tecnologia avançada estabelecida em Austin, Texas, a serviço do governo norte-americano.

Na longa conversa, que teria ocorrido em 16 de outubro de 2002, Davis relata a confissão de seu interlocutor sobre uma tentativa fracassada de obter acesso a um programa altamente classificado envolvendo uma nave extraterrestre recém acidentada. O cientista descreve o que Wilson lhe contou sobre um “briefing” de 10 de abril de 1997, onde ele (Wilson) recebeu informações do ex-astronauta da Apollo, Dr. Edgar Mitchell e Dr. Steven Greer (fundador do Disclosure Project) sobre um programa UFO classificado sobre o qual eles tinham informações chaves. Greer lhe apresentou um documento do National Reconnaissance Office (NRO) sobre o tema. A conversa foi confidencial e além de Greer, Mitchell e Wilson, participou também o Comandante da Marinha, Willard Miller.

Na época, Wilson era contra-almirante; além de Vice-Diretor da Agência de Inteligência de Defesa e vice-diretor de inteligência (VJ2), para os chefes de gabinete conjuntos. Ele ocupou o cargo de novembro de 1994 a setembro de 1997. Após o encontro, quando Wilson saiu perguntando sobre a existência do programa aos contatos oficiais, descobriu que isso envolvia um esforço corporativo de Pesquisa e Desenvolvimento, e incluía uma nave extraterrestre recuperada. No entanto, o acesso aos dados lhe teriam sido negados por três funcionários corporativos que trabalhavam para um importante empreiteiro aeroespacial dos EUA.

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Embora o encontro de Wilson com Greer e Mitchel em 1997 tenha sido confirmado de uma forma ou de outra em alguma época por ambos, Greer e Mitchell, e a história do diálogo em si já circulasse no meio ufológico, seu conteúdo ainda era um mistério. Mesmo assim, anos mais tarde, Steve Greer deu publicidade ao documento do National Reconnaissance Office (NRO) contendo palavras-código e locais que teriam desencadeado a tentativa fracassada de Wilson de obter acesso ao programa de OVNIs classificado.

Na avaliação do NRO, Greer já vinculava a informação à famosa, secreta e nunca comprovada operação Majestic 12 (ou Majic, ou ainda MJ-12), uma operação ultrassecreta que envolveria toda sorte de relacionamento com extraterrestres, em especial a assimilação de suas tecnologias pelos militares.

Depois disso, o tema ficou relativamente esquecido. O ano de 2007 foi uma das últimas vezes em que o astronauta Edgar Mitchell tocou no assunto, superficialmente, quando confirmou a reunião com Wilson. Mas a existência da transcrição do diálogo, no entanto, não era exatamente conhecida, embora uma pequena parte de seu teor tenha chegado aos olhos de Richard Dolan, prestigiado autor e investigador de histórias de acobertamento e conspirações ufológicas. No entanto, à época Dolan não teve elementos para checar a história.

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Então, no início de 2019 as 15 páginas chegaram às mãos dos pesquisadores Grant Cameron, Richard Dolan e Michael W. Hall. De lá para cá o documento vem sendo chamado por Dolan de “o vazamento do século”. Agora, está no centro de um grande rumor sobre o futuro do desacobertamento nos Estados Unidos.

Painel discute autenticidade do vazamento do almirante Wilson

No último dia 7 de julho de 2020, Grant Cameron, Richard Dolan e Michael W. Hall se juntaram a outros pesquisadores bastante ativos da cena ufológica mundial para discurir o documento e apresentar, de forma conjunta, os elementos que reforçariam a tese da autenticidade da peça. Entre elas estariam o conhecimento prévio de parte do material, além das fontes do vazamento aparentemente bem conhecidas dos pesquisadores.

A amplitude da história é tal que poderia ligar definitivamente as alegações de Bob Lazar sobre a engenharia reversa de OVNIs, o elemento 115 e o combustível dos UFOs, até as alegações bombásticas que viraram um livro do Coronel Philip J. Corso (The Day After Roswell).

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O painel com as conversas quase uma dezena de pesquisadores envolvidos no caso, composto de parte 1 e parte 2, foi publicado no Youtube. Até o momento dessa matéria, apenas a parte 1 estava publicada, no canal de Richard Dolan (Veja abaixo. Para quem não entende inglês, a dica é ver pelo PC, ativar a legenda automática e a seguir a tradução automática – na engrenagem).

Mas porque o tema almirante Wilson retornou agora?

Desde o reconhecimento oficial pelo Pentágono de que os OVNIs registrados pela marinha americana de fato tratavam-se de aeronaves desconhecidas, vem crescendo os rumores na Internet de que uma nova informação bombástica seria publicada, na forma de um artigo no New York Times. E ela viria através dos esforços da To The Stars Academy (TTSA), entidade que tem se esforçado para conseguir que o governo dos EUA reconheça a natureza insólita – e provavelmente alienígena – do fenômeno UFO.

A TTSA já foi uma das principais responsáveis pelo vazamento dos vídeos dos pilotos de caça da Marinha americana perseguindo UFOs. E dada a interface de alguns pesquisadores do caso do almirante Wilson, além da associação de Luis Elizondo, ex-chefe de um programa secreto de pesquisas de OVNIs (ou UAPs – Unidentified Aerial Phenomena) aos esforços da academia, essa especulação fica cada vez mais forte.

Agora é esperar para ver.

 

Transcrição do diálogo entre o almirante e o cientista Eric Davis

Conheça, a seguir, o teor do diálogo entre o almirante Wilson e o Dr. Eric Davis:

EWD: Ok, então, o que aconteceu em abril-junho de 1997?

TW: Depois de se despedir de Miller (semana depois, ele pensa) – eu fiz ligações, bati em algumas portas, falei com as pessoas – segui por 45 dias (por aí)

Sugestão veio de Ward (Gen. M. Ward) para percorrer os arquivos de grupos de registros (como um sistema de índice) no OUSDAT (Escritório do Subsecretário de Defesa para Aquisição e Tecnologia)
Entrou em Bill Perry em maio de 97 – falou sobre isso em voz baixa – ele sugeriu a mesma coisa
Eles me contaram sobre um grupo de gravações de projetos especiais que não pertencia ao SAP habitual – um subconjunto especial dos programas não reconhecidos / esculpidos / dispensados ​​- que não pertenciam às divisões SAP tradicionais organizadas em 94 pelo próprio Perry – separados do resto, mas enterrados / coberto por SAPs convencionais. (Transcrição / Resumo, pp. 6-7)
Wilson estava se referindo aqui a diferentes categorias de Programas de Acesso Especial (SAPs), onde os mais importantes – não reconhecidos / esculpidos / dispensados ​​- estavam escondidos atrás dos SAPs convencionais.

O método de esconder os programas mais altamente classificados por trás dos menos classificados foi verificado em um dos documentos da NSA vazados por Edward Snowden, chamado Sentry Eagle. Representava graficamente como as Informações Excepcionalmente Compartimentadas (ECI – uma classificação da Comunidade de Inteligência semelhante a um SAP não reconhecido usado pelo Pentágono) estariam escondidas por trás de um Programa Não-ECI (status de classificação semelhante a um SAP convencional)

NSA vazou slide mostrando o programa SENTRY EAGLE, onde diferentes programas do DHS, DOD e NSA clasified estão escondidos dentro de programas nacionais menos classificados. (NSA)

Wilson passou a descrever a empresa aeroespacial que dirigia o esforço de engenharia reversa classificada, sem nomeá-lo:

EWD: Quem era o contratante do projeto ou a agência do USG que administra o programa?

TW: Um empreiteiro de tecnologia aeroespacial – um dos principais nos EUA

EWD: quem?

TW: Segredo central – não posso dizer

EWD: empreiteiro de defesa?

TW: Sim, o melhor deles.

A referência ao “melhor deles” aponta firmemente para a divisão Skunkworks da Lockheed Martin, que tem um longo histórico de sucesso no trabalho em programas aeroespaciais de ponta. Por exemplo, o ex-diretor da Skunkworks, Ben Rich, gostava de encerrar palestras declarando: “Agora temos a tecnologia para levar o ET para casa”.

Slide Ben Rich é usado para encerrar as palestras com comentários sobre como levar para casa

Wilson explicou então o que aconteceu quando ele descobriu qual empresa estava executando o programa de OVNIs confidenciais e entrou em contato para obter acesso:

EWD: O que aconteceu com você encontrou contratado?

TW: Fiz várias ligações (no final de maio de 1997), primeiro para Paul, Mike e Perry para confirmar que tinha o contratado certo e o gerente do programa para conversar.

EWD: Eles confirmam?

TW: sim.

EWD: Então?

TW: (Fim de maio de 1997) Fez três chamadas para o gerente do programa – uma delas chamada em conferência com diretor de segurança e advogado da empresa.

Confusão da parte deles sobre o motivo pelo qual eu estava procurando por eles e o que eu queria deles ou queria saber.

Tom muito irritado de todos eles. [Transcrição / Resumo, pp. 8-9]

Wilson, em seguida, explica como lhe foi negado o acesso ao programa classificado de OVNIs pelas três autoridades corporativas (gerente de programas, diretor de segurança e advogado):

TW: Eu disse ao trio que queria briefing formal, tour, etc. – estava explorando minha autoridade reguladora como Diretora Adjunta DIA / Chefe Adjunto do Estado Maior J-2 – Disse a eles que não ser informado era a supervisão que eles precisavam corrigir – eu exigi!

TW: Eles precisavam discutir isso (sua demanda), então desligou. Recebi um telefonema dois dias depois e eles disseram que não queriam falar ao telefone e marcar um encontro cara a cara em suas instalações.

EWD: Você foi?

TW: Sim, dez dias depois (meados de junho ou mais). Voou para fora lá

Reuniram-se em sua sala de conferências em seu cofre seguro
Três deles aparecem
EWD: 3 caras com quem você teve telecon?

TW: Sim, mesmo 3

A íntegra do documento vazado, com suas 15 páginas, pode ser conferida neste link.

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