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Atividade de óvnis continuou intensa depois da “noite oficial”, revelam documentos

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O insólito acontecimento que viria a ser chamado de “Noite Oficial dos Óvnis”, em 19 de maio de 1986, transformou-se num dos mais bem documentados episódios da ufologia mundial. A liberação posterior de documentos secretos relacionados ao caso através do Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN), não apenas fortaleceu essa percepção como forneceu mais detalhes de ocorrências similares antes e também depois da chamada Noite Oficial.

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O Portal Vigília já abordou aqui os relatórios da Força Aérea Brasileira que fazem referência às condições absolutamente similares que haviam sido registradas 4 anos antes, em abril e maio de 1982. Mas é importante destacar que o SIAN também liberou relatórios que compreendem dias e semanas imediatamente posteriores a 19 de maio de 1986.

Relatórios e informes internos da FAB indicam que os fenômenos observados por pilotos e registrados por diversos sistemas de radar do Brasil continuaram acontecendo com intensidade relativamente alta ainda nas semanas seguintes. Toda a série de relatórios dos arquivos BR_DFANBSB_ARX_0_0_0245, (…)_0246 e (…)_0247 (clique sobre os nomes para baixar), além dos documentos BR_DFANBSB_ARX_0_0_0252 e BR_DFANBSB_ARX_0_0_0253 tratam igualmente de eventos envolvendo ufos e pilotos, ou UFOS e radares, ou UFOs e testemunhas em terra de 19 de maio de 1986 a pelo menos até o final de agosto de 1986.

Em um dos relatórios, de 24 de junho de 1986, o ajudante chefe controlador informa ao Capitão Franciscângelis [provavelmente o Oficial de Prontidão Operacional na ocasião], uma nova ocorrência com contato visual, perseguição por caças, detecção radar e aceleração instantânea de objetos voadores não identificados. O trecho a seguir foi extraído da página 17 do arquivo BR_DFANBSB_ARX_0_0_0246, liberado pela FAB:

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“As 2339Z o JBAZ realizando missão de interceptação, 44FI09 posição 70NM [milhas náuticas] na radial 360VOR AN, reportou contato com um objeto e interrogou se era “fantasma”. “THOR” não tinha contato radar com o objeto informado. Ambas as aeronaves tinham contato visual e logo a seguir contato no radar de bordo. Informaram ter contato a cerca de 08 NM.”
(…)
Durante a perseguição foi notada pelos pilotos a mudança de cor do objeto, variando de verde para branco e vermelho. Na última apresentação, já com proa de regresso, o JBAZ reportou que estava sendo acompanhado pelo objeto.
(….)
Quando do “debriefing” o piloto comentou que na descida acelerou até 1.2 Mach e notou grande velocidade do objeto pois este mudou da posição de 08 para 20 NM em cerca de 5 segundos.

Uma mudança que chama a atenção em praticamente todos os relatórios de óvnis posteriores aos eventos registrados anos antes, em 1982, envolvendo os controladores de radar, é que eles passaram a ser acompanhados de um questionário padrão respondido pelos pilotos das aeronaves relacionadas aos avistamentos.

Narrativa oficial sobre óvnis mudou algumas vezes ao longo da história

É interessante notar que a posição oficial do governo brasileiro em relação aos óvnis, através da FAB, mudou claramente ao longo dos anos na história da ufologia no Brasil. E os episódios envolvendo detecção radar 4 anos antes de maio de 86, além da fatídica noite oficial em si e as ocorrências que a sucederam, escancararam as incoerências.

No dia 23 de maio de 1986, o Tenente Brigadeiro-do-Ar Octávio Júlio Moreira Lima, que então ocupava o cargo de Ministro da Aeronáutica, concedeu uma entrevista coletiva à imprensa junto com os pilotos dos caças que haviam participado da perseguição aos 21 objetos detectados pelos radares entre os céus de Rio de Janeiro e São Paulo dias antes. Todos confirmaram os acontecimentos e Moreira Lima comprometeu-se a divulgar um relatório sobre o fenômeno o mais brevemente possível.

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No entanto, a liberação do relatório oficial só viria a acontecer de fato em 25 de setembro de 2009. A conclusão, objetiva e concisa, datada de 27 de maio de 1986, não podia ser mais desconcertante: “Como conclusão dos fatos constantes observados, em quase todas as apresentações, este Comando é de parecer que os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores, como também voar em formação, não forçosamente tripulados”.

Apesar disso, a FAB passou anos após maio de 1986 atendendo aos constantes questionamentos e pedidos de informações dos ufólogos e da imprensa em geral com uma resposta pronta, usada inclusive para responder ao Portal Vigília em algumas oportunidades (uma delas consta de um dos relatórios liberados no Arquivo Nacional):

“… Situações esporádicas como essa [de registros de alvos não identificados] decorrem, por exemplo, de anomalias eletromagnéticas que dependendo da intensidade chegam a sensibilizar os receptores do radar, produzindo momentaneamente um alvo não identificado na tela do monitor”.

Graças à publicação de respostas assim, não raramente “especialistas” e até mesmo astrônomos renomados chegaram a explicar as detecções de objetos nos radares em massa, mesmo quando eram observados simultaneamente por pilotos, testemunhas em terra e diferentes sistemas de detecção, como Júpiter, a Lua ou outro fenômeno ainda mais improvável.

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