
É, Jornada nas Estrelas acertou muito, mas devemos dividir os filmes em pelo menos duas fases, a primeira, aquela dos episódios de TV feitas na década de 60 e a segunda, aquela com filmes novos para cinema. Seguindo a onda do cinema, surgiram as séries caprichadas para TV que seguiram a mesma qualidade do cinema em episódios curtos. Coisa rara, pois geralmente as séries acabam deteriorando muito a qualidade.
Na primeira fase, as previsões eram ruins com computadores medonhamente grandes, botões enormes na nave, luzes piscando e roupas da década de 60. Não conseguiam mudar o figurino, mantendo cabelos a moda fuzileiro e brilhantina e roupas coladas no corpo. A coisa mais avançada que conseguiram fazer foi a idéia do teletransporte, mas acredito que essa idéia tenha tido origem na falta de uma idéia boa para sair de órbita. Então eles pensaram assim. A nave-mãe, no caso a Enterprise, só voa no espaço, pois não tem aerodinâmica para voar na atmosfera. Como a tecnologia dos foguetes ainda era rudimentar, acharam que deveria haver um modo mais leve de sacar uma pessoa da Terra para o espaço e assim nasceu o teletransporte. Vejam bem, isso é minha interpretação.
Já a 2ª fase, li a respeito que foram contratados especialistas da Nasa para imaginarem um futuro a 300 anos que fosse algo positivo e apresentasse uma tecnologia possível. Eles fizeram um bom trabalho e mantiveram na série a idéia do teletransporte, pois já havia sido consagrada pelos seus fãs.
Mas os intercomunicadores que usavam mesmo nos filmes como Episódio IV, eram de uma total falta de imaginação. Tudo bem que tinha um laser embutido, mas um celularzinho de R$ 99,00 dá de 1000 a zero naqueles comunicadores. No episódio de Jornada IV, o comunicador ficou sem bateria, de repente. Nem mesmo celulares sofrem panes assim, com toda precariedade de nossas tecnologias de fonte de energia atualmente. Daqui a 300 anos então, seria inadimissível um celular ficar descarregado por causa da radiação.
Bom, filme é filme e prever o futuro nunca é fácil, principalmente as coisas revolucionárias, como já foi dito aqui, mas se tivessem lido um pouco de matéria ufológica, teriam feito coisa melhor. Os ufos decolam na vertical, usam campos de força como propulsão não perdendo matéria pelo caminho, fazem manobras radicais, voam na atmosfera, e no espaço e ainda dão uma de submarino e tudo isso sem nenhum botão a bordo, tudo comandado telepaticamente. Isso é que é futuro.