Mas perder tecnologia é pouco ou quase nada se comparado à perda da própria escrita. Aos tempos de Jesus, os hieróglifos já representavam um grande mistério aos próprios egípcios! Simplesmente o povo “se esqueceu” como interpretá-los...
Outrossim, parece que perder tecnologia não é atributo único dos antigos egípcios: também os antigos gregos nos brindaram com o seu estúpido esquecimento. Apesar de o grande mestre italiano Leonardo da Vinci ser considerado o pai da engenharia mecânica ― foi ele quem utilizou pela primeira vez a engrenagem como mecanismo engenhoso ―, os gregos deixaram naufragar um impressionante computador astronômico em suas águas, mais de mil e quinhentos anos antes de da Vinci. Trata-se do mecanismo de Anticítera, encontrado no ano de 1900 por mergulhadores gregos próximo à ilha de mesmo nome. O que mais assusta neste caso não é o fato de o mecanismo datar de 65 ou 85 a.C., ou o complexo sistema de engrenagens e dispositivos, compreendendo 40 rodas de vários tamanhos, nove escalas móveis, três eixos, uma roda central de 240 dentes (com 1,3 mm de espessura em cada dente), ou o fato de a máquina já ter sofrido vários reparos na estrutura e nas engrenagens – o que denota que já estava em uso a bastante tempo (talvez fosse até mesmo uma relíquia para aquele tempo). O que mais impressiona é o fato de a História simplesmente ter ignorado a sua existência, ou melhor, a existência da mais fantástica maquina criada pelo homem antigo...

A Máquina de Anticítera
Mas, voltando aos velhos egípcios, nada se compara à construção da Grande Pirâmide de Gisé – ou melhor, nenhuma perda se compara ao desconhecimento de como ela foi erguida.
Como os 2.600.000 blocos de pedra, pesando várias toneladas cada puderam ser cortados, transportados, lapidados e assentados – sem o auxílio de ferramentas de ferro, nem de cavalos, e nem de argamassa ― diretamente de pedreiras situadas a quilômetros de distância? Como conseguiram lograr a precisão óptica dos blocos de revestimento, ajustada a nossos mais modernos requisitos (Norma DIN 875)? Como lograram orientar o monumento com mais exatidão que a que conseguiríamos se utilizássemos teodolitos, cronômetros, tabelas astronômicas e o melhor da agrimensura moderna? Como lograram mensurar a Câmara do Rei para conseguir um erro de paralelismo da ordem de 0,08 mm, ou uma diferença total de 3 mm no paralelismo dos lados da base da pirâmide? Como lograram nivelar essa base da pirâmide de tal forma que o ângulo S-E esteja apenas 15 mm mais alto que o N-O, tendo, ademais, uma zona rochosa no centro?
Nos baseando em Matemática pura e simples, se os esforçados trabalhadores tivessem erguido uma média de 10 enormes blocos por dia, em cerca de 250.000 dias (= 664 anos), teriam posto no lugar os 2 milhões e 600 mil blocos de pedra, até completar a incrível obra! Isto sem computar o nivelamento da base, a escavação das câmaras subterrâneas, os acessos a estas – tudo isto na rocha bruta...

Pirâmides egípcias
Mas este é um enigma que já tem solução – ainda que não reconhecida oficialmente: os enormes blocos de pedra foram fabricados – sim, isto mesmo, fabricados! – pelos egípcios...
Em 1988 editou-se nos Estado Unidos o livro entitulado The Pyramids, An Enigma Solved. Nele se recorriam investigações de um cientista nada suspeito de elucubrações. O doutor Joseph Davidovits, fundador do Instituto Geopolimérico de Paris, professor da Universidade de Toronto e diretor do Instituto de Ciencias Arqueológicas Aplicadas da Universidade de Barry na Florida, junto à doutora Margie Morris, da Universidade de Minnesota, puseram de manifesto o que revelavam as análises químicas e microscópicas efetuadas em rochas da meseta de Gisé.
Junto aos detalhados informes publicaram várias fotografias onde se pode apreciar-se a presença de pêlos, unhas, fibras têxteis e bolhas de ar na estrutura das rochas da Grande Pirâmide.
Ou seja, mais uma fantástica tecnologia perdida nas brumas do tempo...
Mas as descobertas não param por aí. No Museu Nacional de Bagdá, Iraque, há um artefato arqueológico que está constituido de um vaso de terracota de dezoito centímetros de altura, um cilindro de cobre um pouco mais curto e um bastão de ferro oxidado no qual se aderem restos de betume e chumbo. Esse curioso vaso foi encontrado em 1936 pelo arqueólogo alemão Wilhelm König durante escavações nas cercanias de Bagdá.
As pesquisas confirmaram que se tratava de uma bateria elétrica! O interior do vaso contém um cilindro feito de uma fina película de cobre de cerca de doze centímetros de comprimento e 2,5 centímetros de diâmetro, soldado com uma liga de zinco e chumbo. A base do cilindro é formada por uma tampa de cobre hermeticamente fechada isolada internamente com betume. A extremidade superior do vaso estava lacrada com uma tampa de betume. Através dessa tampa projeta se, isolado do cobre, um bastão de ferro de 11 centímetros de comprimento introduzido profundamente no cilindro. Quando cheio de uma solução ácida obtém se um elemento galvânico.

A Pilha Elétrica de Bagdá
Teriam baterias como esta sido utilizadas também no Antigo Egito? Antigos relevos de paredes em uma cripta subterrânea de Dendera, ao norte de Lúxor, confirmam estas suposições.

Representação de uma lâmpada elétrica?
O que mais nos falta descobrir sobre a tecnologia perdida das grandes civilizações do passado? Até quando vamos ignorar esta superioridade tecnológica? Qual a verdadeira história das civilizações?
Como diriam os antigos: “Oh, Egito! Egito! De teu saber restarão apenas fábulas, que a gerações futuras parecerão inacreditáveis!” (Lucius Apuleius, filósofo romano, século II d.C.)
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