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Uma imagem (de UFO) vale mais do que mil palavras?

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Será mesmo que uma imagem ainda vale mais do que mil palavras, como diz o ditado popular, em se tratando de UFO? Bem, a resposta simples é: depende. O aperfeiçoamento da tecnologia traz também uma série de novos desafios à busca por respostas para o fenômeno UFO.

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Basta uma rolagem de tela num dos muitos perfis divulgadores da temática ufológica no Instagram, por exemplo, para sermos bombardeados por fantásticas cenas que vão de luzes em trajetórias impossíveis a discos voadores nítidos em acrobacias sensacionais. O Portal Vigília já abordou em matéria, inclusive, desse casamento quase perfeito entre o Instagram e a temática óvni.

 

Vídeo enviado por “direct” por um perfil no Instagram (Andrei): fantástico… exceto que, embora diga o mês e onde supostamente aconteceu (janeiro de 2020, Morro da Baleia, Chapada dos Veadeiros – Goiás), não revela em que condições, quem fez, o que estavam fazendo as testemunhas. O autor não retornou nossas mensagens.

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A chegada da internet e, a seguir, o surgimento dos smartphones cada vez mais cheios de recursos e suas câmeras cada vez melhores parecia o cenário perfeito para a procura por uma prova perfeita no campo da Ufologia. Uma parte desse encantamento ainda persiste nas redes sociais, onde os ufólogos – experientes, aspirantes ou apenas entusiastas – encontram material farto para o exercício diário da dúvida.

Exato: da dúvida. Porque é aí que mora o problema: este avanço dos mecanismos usados para a captação de belas imagens de óvnis, discos voadores ou seus tripulantes alienígenas não veio sozinho. Junto com ele chegou outro, igualmente veloz e impressionante: o desenvolvimento dos softwares (ou aplicativos) de edição e retoques de imagens.

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O que antes demandava um profissional gabaritado, com vasta experiência para operar um pesado e complexo programa de edição gráfica no computador, hoje pode ser feito com apenas alguns cliques, filtros e macros especializadas; na maioria dos casos, pode-se utilizar o próprio celular!

Registro em vídeo ou foto de UFO: perguntas básicas

Toda vez que recebemos um vídeo ou uma imagem no Portal Vigília, tentamos interagir com a testemunha, autor ou autora para responder primeiro algumas questões fundamentais: Quando? Onde? Como? E, em geral, “por quanto tempo?”. No jornalismo, aprendemos e nos acostumamos com uma variação disso, que inclui o “o quê? e o “por quê?”. Mas nem sempre estas duas têm aplicação prática em se tratando de vídeos e fotos de óvnis.

Principalmente para aquelas imagens nas quais uma análise superficial não mostra sinais de manipulação, responder a estas perguntas é essencial. Não se trata de duvidar da testemunha. Mas de entender o contexto. E sim, isso é fundamental. Claro, um pesquisador experiente vai completar com outras perguntas, tentando remontar precisamente tudo o que aconteceu antes, durante e depois do fato, para tentar esclarecer as potenciais motivações e desdobramentos do acontecimento.

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Mas o fato é que uma pesquisa eficiente precisa descartar uma série de possibilidades que nem sempre as testemunhas conhecem. Mesmo que acreditem que conheçam. Fatores como o micro balanço natural do corpo, até mesmo distúrbios como hipercinesias; ou ainda efeitos de zoom e mudanças posição de câmera; sem falar em aeronaves, diferentes tipos de balões ou fenômenos naturais já descritos, mas às vezes observados em situações muito incomuns.

Nada disso costuma passa na cabeça de quem, no calor dos fatos, pensa estar registrando a imagem de um legítimo UFO!

Além disso, há um compromisso tácito com o leitor para entregar a informação mais completa. É essa informação que vai permitir, caso possível, mapear outras experiências e outros relatos naquela região, na mesma data, ou potenciais desdobramentos do primeiro testemunho. Se não for assim, a divulgação ufológica assume outro caráter: o de apenas promover entretenimento.

Mesmo uma análise forense, sem esse contexto, pode ser induzida ao erro. Recentemente publicamos matéria a respeito da análise de uma filmagem impressionante que circulava nas redes sociais há algum tempo. Nela, um suposto alienígena conversa com um humano.

Trata-se de análise bem interessante e tecnicamente correta até, exceto por detalhe: nada foi feito baseado no vídeo original. Todos os dados foram obtidos em capturas de tela extraídas de um vídeo pré-processado, publicado numa rede social!

No fim, a análise foi publicada mais pelo inusitado do vídeo, pela didática e por ser uma primeira tentativa de abordar de forma mais objetiva uma filmagem curiosa. Mas o texto fez questão de destacar que a abordagem adotada pelo analista é completamente inócua na determinação de qualquer parâmetro objetivo do vídeo em si, justamente por não se utilizar de um arquivo de vídeo original.

 

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por UFO Videos (@ufodaily_) em

Acima, mais um exemplo daqueles vídeos fantásticos!!!! Mas… uma daquelas imagens sem qualquer ponto de referência e sem absolutamente NENHUM dado de origem! Um belo ENTRETENIMENTO!

 

Na verdade, acaba sendo bastante frustrante cada vez que nos deparamos com um excelente registro de óvni, sem esses elementos de contexto. Primeiro, porque essa ausência não permite inferir quase nenhum dado relevante sobre o avistamento. Depois, porque ainda que possa ser uma legítima manifestação do fenômeno óvni, continuará deixando margem para a dúvida e o ceticismo.

Assim, se você está guardando consigo aquele vídeo sensacional de um disco voador e quer dividir sua experiência com outros entusiastas da Ufologia, por favor, ao publicá-lo, lembre-se das perguntinhas básicas: onde, quando, como e por quanto tempo.

Este pode parecer um passo pequeno na pesquisa, mas é um passo fundamental na direção da elucidação definitiva desse intrigante fenômeno UFO!

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