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Pesquisa sobre ETs de Varginha poderá ganhar novos contornos, 11 anos depois

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No dia 25 de novembro de 2006, convidados para palestrarem num congresso de esoterismo promovido por uma loja maçônica em São Paulo, alguns dos principais pesquisadores de OVNIs do país aproveitaram o encontro para dar os primeiros passos no sentido da retomada da pesquisa – e da visibilidade – daquele que é considerado o incidente Roswell da Ufologia Brasileira: o Caso Varginha.

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Numa reunião reservada, integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), decidiram concentrar esforços na descoberta do paradeiro atual dos militares que participaram da suposta operação de captura de entidades alienígenas e destroços de uma nave extraterrestre que teria se acidentado na cidade mineira de Varginha em janeiro de 1996.

E mais: “suposta operação” para a comunidade leiga, porque para esses pesquisadores a operação é uma certeza corroborada pelos depoimentos dos próprios militares envolvidos. Depoimentos estes que já estariam gravados em vídeo e dependendo apenas das autorizações de seus protagonistas para serem expostos ao público.

Até a data da reunião, sob a coordenação do editor da Revista UFO, A. J. Gevaerd, a CBU era composta pelos pesquisadores Marco Petit, Rafael Cury, Claudeir Covo, Reginaldo Athayde e Fernando Ramalho. No dia em que foi definida a nova estratégia para a pesquisa sobre Varginha, ganhou novos membros: Ricardo Varela (engenheiro), Gener Silva (advogado), Luciano Stancka (médico), Wallacy Albino (apresentador) e João Oliveira (publicitário) foram integrados ao time.

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O acréscimo, oficialmente explicado na lista Revista UFO Online como uma medida para “a partir dos primeiros meses de 2007, com a campanha reformulada e intensificada, buscar a liberdade de informação na área ufológica brasileira”, teria também a função de melhor distribuir tarefas na busca pelas autorizações de veiculação pública dos depoimentos militares que já estariam em poder dos ufólogos.

Segundo a nota veiculada por A. J. Gevaerd acerca da mudança, os pesquisadores incorporados à Comissão são alguns dos “mais atuantes e comprometidos ufólogos, e alguns foram selecionados com base em seu histórico de serviços prestados à Ufologia Brasileira e disponibilidade de atuação no movimento, além, é claro, da decisão de abraçarem a causa da campanha ‘UFOs: Liberdade de Informação Já’”. Ocorre que, além do alto conceito que gozam na comunidade ufológica, pelo menos dois deles – Wallacy Albino e Ricardo Varela – acompanharam de perto a pesquisa do Caso Varginha desde seu início.

Já durante sua palestra no Congresso que favoreceu a reunião dos pesquisadores em novembro último, o ufólogo Marco Antônio Petit deu uma pequena amostra da nova abordagem sobre Varginha. Apresentou documentos originários da Escola de Sargentos das Armas onde estariam indícios de manipulação e coação de testemunhas para descaracterizar a presença militar na região. Parte das peças só recentemente foi adicionada ao pacote de documentos colecionados pelos pesquisadores, graças ao que garantem ser novos “vazamentos” por informantes militares.

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Dentre as recentes revelações públicas, está o fato de que alguns dos próprios ufólogos foram convidados a prestar depoimento em sindicância interna da ESA, conforme a portaria militar número 033-AJ-G2. Para Petit, embora parecesse à primeira leitura que o objetivo da sindicância era investigar se os fatos narrados realmente teriam ocorrido, o real propósito seria identificar as fontes de vazamentos: os informantes militares.

Outra peça importante agregada à análise do caso, conforme exposto por Petit, foram cópias de depoimentos que teriam sido colhidos durante a sindicância com os militares que já haviam sido publicamente relacionados ao caso, onde a ESA estaria buscando situá-los em serviços e horários incompatíveis com a participação na operação denunciada pelos ufólogos.

Em tais declarações, no entanto, na opinião do pesquisador, é facilmente identificado um padrão de texto que só se modifica nos campos destinados a nomes, locais e assinaturas. Um dos textos chega a deixar partes em aberto para preenchimento posterior. Porém, as cópias em poder de Petit, apesar de conterem dados de acesso restrito à ESA, como a filiação dos depoentes, números de suas identidades militares e declarações perante o sindicante, não são cópias assinadas.

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O Portal/Revista Vigília conversou com o pesquisador Marco Antônio Petit acerca dessa nova fase da pesquisa sobre o Caso Varginha. Ele confirmou a existência das gravações com depoimentos e a intenção de conseguir torná-las públicas, o que não foi feito até agora por receio dos pesquisadores de causar prejuízos aos militares que aceitaram contar a história.

Portal/Revista Vigília: Sobre essa história de retomar os contatos com os militares, em qualquer lugar do Brasil para onde tenham ido, para conseguir as autorizações de divulgação. Já iniciou-se essa busca? Ela tem prazos? Metas definidas?

Marco A. Petit: “Estamos procurando saber do paradeiro realmente dos militares que se envolveram com o Caso Varginha. Estamos no início deste processo, mas os militares que prestaram os depoimentos gravados parecem que estão ainda na ativa. Vamos buscar depoimentos de outros que ainda não colaboraram com as investigações”.

Vigília: O que, em sua avaliação, levou a essa decisão? A que ponto anda o trabalho? O que mudou agora, quando isso pode ser planejado, em relação a antes?

Petit: Nestes últimos anos conseguimos avançar um pouco, apesar das dificuldades. O envolvimento de norte-americanos hoje parece mais certo e definitivo. Eles estiveram realmente em nosso país com a finalidade de no mínimo “colaborarem” com nossas autoridades e deram uma espécie de assessoria, isto para não falarmos da suposta pressão, que, segundo o nosso último informante militar, aconteceu para que nosso governo aceitasse liberar para translado para os EUA os materiais ligados ao caso, que haviam sido recolhidos no sul de Minas (destroços da nave e os próprios seres).

Vigília: Comenta-se que a demora do governo e das forças armadas brasileiras em liberar informações oficiais tem irritado informantes militares e despertado seu patriotismo… Isso é fato? Até que ponto esses informantes têm colaborado?

Petit: Existe realmente um descontentamento dos militares favoráveis ao fim do acobertamento com a paralisação do processo de abertura iniciado por nossa Força Aérea. Estas pessoas acreditam que já chegou o momento deste processo ter seguimento para que a população do país possa ser finalmente informada do que acontece “sobre nossas cabeças”.

Vigília: Um trunfo importante que os ufólogos obtiveram à época da pesquisa sobre Varginha foram as fitas com depoimentos dos militares… Muita gente fala dessas fitas… Mas poucos realmente as viram. Elas realmente existem? Quantas são?

Petit: As fitas com os depoimentos dos militares continuam com as mesmas pessoas desde à época em que foram gravadas. Existem cópias suficientes que garantem a preservação das informações recebidas mediante os contatos com nossos informantes militares. Mas não posso prever quando poderão realmente ser liberadas. As informações contidas nas mesmas, entretanto, já foram divulgadas e serviram para que tivéssemos uma visão geral da história. A existência destas fitas não é algo fictício, como alguns imaginam. Eu mesmo fui o responsável pela gravação de uma destas. O número total desta fitas, entretanto, faz parte do tipo de informação que deve ainda continuar uma interrogação, pois está relacionado ao número dos próprios informantes militares.

Toda a cronologia do Caso Varginha, bem como as últimas informações e a análise dos principais ufólogos da CBU, estão disponíveis no site http://www.casovarginha.com.br, mantido pela Revista UFO.

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