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Opinião

O fanatismo e a Ufologia

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A trágica morte dos 39 membros da seita Heaven’s Gate (Portal do Céu), na Califórnia, EUA, gerou muita polêmica e discussão nos meios ufológicos dentro e fora da rede mundial dos computadores. O episódio, analisado num outro contexto que não o da seita em si, traz o exemplo de um comportamento extremista e esdrúxulo cuja tendência é crescer até a virada do milênio. Infelizmente –e não se trata esta de uma previsão sobrenatural, mas um argumento baseado na história da humanidade– poderemos ter mais mortes, mais atitudes irracionais para aumentar a perplexidade da sociedade.
Seitas e doutrinas apocalípticas aparecem a todo instante no mundo. Não se sabe por qual lógica, normalmente escolhem datas “redondas”, como o ano 2000, para programarem seu próprio fim de mundo. Seria cômico, até, não fosse trágico: indivíduos que se pretendem libertos de outras religiões baseando-se num calendário cristão e arbitrário para predizer o juízo final, ainda que este seja levado a cabo supostamente por uma entidade extraterrestre.
No Brasil, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) citada pela revista ISTO É de 14 de abril de 97, há mais de 30 milhões de fiéis em seitas que praticam uma infinidade de formas de culto. Isso é especialmente perigoso para uma área como a Ufologia. Todo campo incerto é prato cheio para manipuladores. A fé e a esperança são mercadorias muito sutís e ao mesmo tempo muito fáceis de se vender.
Tem gente disposta a acreditar em qualquer falácia na busca por respostas que são, via de regra, anseios individualistas e egocêntricos; uma fuga para não encarar o desafio, este sim, importante: aceitar a luta diária em busca de um mundo melhor, mais justo e igualitário, proporcionando maior qualidade de vida para todos os cidadãos.
A Ufologia ainda está por definir um papel. Enquanto persistir a incerteza e o discurso do “acredita quem quer”, não terá ela saído do mesmo arenoso e fértil terreno das seitas e doutrinas, apocalípticas ou não. E se mesmo em campos da ciência ortodoxa há indivíduos sujeitos a comportamentos e atitudes relacionados aos chamados “complexos de Deus”, não está isenta desse risco a chamada Ufologia Científica.
O fato é que se quer resposta a uma questão fundamental: estamos sós no universo? Esta dúvida não tem paradoxos. A resposta é um sim ou um não. E qualquer das alternativas tem que ser amplamente pesquisada e divulgada para produzir um salto de qualidade ao pensamento humano. Em caso afirmativo –a solidão universal– é preciso utilizar essa resposta para gerar-se uma consciência maior de presenvação da vida. Da mesma forma, a resposta negativa –a conclusão de que não somos os únicos– é a oportunidade que poderemos ter de desenvolver o espítito de solidariedade, preservação da espécie e da identidade humana.
No entanto, ambas as alternativas são bastante claras e objetivas. Não há espaço para o “quase”, o que significa que apenas uma pode ser verdadeira. E assim sendo, a resposta correta é factível de comprovação. E é isto o que se deve buscar, antes de qualquer especulação. Aí sim se estará reduzindo o espaço para proliferação de lunáticos e fanáticos cujas intenções são fruto de uma visão de mundo deturpada, construída a partir de conceitos subjetivos e egoístas.

Boa navegação!

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