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Milagre do Sol em Fátima: a igreja transformou um contato óvni em aparição divina?

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O Milagre do Sol em Fátima: a igreja transformou um contato óvni em aparição divina?

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Portugal, 13 de outubro de 1917. Após uma chuva torrencial e diante de um público de aproximadamente 50 mil pessoas um objeto redondo que parecia o Sol – inclusive confundido com o próprio Sol – surge girando no céu da Cova da Iria, um grande terreno localizado na região rural da cidade de Fátima.

Segundo as testemunhas, o objeto era de um prata opaco e tinha luzes multicoloridas que chegavam a refletir na paisagem, nas pessoas e nas nuvens ao redor.

Seu zigue-zague assustou os presentes que imaginaram ser o fim do mundo. Com a presença do objeto as roupas das pessoas e a terra que estava encharcada ficaram secas de maneira misteriosa.

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A aparição durou cerca de 10 minutos e, além de populares, membros do alto clero da igreja católica, assim como jornalistas, políticos e estudiosos também testemunharam o fato.

Além do objeto no céu, em especial três crianças: os pastorinhos Lúcia dos Santos, 10 anos; e os seus primos maternos Francisco Marto, 8 anos, e Jacinta Marto, de sete anos, ambos irmãos, puderam ver e conversar com os três seres responsáveis por aquela aparição.

Segundo os pequenos, sobre uma pequena árvore da espécie azinheira estava a Santíssima Família: São José, a Virgem Maria e o menino Jesus.

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O Milagre do Sol em Fátima

O Milagre do Sol, ou Milagre de Fátima, é um dos fenômenos religiosos mais conhecidos da história da igreja católica.

O acontecimento ganhou grande repercussão mundial à época e teve cobertura do jornal português O Século.

Mas teria sido o Milagre de Fátima realmente uma intervenção religiosa ou tratou-se do avistamento de um óvni?

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Para o pesquisador e professor Joaquim Fernandes, da Universidade do Porto, uma investigação minuciosa realizada por ele e pela também pesquisadora Fina D’Armada, mostrou que o que aconteceu naquele 13 de outubro de 1917 não foi um evento divino.

Mas, dadas as circunstâncias, o caso foi transformado em um evento religioso por motivos que serão explicados a seguir.

Uma época muito difícil

À época do Milagre do Sol em Fátima Portugal vivia um difícil momento politico e econômico. O país saía da Monarquia para a República de maneira trágica.

O Rei D. Carlos e seu filho mais velho foram assassinados em 1908 e com a chegada da nova República vieram também os conflitos do novo governo com a Igreja católica.

Isso porque o novo governo exigia o fim da interferência da igreja. Entre as primeiras medidas da nova República estavam a expulsão da Companhia de Jesus, o fechamento dos conventos e a proibição do ensino religioso nas escolas.

No ano de 1917 Portugal entraria “de cabeça” na Primeira Guerra Mundial com o envio de cerca de 55 mil homens para a França, além de combatentes para Angola e Moçambique, que tinham sido invadidas pelos alemães.

O envolvimento na guerra trouxe um grande custo financeiro e humano para o país. Além disso, pairava sobre o mundo o medo do ateísmo e do comunismo e a aparição de Nossa Senhora era o evento que poderia catalisar a fé dos portugueses e reduzir as animosidades.

Contato óvni ou aparição divina

Ao longo de 1915 e 1916 as três crianças já tinham testemunhado outras aparições. Entre abril e outubro de 1915 elas viram no céu “um jovem dos seus 14 aos 15 anos, de uma grande beleza” que acreditaram ser um anjo.

No ano seguinte, em 1916, três novas aparições, desta vez de uma forma humana muito branca e transparente suspensa no ar. De acordo com os pequenos, os raios do sol transpassavam a figura.

No dia 13 de maio de 1917, logo após a missa e enquanto estavam na Cova da Iria, as crianças tornariam a testemunhar uma aparição.

Nesses novos eventos, entretanto, surge sobre a pequena azinheira uma figura feminina muito bela, com idade entre 12 e 15 anos, de aproximadamente 1,10 m de altura. Ela estava vestida de branco e era muito brilhante, e as crianças a chamaram de “mulherzinha de branco”.

A figura feminina trazia na cabeça algo que lhe cobria as orelhas e os cabelos. Em seu pescoço havia um cordão com uma bola luminosa na altura da cintura.

Apontando para o céu

A mulherzinha de branco não mexia os lábios ao falar e, apesar disso, Lúcia compreendia o que ela dizia. As outras crianças ouviam apenas um zumbido como de abelha quando a mulherzinha “falava”.

Ela também não movia as pernas e quando se afastava saia de costas e sempre em direção ao céu.

Neste primeiro encontro Lúcia perguntou de onde ela vinha, e a figura feminina apontou para o céu.

A mulherzinha pediu então aos pequenos que retornassem àquele local nos seis meses seguintes, sempre no dia 13 e na mesma hora.

Daí então ela revelaria quem era e o que desejava.

Um semestre de aparições

De acordo com a pesquisadora Fina D’Armada, as crianças nunca se referiram à visão que tiveram da jovem como Nossa Senhora.

Deduzir que se tratava de Nossa Senhora ficou a cargo dos populares na medida em que a notícia começou a correr. No dia 13 de junho, na primeira data após o encontro marcado, cerca de 50 pessoas foram até a Cova da Iria atraídas pela possível aparição.

Perto do meio dia as testemunhas viram um clarão no céu de uma luz que se aproximava. Algumas pessoas notaram que o sol deu uma leve escurecida e o topo da azinheira pareceu curvar-se como se estivesse sob algum peso, mas não viram ninguém.

O mesmo aconteceu nos meses que se seguiram.

Na medida em que o tempo passava a quantidade de pessoas que ia à Cova da Iria para ver “Nossa Senhora” aumentava. Na penúltima aparição, em 13 de setembro, já eram mais de 20 mil pessoas.

Um padre local, de nome João Quaresma, descreve que não viu Nossa Senhora, mas viu, “clara e distintamente, um globo luminoso, que se movia do nascente para poente deslizando, lento e majestoso, através do espaço”. “De repente o globo, com a sua luz extraordinária, sumiu aos nossos olhos”, contou.

O tal globo luminoso teria um formato oval sendo a parte de baixo maior que a de cima.

Milagre do Sol em Fátima
As crianças Lúcia, Francisco e Jacinta á época das visões

O dia do grande avistamento

Com a notícia de que a “Nossa Senhora” não apenas se mostraria, mas faria um milagre, em 13 de outubro de 1917 milhares de pessoas foram até a Cova da Iria. Estima-se que eram 50 mil pessoas, mas fala-se em até 100 mil.

Uma grande chuva caiu naquele dia deixando o terreno e as pessoas encharcadas e dificultando o acesso. Perto do meio dia Lucia testemunhou três seres que julgou serem Nossa Senhora, São José e o menino Jesus. Jacinta e Francisco viram apenas a mulher.

Já o publico viu outra coisa.

Os presentes puderam avistar um globo prateado fosco no céu. Nos relatos de jornais da época, a bola gigante começou a girar sobre si mesma como uma roda de fogo.

Em seguida as bordas ficaram de um vermelho bem vivo e o objeto então deslizou no céu como redemoinho, espalhando faíscas de fogo.

A luz refletia no chão, na vegetação, no rosto e na veste das pessoas, que mudaram de cor ganhando tonalidades brilhantes.

O objeto começou a tremer, sacudir e ziguezaguear sobre a multidão aterrorizada por cerca de 10 minutos e então parou.

As pessoas que testemunhavam o acontecimento notaram que as roupas ensopadas pela chuva estavam secas, assim como o solo.

Depois do Milagre do Sol em Fátima

Depois do Milagre do Sol em Fátima o pároco local Manuel Marques Ferreira e o reverendo Manuel Nunes Formigão passaram a interrogar as crianças, que a essa altura já tinham se tornado muito famosas.

Dada sua posição eclesiástica as notas e vários livros sobre o assunto produzidos por Formigão se tornam a fonte mais confiável para o que acontecera na região.

Com as notícias e a ampla cobertura da imprensa pessoas de diversas partes do planeta passaram a peregrinar até o local.

Entretanto, pouco mais de um ano após os acontecimentos os irmãos Francisco e Jacinta ficaram doentes e morreram de gripe espanhola.

Já Lucia mudou de nome e foi enviada à um colégio interno na Espanha.

Apenas aos 30 anos, em 1937, o relato completo das visões de Lúcia e de seus primos foi tornado público.

Divino X Extraterrestre

Joaquim Fernandes, o doutor em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto e autor do livro “Intervenção Extraterrestre em Fátima” juntamente com Fina D’Armada conta que o que aconteceu com as três crianças nada tem a ver com aparições divinas.

Fernandes entrevistou mais de 100 testemunhas oculares da história no começo dos anos 1980 para compor o livro e se surpreendeu com os relatos.

“Temos em Fátima todos os efeitos físicos, psicológicos e psico-fisiológicos que podemos encontrar nos repertórios do fenômeno óvni contemporâneo”, explica.

Para ele, em Fátima ocorreu uma intervenção de outra dimensão e agentes do universo – sejam sobrenaturais, entidades e outro tipo de energia – interagiram com as crianças.

Ele explica que seria natural tanto para as crianças quando para os populares compreenderem aqueles contatos extraterrestres como aparições divinas por conta da complexidade dos acontecimentos e da época.

“Portugal já era uma nação estritamente católica no começo daquele século e as representações santificadas existiam desde a idade média, consagradas na tipologia arquética de Nossa Senhora”, resume.

Uma construção bem feita

O professor destaca que a partir dos acontecimentos houve uma construção em cima da história das crianças que depois viria a ser conhecida como as Mensagens de Fátima, ou Segredos de Fátima.

“Houve uma clara interferência dos jesuítas. Eram dois confessores que estavam no dia a dia com Lucia. A influência deles vai dar origem a todo esse mistério”, continua.

Ele lembra que nos primeiros interrogatórios Lúcia alegava que foram trocadas “apenas algumas palavrinhas” com o ser divino.

“Além disso, todo o contexto final é muito complexo e dificilmente seria redigido por uma menina de 10 anos do mundo rural”, afirma.

Ele defende que não foi por acaso que a igreja deu um acompanhamento muito próximo às três crianças durante e após os eventos.

O objetivo seria mantê-las caladas para que a história milagrosa permanecesse ao longo dos anos a despeito de qualquer outra versão que pudesse aparecer.

Contato ou milagre

O fato é que qualquer narrativa alternativa à apresentada pela igreja mexe com a fé de milhões de pessoas e costuma acirrar os ânimos.

Entretanto, para alguns especialistas, os fatos são incontestáveis e as provas de que se tratou de um contato extraterrestre são legítimas.

Eles alegam que o avistamento de um grande objeto redondo e colorido no céu, ziguezagueando na frente de mais de 50 mil pessoas, dificilmente poderia ser outra coisa que não uma nave extraterrestre.

E quanto aos seres que se apresentaram às crianças. Anjos ou alienígenas?

Pelas características translúcidas/transparentes, flutuando no ar e se comunicando por telepatia também fica difícil apostar em outra coisa que não seres de outro planeta.

Mas, completados 100 anos após o ocorrido, e por mais que novas provas sejam descobertas, dificilmente a história oficial do Milagre do Sol em Fátima irá mudar. E talvez nem deva mesmo.

FONTES:

Athena

Wikipédia

Público

YouTube

Ufovia

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10 thoughts on “Milagre do Sol em Fátima: a igreja transformou um contato óvni em aparição divina?

  • JULIO CESAR ALVES DA SILVA

    puta queopariu… vcs são uns comédias mesmo

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  • William Moraes Corrêa

    Nada disso tira a presença de Nossa Senhora do contexto. Por que ela não poderia ser um ser de luz que surgiu para as crianças? Ela fez tanto isso ao longo dos séculos… E continua fazendo. E por que não pode ter ela contato com outros seres de luz mais evoluídos que nós? Uma coisa não elimina a outra. A Igreja, de início, foi contra o caso, mas depois buscou se aproveitar do fato. E de outros que se sucederam.

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  • EDUARDO MOTA DO NASCIMENTO

    O velho Testamento tem centenas de fatos que mostram claramente a ação de seres de outra dimensão. basta apenas ler com a visão de que as descrições estão de acordo com os parcos conhecimentos dos escritores da época.

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  • José Carlos Belchior

    Está na cara que o fenômeno de Iria foi um evento ufológico. A questão é bem simples de decifrar. As aparições que se apresentavam às crianças eram seres diáfanos, transparentes que não moviam os lábios, pis se tratavam de projeções holográficas, usadas para esconder as suas reais aparências e interagir com os meninos sem lhes causar pânico.

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    • William Moraes Vorrêa

      Cara, que viagem! Menos, menos….

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  • Victor Heleno Ávila

    A igreja é a mãe das fake news.

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  • No livro de Ezequiel capítulo 1.. ele descreve uma experiência parecida.” Olhei, eis que um vento tempestuoso vinha do Norte, e uma grande nuvem com fogo a revolver-se, e resplendor ao redor dela, e no meio disto, uma coisa como metal brilhante, que saía do meio do fogo.
    5 Do meio dessa nuvem saía a semelhança de quatro seres viventes, cuja aparência era esta: tinham a semelhança de homem.”

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    • William Moraes Vorrêa

      Sim, por que eles possuem nossa aparência.

      Resposta
    • William Moraes Corrêa

      Quem disse que a mulher não se mexia? Foram várias aparições e, em algumas, ela se mexeu, sim. E até apontava para as crianças, a Terra, o céu…
      Sorria, mexia os lábios… Quando apareceu em Lourdes, na França, ela desceu do pequena árvore na gruta e se aproximou de Bernadette. E temos vários outros exemplos. Não foi uma projeção holográfica, mas uma presença real. E eles não precisam camuflar sua aparência: eles são como nós.

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      • E nós (alguns) fazemos do desconhecido um deus… afinal pouco ou nade crescemos nos últimos milénios, só a tecnologia se desenvolveu….

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