Entreviste o Ufólogo: pesquisador lança livro sobre chupacabras

Ele escreveu um livro sobre um assunto que é polêmico mesmo entre as diferentes correntes de pensamento dentro da própria Ufologia: o Chupacabras. A lenda, que teve origem ao que tudo indica em Porto Rico, transformou-se em realidade – se é possível categorizar assim – no Brasil, e vitimou, segundo os estudos de Carlos Alberto Machado, milhares de cabeças de gado.

O chupacabras – ou Intruso Esporádico Agressivo, como ele o chama – continua fazendo vítimas. E não se trata de uma matilha de cães, a despeito das explicações convencionais que, segundo esse pedagogo que mora em Curitiba, são reducionistas ao extremo, além de equivocadas.

No próximo dia 18 de agosto, no 2º Encontro de Ufologia do MAM, em São Paulo (veja a Agenda), Machado estará lançando seu livro.

Entrevistado há poucas semanas através do projeto “Entreviste o Ufólogo”, desenvolvido pela EBE-ET (Entidade Brasileira de Estudos Extraterrestres), sob a coordenação do pesquisador Thiago Ticchetti, Carlos Machado volta às páginas da Vigília num momento bastante oportuno para falar sobre suas conclusões.

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Confira a íntegra da entrevista, com perguntas feitas por internautas de todo o país, e não perca a chance de enviar suas questões aos próximos convidados, seguindo as instruções do cronograma da EBE-ET.

1 – Na minha opinião o chupacabra é um predador eficiente capaz de receber, digamos, uma programação do alvo que deve atacar, se é terrestre ou alienígena não sei, e as ações acontecidas principalmente no 3° mundo se deram pela fragilidade e pouco prestigio dos governos destes paises, qual sua opinião sobre o relatado acima?

Aqui no Brasil, ocorreu pelo menos um caso pesquisado por mim, onde três soldados e um cabo do Exército de um quartel da cidade de Campinas (SP), avistaram um Chupacabras (escreve-se assim, pois é um nome próprio) em seguida um OVNI pousado. Em Porto Rico um OVNI foi fotografado e uma testemunha próxima desse mesmo objeto avistou uma horda (12) de Chupacabras saindo de dentro por um tubo de luz (ver documentário Chupacabras nas locadoras de todo o país).

Outras testemunhas porto-riquenhas descreveram o chupacabras como uma espécie de robô e em São Paulo (ver livro da biblioteca UFO: Hipnoses em Ufologia do escritor e hipnólogo Mario Rangel)um chacareiro chegou atirar em um Chupacabras. Ele caiu, levantou-se e retirou-se do local ignorando o atacante, ou seja, comportou-se como uma máquina, acessando prioridades tipo:

– Estou ferido, leia-se danificado, voltar para concerto.

Na ufologia bem em como outras ciências devemos trabalhar sempre com hipóteses, até prova em contrário. Se as evidências demonstram alternativas, mesmo que não de nosso agrado, não devemos e não podemos ignorá-las. Preconceitos e discriminações devem ser deixados de lado, para que a pesquisa prossiga e traga algum beneficio para a Ufologia, Criptozoologia ou qualquer outra ciência, não importa.

2- Além de você, da Liliana Nuñez no Chile e do Dr.Virgílio Sanchez-Ocejo em Miami, há muitos outros pesquisadores de chupacabras no mundo?

Também existem outros como Scott Coralles dos EUA, que publicou o livro “Chupacabras e outros mistérios” (inglês); Jorge Martin de Porto Rico publicou “Conspiracion Chupacabras” (espanhol); Pablo Vilarubia Mauso da Espanha, publicou “Mistérios da América Latina” (espanhol); Arturo Tellez do México, publicou “Chupacabras” (espanhol) e muitos outros. O pesquisador mencionado Virgílio Sanches-Ocejo também publicou “Chupacabras em Miami” (inglês).

Todos inéditos no Brasil!

Há dois anos escrevi o livro “Olhos de Dragão-relatório Chupacabras”, mas não consegui nenhuma editora brasileira interessada em publicá-lo. Continuo tentando… [Nota do Editor: poucos dias depois, o pesquisador anunciou o lançamento do livro no dia 18 de agosto]

3- Qual dessas opções para a origem do Chupacabras você acha que seja a mais próxima da realidade: Mutação genética, ser alienígena ou animal desconhecido pela biologia terrestre?

A Realidade é ambígua, ou melhor, multifacetada! O que conhecemos como realidade seria como uma fotografia da verdadeira realidade, uma sombra ou um pedaço dela. Vivemos em um mundo dominado pela razão cartesiana e isso dificulta nossa compreensão de fenômenos anômalos ou bizarros e até de outras idéias. Já é difícil para muitos aceitar ou compreender o fenômeno ufológico, quiçá o famigerado Chupacabras. Esse é um dos motivos pelo qual preferimos denominá-lo de IEA – Intruso Esporádico Agressivo. Meu trabalho é baseado em metodologia científica, o que me obriga a não ter uma opinião pessoal sobre a origem. As evidências encontradas ora apontam para a mutação genética, ora para o ser alienígena e hora para o animal desconhecido. Note que encontramos pêlos e pegadas não identificados, percebemos que o IEA é rápido e silencioso, aprecia sangue de fêmeas, possui algum tipo de poder mesmerizante e constantemente é acompanhado por OVNIs.

Existem também outras hipóteses que ramificam-se das demais possibilitando inúmeras origens. O fenômeno Chupacabras é tão complexo e instigante quanto o fenômeno ufológico, senão for mesmo uma parte deste último!

Nem nossa ciência cartesiana consegue admitir a existência de alguns seres que costumam surgir, na natureza. Em 1997 encontrei um caso curioso que exemplifica bem essa afirmação. Na cidade de Braganey (PR) uma gata deu a luz vários gatinhos e um deles era diferente. A parte anterior de seu corpo era de gato e parte inferior de lebre. Ela pulava com as patas traseiras, enquanto miava e anda com as da frente. Quando indaguei o assunto com um geneticista da Universidade Federal do Paraná, ele rapidamente direcionou a solução para o fenótipo (influência do meio sobre a criação), o que poderia acarretar a mudança morfológica de um indivíduo, mas quando mencionei que a tal gata de Braganey era vegetariana (mudança fisiológica) veio a indignação e o descaso, encerrando que a impossibilidade de tal existência pudesse ocorrer. A gata de Braganey foi vista a nível nacional no programa de televisão sensacionalista do GUGU no SBT, naquele mesmo ano.

Na revista Enigmas da Espanha, encontrei um artigo especial sobre gatos com asas e que vem ocorrendo há séculos, onde um deles chegou a voar alguns metros perante testemunhas.

Esses exemplos entre muitos outros nos demonstram, que aberrações da natureza não são incomuns, como a ciência quer fazer crer.

4- Você escreveu um livro sobre o Chupacabras que está prestes a ser publicado. Nos diga, qual dos casos que você investigou mais te surpreendeu, tanto pela atitude do Intruso quanto pelo mistério da resposta?

Foram dois:

O primeiro foi o caso da cidade de Ortigueira (interior do Paraná) onde 66 ovelhas morreram dentro do aprisco sem vestígios de sangue e apresentando apenas uma perfuração no pescoço. No mesmo mês em uma cidade distante ocorreu outro caso similar com 24 ovelhas, no mês seguinte no interior de Minas e atualmente, segunda semana de março de 2001, ocorreu um ataque similar, desta feita na cidade de San Jes (PR), 84 ovelhas foram mortas nas mesmas circunstâncias. Esses casos são apenas a ponta do iceberg que tomei conhecimento, pois a mídia, nos últimos tempos, também tem criado descaso com o assunto, não informando a população sobre o ocorrido e conseqüentemente desrespeitando seus direitos. Segundo foi descobrir que sua inteligência e sagacidade permitiam-lhe que ele fugisse do raio infravermelho da câmara que havíamos instalado em uma das chácaras da cidade de Bocaiúva do Sul (PR), onde ocorriam ataques.

5- Muito se fala que o fenômeno do Chupacabras não pode ser associado ao fenômeno ufológico, pois não existe registros de avistamentos de OVNIs e Chupacabras ao mesmo tempo. Você concorda com isso?

Como mencionei em meu livro, esses registros devem ser revistos, pois tenho pelo menos um caso envolvendo diretamente o IEA e os OVNI (ver acima) e dúzias de casos envolvendo avistamentos de OVNIs nas regiões e nas épocas de ataques do IEA. Ignorar os fatos é pura ingenuidade!