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Em meio a onda de avistamentos, marca gera polêmica em São João da Boa Vista

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Desde o dia 25 de outubro, a cidade de São João da Boa Vista, a cerca de 220 km da Capital de São Paulo, vem sendo o cenário de acontecimentos insólitos. Moradores da região têm relatado avistamentos de estranhas luzes noturnas e grupos de estudos de UFOs que estão averiguando as ocorrências acreditam que a onda de aparições pode ter relação com uma estranha marca surgida numa área de vegetação alta às margens da rodovia SP 340, ligando São João da Boa Vista à Estância de Águas da Prata.

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O episódio está sendo acompanhado pelos integrantes de dois grupos de pesquisas, José Carlos Júnior, Davi Garcia, Pedro Gabriel e Júlio César, do Grupo Ufológico Sanjoanense (GUS), e o pesquisador Edison Boaventura Júnior, presidente do Grupo Ufológico do Guarujá (GUG), convidado a participar da pesquisa depois que a estranha marca foi localizada.

A primeira manifestação do fenômeno UFO que chegou ao conhecimento dos pesquisadores ocorreu no dia 25 de outubro, relatada por Maria Luisa Barbosa, de 41 anos, moradora do bairro Vila Conceição. Ela e sua nora, Ana Isabel Coudounarakis (40), observaram um OVNI “maior que um avião de carreira”, segundo sua descrição. O avistamento aconteceu às 23h40, no momento em que Maria Luisa saiu ao quintal de sua casa para averiguar porque seus cães latiam incessantemente.

Neste instante ela notou uma intensa luminosidade na direção de uma área de pasto. Foi então que percebeu, a aproximadamente 50 metros de altura e a 200 de distância, uma espécie de “prato”, estático em relação ao solo, mas girando sobre seu próprio eixo em sentido anti–horário, com velocidade variável.

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Ela identificou luzes azuis, amarelas e vermelhas, e chamou sua nora para que também observasse o fenômeno. Em determinado momento o OVNI parou de girar e de suas extremidades saíram cerca de dez objetos menores, com uma tonalidade vermelha, “não pulsantes”, segundo informaram os pesquisadores.

As pequenas luzes seguiram em várias direções. Pouco menos de uma hora depois, às 0h30 do dia 26, as luzes menores retornaram e aproximaram–se do objeto maior, para saírem todos a seguir, velozmente, num vôo em formação na direção sudoeste.

Dona Luisa ficou bastante impressionada. “Nunca tinha visto uma coisa tão linda assim”, disse. Durante a insólita ocorrência ela chegou a contatar a TV local (TV São João) para relatar o episódio, mas o funcionário que atendeu ao chamado disse que a emissora estava “impossibilitada de mandar repórteres para atender ao meu chamado naquele momento”, reproduziu a moradora. Também contatou a rádio Piratininga AM, que veiculou a notícia. Foi através da rádio que os pesquisadores do GUS souberam do ocorrido e conseguiram localizar as testemunhas.

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“Pela manhã minha vista doeu e lacrimejou. Também me senti indisposta com dor de cabeça, dor no fígado e estômago”, contou Luisa. Incrivelmente, ela e a nora presenciaram o fenômeno novamente na noite seguinte, com características idênticas às da noite anterior.

Já no início do mês de novembro, alguns moradores dos bairros de Vila Conceição, Recanto Jaguari e Jardim Durval Nicolau, voltaram a contatar os membros do GUS para que investigassem outros casos de aparições de objetos luminosos.

Um deles teria ocorrido na noite do dia 3 de novembro. Uma das testemunhas – no total 30 foram ouvidas pelos integrantes do GUS – foi justamente a vizinha de Maria Luisa Barbosa, a sra. Lourdes, acompanhada de seu marido e a filha do casal. “Era uma bola fosforescente”, descreveu. O objeto teria realizado algumas manobras no ar para a seguir desaparecer no sentido Oeste, “deixando um clarão vermelho que logo desapareceu”, completou Maria Luisa.

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O garoto Marcelo foi outra testemunha. Ele estava jogando futebol com os colegas Delei e Rodolfo quando os três observaram uma luz verde–amarelada que seguiu trajetória retilínea, desaparecendo no horizonte. Outro menimo, Gustavo, de 11 anos, contou: “eu estava indo com minha mãe ao supermercado quando observamos uma luz que ia de lá para cá, muito rapidamente. Tudo em volta daquele objeto voador ficava brilhando”.

A região continuou sendo freqüentada por fenômenos intrigantes. No dia 11 de novembro um objeto luminoso foi visto rumando de uma serra na direção de Águas da Prata, posicionando–se sobre os bairros Vila Conceição e Recanto Jaguari. Vários moradores o observaram. No dia 13 de novembro outro objeto foi relatado. Desta vez novamente Ana Isabel Coudounarakis acompanhou a aparição. Tinha a forma de cruz, e uma coloração vermelha. “Eram 20 horas, quando vi uma cruz voadora. Deu a impressão que ia me sugar para dentro. O tempo estava nublado e aquele estranho objeto vermelho estava abaixo das nuvens. Foi muito rápido e durou apenas 2 minutos, sendo que ele seguiu para o sudeste. Foi o mais lindo que eu já vi”, relatou Ana Isabel.

Todos estes relatos foram feitos por moradores da Vila Conceição. Mas o fenômenos estranhos foram observados também em outras localidades. Foi o que aconteceu com a aluna da Escola Estadual Cel. Cristiano Osório de Oliveira, Cleusa, moradora do Jardim Durval Nicolau. Em seu relato ela informou ter observado luzes estranhas diversas noites desde o final de outubro.

Apesar da quantidade de relatos, os pesquisadores estão cautelosos. Sobre o bairro, rotas aéreas tornam comum a passagem de aviões, com os quais os moradores já estão habituados. “Mas com os primeiros avistamentos, eles começaram a olhar mais para o céu e observar coisas que antes não tinham notado, como satélites, astros mais brilhantes e fenômenos celestes naturais”, destacou Edison Boaventura. Em razão disso, ele e os integrandes do GUS acreditam que muitos dos fenômenos supostamente relatados como UFOs tratam–se na realidade de erros de interpretação. Contudo, “um percentual pequeno, mas significativo, pelas características com que se apresenta, está relacionado ao fenômeno UFO”, acredita Boaventura.

Rastros de um possível pouso

Durante o levantamento de informações e coleta dos primeiros depoimentos na cidade, os integrantes do GUS foram avisados da presença de uma estranha marca na vegetação às margens da rodovia SP 340, à altura do km 232. A rodovia liga São João da Boa Vista à Estância Hidromineral de Águas da Prata e o informe partiu de motoristas que passaram pela região.

Embora tivessem tomado conhecimento da marca no dia 12 de novembro, os membros do grupo apenas a observaram à distância. Como até então não haviam se deparado com fenômeno parecido, resolveram pedir ajuda ao pesquisador Edison Boaventura Júnior, do Grupo Ufológico do Guarujá. Em viagem a trabalho, ele só pôde ir à cidade três dias depois, em 15 de novembro.

Agora sim, munidos de máquinas fotográficas e uma filmadora super VHS, além de frascos para coleta de amostras e uma trena, voltaram ao local e encontraram, ainda intacta, uma formação curiosa.

A alta vegetação – com aproximadamente 2,5 metros de altura – apresentava uma área elíptica completamente amassada. A marca tinha 21 metros de comprimento por 12,6 metros de largura. Nas extremidades esquerda e direita existiam protuberâncias de aproximadamente 3 metros cada uma. No centro havia um sulco de 30 cm de profundidade, com 20 cm de comprimento por 15 cm de largura. A vegetação não fora arrancada ou cortada. Apresentava–se apenas deitada, retorcida exatamente no sentido horário. O que deixou os pesquisadores mais intrigados foi o fato de não haver qualquer entrada, rastro de passagem de animais ou trilhas que levassem ao interior da marca.

“O que produziu aquele desenho possivelmente veio do alto”, destacou Edison Boaventura, em relatório que foi veiculado em algumas listas de discussão na Internet.

“Apesar de eventualmente algumas marcas neste tipo de vegetação serem feitas pelo gado, que deita e rola para se refrescar, descartamos totalmente a hipótese de gado, pois dentro e fora da marca não foram encontradas marcas de pegadas destes animais (apesar do terreno ser mole), bem como pelos e excrementos deixados pelos mesmos. Chamou–nos a atenção também o fato da marca ser grande, o que não poderia ser feito por poucos bois e vacas. Além disso não havia a destruição da vegetação, o que fatalmente ocorreria por causa do peso destes animais. Toda a vegetação deitada guardava a partir do seu centro uma disposição radial e em sentido horário, o que o gado não conseguiria fazer de jeito nenhum”, completou o relatório.

“É bem possível que a marca tenha sido produzida por um OVNI, pois houve avistamentos no dia anterior, e o mesmo passou, segundo relatos, por aquela região e rumou aos bairros afetados”, concluiu o documento.

A marca da discórdia
Não demorou até que a suspeita de pouso de um UFO fosse contestada, numa controvérsia que começou nas rádios locais e já chegou à Internet. Na Rede Mundial, Claudeir Covo, engenheiro eletricista e pesquisador do Instituto Nacional de Fenômenos Aeroespaciais, INFA, reproduziu a informação dos pesquisadores Francisco Varanda e Sérgio José Serrano, do Centro de Pesquisas Ufológicas Científicas de São João da Boa Vista (CPUC). “Eles disseram que essas marcas feitas pelo gado são muito comuns na região”. Corroborando a hipótese, teriam sido encontrados carrapatos dentro e fora da área de amassamento.

Segundo o pesquisador, suas próprias pesquisas de fenômenos semelhantes mostraram que “lonas deixadas na grama por alguns dias ou feitas propositalmente por seres humanos podem ter marcas idênticas a essa relatada. Não idênticas a essa, mas que também podem confundir, são feitas por fogueiras ou por produtos químicos. Existe uma praga vegetal, que não me lembro o nome, que mata o capim de dentro para fora, causando um círculo que pode confundir”, disse à Revista Vigília.

Em entrevista, o professor e pesquisador Francisco Varanda foi incisivo. Argumentou que pássaros em bandos e mesmo capivaras produzem o mesmo efeito. “Esqueceram que do outro lado da pista havia outras marcas”, disparou. Ele contou que Antônio Carlos Andrada, outro participante do CPUC, veterinário, demonstrou que o gado se deita na vegetação ao apontar os faróis de uma caminhonete à noite em terreno semelhante e localizar os animais.

Varanda ressaltou que atitude dos pesquisadores coloca em risco a segurança dos motoristas da SP–340, o que teria incomodado inclusive a administradora da rodovia, a Removias. “Turistas e curiosos começaram a fretar micro–ônibus para irem ao local, provocando o caos na estrada”, disse. Taxativo, Varanda não poupou críticas: “eles prestaram um desserviço à Ufologia”.

Davi Garcia, de 23 anos, escrevente do Cartório da cidade e diretor do GUS, desmente. “Isso é tudo invenção. O pessoal da Removias tem nossos telefones. Se algo assim estivesse acontecendo – e eu saberia porque minha casa é próxima do local – certamente já teriam feito contato. E até agora não ligaram”, diz. Para ele, a descoberta do grupo incomodou por vir de um grupo novo, e não do CPUC, referência na região.

“Eu preferia que tivesse sido ele que tivesse achado a marca, porque daríamos o maior apoio”, desabafa. Defendendo–se de afirmações contrárias feitas por Varanda, Garcia garante que membros do GUS já haviam participado do CPUC, mas saíram para fundar sua própria entidade. “Tenho documentos e atas mostrando nossa participação nas atividades. É uma pena que estejam fazendo isso conosco. A gente vem pesquisando por gostar, com respeito e humildade. Não ganhamos, nem queremos ganhar nada com isso”, lamentou.

No meio da controvérsia, Boaventura se defende. “Não sou inexperiente. Já pesquisei dezenas de marcas, seis delas sem explicações convencionais. Tinha que haver fezes de animais, rastro de sua passagem etc. E não havia nada disso. E os ruralistas da região com quem conversamos não tinham visto nada parecido antes, embora conheçam as marcas deixadas pelo gado. Só se as vacas foram voando e deitaram–se todas no mesmo sentido”, ironiza. Ele argumenta que “os carrapatos não explicam nada. Podem ser encontrados mesmo onde não há criação de gado. E ninguém disse que um OVNI radioativo ou emitindo calor pousou lá e fritou os insetos. É um absurdo”.

A polêmica provavelmente está apenas começando. O fim da dúvida deverá ficar mesmo na dependência das análises da vegetação e do solo prometidas pelos grupos GUS e GUG para determinar a real causa do fenômeno. Segundo os pesquisadores, os planos incluem análises de PH do solo em amostras colhidas dentro e fora da marca, espectografia para determinar alterações na composição química do terreno e uma avaliação da vegetação por um especialista em botânica.

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